quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Medusa gigante é encontrada em praia da Austrália

 
Uma medusa gigante apareceu esta semana em uma praia na Austrália, disseram cientistas nesta quinta-feira (6). O animal, uma grossa massa viscosa de 1,5 metro de diâmetro, foi descoberto por uma família na praia de Hobart, na ilha da Tasmânia (Sul). Segundo a bióloga Lisa Gershwin, da Comunidade Científica e Organização de Pesquisa Industrial do país, o animal assemelha-se à medusa Melena de León, uma espécie que pode alcançar dois metros de diâmetro. "Conhecemos essa espécie, mas ainda não está classificada", explicou Lisa à Agência France Presse. "No entanto, nunca havíamos visto uma tão grande, muito menos encalhada", falou. Segundo Lisa, os cientistas observam há semanas uma proliferação de grandes medusas nas águas da Tasmânia. No entanto, não foram divulgadas informações sobre razões que possam levar a este fenômeno. Medusa é a fase adulta de uma água-viva. O animal marinho faz parte do filo cnidário e varia de tamanho. Um exemplar pode medir entre 2,5 centímetros e 2 metros.

Homem é multado por matar tubarão branco na Austrália

 
Um australiano foi multado em US$ 16 mil (cerca de R$ 35 mil) por ter matado um tubarão branco jovem ao atingi-lo com seu barco e depois com uma barra de metal - informou a polícia nesta quinta-feira. Tubarões brancos são protegidos da Austrália e sua apreensão é ilegal, assim como é proibido vender, comprar, possuir e ferir a espécie. O departamento de Nova Gales do Sul autuou o homem, identificado pela imprensa australiana como Justin Clark, de 40 anos.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Tubarão perde dente ao morder presa e fica 'banguela' na África do Sul



Enquanto navegava em busca de boas imagens de vida selvagem na Cidade do Cabo, na África do Sul, o fotógrafo David Jenkins, de 41 anos, registrou o momento em que um tubarão-branco ficou "banguela" ao abocanhar uma presa em alto-mar. Assim que o animal apanhou uma foca, perdeu um dente com a mordida feroz, segundo mostra a imagem feita por Jenkins. O fotógrafo contou que não havia notado o ocorrido até analisar melhor o flagra. Ele aproximou a foto e percebeu que havia um objeto pontiagudo em pleno ar. "Foi muito rápido, não sabia que o tubarão tinha perdido um dente até aproximar a imagem na câmera para ver se ela estava focada", contou o fotógrafo ao site do jornal britânico "Daily Mail". "Nunca vi isso acontecer, definitivamente é uma imagem única."

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Biólogo registra tubarão-baleia de boca aberta próximo a mergulhador

 
O biólogo marinho neozelandês Simon Pierce registrou fotos da aproximação de um tubarão-baleia a um grupo de mergulhadores na Isla Mujeres, perto de Cancún, no México. Na imagem acima, o tubarão-baleia parece querer engolir um dos mergulhadores. Mas o efeito é apenas visual, porque aparentemente o homem estaria atrás do animal, uma vez que o mergulhador aparece mais "embaçado" (com mais água entre ele e o fotógrafo) que o peixe cartilaginoso, que estaria mais próximo e é visto com maior nitidez. Segundo Pierce, naquele dia, havia cerca de 100 tubarões-baleia nadando na área. Ele explica que tirou a foto com uma lente grande angular porque queria registrar a boca escancarada do animal. Em seu blog, o biólogo dá uma dica importante para quem quer captar uma cena como essa: "Quanto mais perto você ficar do tubarão-baleia, melhor, porque a imagem vai ficar mais nítida com menos água separando vocês. Dá para ficar a 50 centímetros do tubarão-baleia e ainda conseguir pegar ele inteiro". A espécie pode medir entre 2 e 17 metros e se alimenta principalmente de zooplâncton (organismos que vivem dispersos na coluna d'água), mas também fazem parte de sua dieta ovos e larvas de peixes, invertebrados e lulas.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Cinco peixes-boi serão devolvidos à natureza em Maraã, no Amazonas


