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domingo, 16 de junho de 2013

Cientistas descobrem nova espécie de peixe em mar de ilha do Caribe


Cientistas do Instituto Smithsonian, dos EUA, descobriram uma nova espécie de peixe nos corais próximos à ilha de Curaçao, no Caribe, enquanto realizavam um projeto para colher dados para uma pesquisa sobre os efeitos das mudanças climáticas na região, informam jornais e sites de notícias internacionais. Batizado de Haptoclinus dropi, o peixe é pequeno e colorido, segundo a agência de notícias Associated Press. O animal foi descoberto a aproximadamente 160 metros de profundidade enquanto cientistas usavam equipamento submarino para explorar o mar. O peixe mede cerca de 2,5 centímetros e tem barbatanas iridescentes. Seu corpo tem tons alaranjados e brancos, de acordo com o site canadense de notícias "Global News". "[A descoberta] é apenas a ponta do iceberg. Essa exploração que estamos fazendo é fundamental", disse a pesquisadora Carole Balwdin ao site de notícias, referindo-se à possibilidade de haver novas espécies na região. Carole ressaltou que a equipe de pesquisa coletou de 25 a 30 peixes e invertebrados que podem ser novas espécies. A previsão é de voltar à Curaçao em agosto para coletar mais espécimes, mês em que também será completado um ano do início do monitoramento dos efeitos das mudanças climáticas na região, diz a Associated Press. O projeto sobre mudanças climáticas está coletando dados sobre temperatura e biodiversidade marinha próximo à ilha caribenha e começou em agosto de 2012, segundo a agência.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Cientistas encontram comunidade de animais no fundo do mar nos EUA



Uma expedição científica ao fundo do mar dos Estados Unidos encontrou uma nova comunidade de animais que sobrevivem longe da luz do sol graças à capacidade de gerar energia a partir de substâncias químicas. A Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) enviou um submarino operado remotamente para investigar uma área do fundo do mar de onde saíam bolhas – os cientistas já desconfiavam que as bolhas pudessem sinalizar a produção de energia por meio de elementos químicos. A operação foi feita a 1,6 mil metros de profundidade, na região do Cânion Norfolk, perto da costa do estado da Virgínia. O submarino encontrou mexilhões vivos, que comprovaram a existência de uma cadeia alimentar longe da luz do sol. Dentro das conchas dos mexilhões vivem bactérias capazes de fazer a chamada quimiossíntese. Essas bactérias produzem energia a partir de moléculas de metano. Com equipamentos feitos especificamente para revelar imagens apesar da escuridão do local, os cientistas puderam ver comunidades de mexilhões que se espalhavam por uma área com mais de 10 metros de raio. Além disso, também foram encontrados no local espécies de peixes e de animais invertebrados, como o pepino-do-mar. O submarino coletou ainda lama do fundo do mar para análise em laboratório, para conhecer mais sobre a fauna da área, e os resultados ainda vão ser divulgados.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Grupo de cientistas decodifica DNA do peixe pré-histórico celacanto


Uma equipe internacional de cientistas conseguiu decodificar o genoma dos celacantos, uma façanha que ajuda a explicar a estranha aparência deste peixe e permite levantar o véu de mistério sobre a emergência dos vertebrados terrestres, inclusive os humanos. Este fóssil vivo, testemunha do surgimento dos primeiros vertebrados terrestres há 365 milhões de anos, fascina os cientistas, mas continua sendo pouco conhecido. Durante muitos anos foi considerado desaparecido já na antiguidade até que um pescador sul-africano conseguiu capturar um exemplar vivo em suas redes em 1938. 

O evento é considerado uma das maiores descobertas da zoologia no século 20. Foi necessário esperar outros 15 anos para que outro exemplar fosse capturado e desde então apenas 309 indivíduos foram descobertos. Cientistas de 40 institutos de pesquisa de 12 países diferentes participaram dos estudos sobre o sequenciamento do genoma do celacanto africano, aproximadamente 3 bilhões de "letras" do DNA, segundo reportou nesta quarta-feira (17) a revista científica britânica "Nature". A análise confirmou aquilo que os cientistas suspeitavam há tempos: os genes deste peixe evoluem mais lentamente do que os de outros peixes e vertebrados terrestres. 

Os pesquisadores trabalham com a hipótese de que os celacantos não precisaram evoluir porque viviam nas profundezas, onde poucas coisas mudaram em milênios. "Não é um fóssil vivo, mas um organismo vivo", afirmou Jessica Alfoldi, do Broad Institute, nos Estados Unidos, uma das encarregadas do estudo. "O celacanto não vive em uma bolha de tempo, mas no nosso mundo, e por isso é tão fascinante descobrir que seus genes evoluem mais lentamente do que os nossos", disse. O genoma do celacanto permitiu também aos cientistas abordar a questão da evolução dos primeiros vertebrados terrestres de quatro patas, os tretrápodes. O animal apresenta vestígios da passagem do peixe para as criaturas terrestres: espaços para membros em quatro de suas nadadeiras e uma bolsa de ar que seria um pulmão primitivo. 

Os pesquisadores compararam vários conjuntos de genes: os dos celacantos, os de outro peixe estranho que também possui nadadeiras similares a patas e os pulmões, conhecido com o nome de Protopterus annectens (dipnoicos), e de outras 20 espécies de vertebrados. Segundo o estudo, os tetrápodes parecem mais estreitamente ligados aos dipnoicos do que aos celacantos. O problema é que o genoma dos dipnoicos, com 100 bilhões de letras, é muito mais complexo para conhecer sua sequência correta. A sequência mais modesta dos celacantos se revelou útil para proporcionar indícios preciosos sobre as mudanças genéticas que permitiram aos tetrápodes, como os membros e dedos, assim como a placenta. O estudo comparativo do genoma dos celacantos com os de animais terrestres permitiu descobertas originais. 

Os cientistas se concentraram em grandes regiões genéticas que poderiam ter desempenhado um papel na formação de elementos inovadores dos tetrápodes, como os membros e os dedos, assim como a placenta. Também constataram um importante número de modificações ligadas ao sistema imunológico. Estas mudanças poderiam constituir uma resposta aos novos agentes patogênicos encontrados em terra. "É apenas o começo de muitas análises sobre aquilo que os celacantos podem nos ensinar sobre a emergência dos vertebrados terrestres, inclusive os humanos", disse Chris Amemiya, outro autor do estudo. Para aprender ainda mais sobre a vida dos misteriosos celacantos, uma equipe franco-sul-africana desenvolve atualmente pesquisas em profundidades marinhas no Oceano Índico, na costa leste da África do Sul.