 
No dia 11 de agosto, cinco peixes-boi amazônicos serão devolvidos à natureza na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, na região do município de Maraã, noroeste do Amazonas. Os animais passaram por processo de readaptação à vida silvestre no Centro de Reabilitação de Peixes-Boi Amazônicos de Base Comunitária. Outros dois animais ainda permanecerão sob os cuidados do Centro. Os peixes-boi chegaram ao Centro de Reabilitação com apenas alguns dias de vida. Dentre os que serão soltos, o mais velho tem quatro anos e o mais novo, dois. Dos cinco peixes-boi que serão soltos, três ficaram presos acidentalmente em redes de pesca e foram entregues à equipe do Centro de Reabilitação pelos próprios pescadores; os outros dois foram apreendidos por agentes ambientais e entregues aos cuidados do Centro. Segundo Miriam Marmontel, coordenadora do Grupo de Pesquisas em Mamíferos Aquáticos Amazônicos, peixes-boi criados em cativeiro deixam de aprender informações necessárias à vida selvagem. Por isso, os peixes-boi liberados serão monitorados em vida livre, por meio de sinais de rádio emitidos por um aparelho que será adaptado às caudas dos animais. "Temos que acompanhá-los após a soltura para saber se o nosso trabalho de reabilitação foi bem sucedido. Esses animais certamente são mais vulneráveis à caça do que os que nasceram e foram criados pela mãe, na natureza, pois ela repassa ao filhote informações como rotas de migração, lugares onde se alimentar e como fugir de um pescador. Existe um risco, mas esses animais terão que enfrentá-lo", disse a pesquisadora. No interior do estado, ainda são comuns os registros de caça de subsistência do peixe-boi. As fêmeas adultas, maiores que os machos, são o principal alvo dos caçadores. Sem os cuidados maternos, os filhotes de peixe-boi dificilmente sobrevivem na natureza. Um dos fatores de ameaça aos filhotes órfãos de peixes-boi são as redes de pesca. Ao ficar preso a uma rede, o filhote pode morrer afogado – como são mamíferos, os peixes-boi precisam vir à superfície para respirar, em intervalos de aproximadamente dois minutos. De acordo com Miriam Marmontel, o peixe-boi amazônico (Trichechus inunguis) requer atenção especial da comunidade científica, o que se explica pelo histórico de exploração da espécie. Há registros de caça comercial de peixe-boi desde o século XVII. O auge da procura comercial da espécie ocorreu entre o século XIX e meados do XX, período em que milhares de animais foram mortos por causa da utilização de seu couro para a fabricação de correias e de sua banha para iluminação pública. Hoje a espécie é considerada vulnerável à extinção. Mais de 100 peixes-boi amazônicos são mantidos em cativeiro, em centros de reabilitação nas regiões metropolitanas de Manaus e Belém, na Reserva Amanã. O trabalho nos centros de reabilitação de peixe-boi amazônico pode evitar o que já aconteceu a outras espécies de mamíferos aquáticos. Em 2007, o baiji (Lipotes vexillifer), golfinho que habitava o rio Yang-tsé, na China, foi declarado extinto. Devido à caça predatória, em 1768 a vaca marinha (Hydrodamalis gigas) foi declarada extinta, 27 anos após ter sido descoberta.

Filhotes de peixe-boi são resgatados em Tefé, no interior do Amazonas


 
Dois peixes-bois foram resgastados por pesquisadores do Centro de Reabilitação do Peixe-Boi Amazônico, do Instituto Mamirauá, em Tefé, município situado a 575km de Manaus. De acordo com o instituto, um dos animais estava em poder de um pescador no município de Tonantins, a 863km da capital, que estava tentando vender o filhote. "O pessoal tentou vendê-lo na cidade, o que é ilegal. As pessoas foram alertadas sobre isso e optaram então por entregá-lo para os órgãos ambientais, que nos comunicaram sobre a presença do filhote", contou a veterinária Carolina Oliveira, que é a responsável técnica pelos animais do Centro de Reabilitação. A fêmea mede 1,08 metro e pesa 19,5kg e foi transportada de avião para Tefé, em viagem que durou uma hora e meia. Um colchão e toalhas molhadas foram usados para manter a temperatura do animal durante a viagem. Já no município de Tefé, o peixe-boi foi encaminhado a um flutuante base da Reserva Mamirauá. O outro peixe-boi, também fêmea, com 1,23m e 27Kg, teria sido separado da mãe por pescadores. O bicho era criado por moradores de uma comunidade ribeirinha, no município de Maraã, em um pequeno lago. Os próprios moradores da Comunidade Monte Sinai avisaram a equipe do Centro de Reabilitação Mamirauá sobre o animal. "Agora os dois vão passar por um período de quarentena, no qual eles ficam separados dos demais animais que a gente tem, passando por cuidados médicos, para quando eles estiverem em condições, seguirem para a Reserva Amanã, onde a gente tem o Centro de Reabilitação do Peixe-boi Amazônico", explicou Carolina Oliveira.

Espécies de peixes típicas do Peru são encontradas no interior do AM


 
Duas espécies de peixes, nunca antes documentadas no Brasil, foram encontradas por pesquisadores do Instituto Mamirauá, no município de Maraã, a 634km de Manaus. Comuns na Amazônia peruana, a Pyrrhulina zigzag e a Apistogrammoides pucallpaensis, são caracterizadas pela beleza ornamental e o porte pequeno. Segundo o técnico de pesquisa em ecologia e biologia de peixes, Jonas Oliveira, os peixes teriam migrado até o estado pelo Rio Amazonas, durante o período de cheia. As espécies foram localizadas em uma área limite entre a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e a Reserva Extrativista Auati-Paraná, região ainda não estudada por pesquisadores. As amostras foram coletadas em quatro expedições realizadas nos períodos de seca, enchente, cheia e vazante, de 2013. As duas espécies foram encontradas em todas as ocasiões. Os pesquisadores tiveram cinco pontos dentro desta área para coletar os dados. Neste período, o Apistogrammoides pucallpaensis foi encontrado apenas no Lago da Onça. Já a espécie Pyrrhulina zigzag foi encontrada em vários pontos ao longo do Solimões, sempre nas áreas de várzea. As possibilidades para a mudança de ambiente desses peixes são inúmeras. De acordo com Oliveira, os peixes podem ter saído da área de lama atrás dos chamados 'capins flutuantes', plantas aquáticas comuns em brejos, que servem de alimento para as espécies. Segundo ele, as macrofitas se soltam do solo e descem o rio nos períodos de cheia, em direção ao Amazonas. De acordo com a líder do Grupo de Pesquisa Ecologia e Biologia de Peixes do Instituto Mamirauá, Danielle Pedrociane, o próximo passo é analisar a incidência desses animais na região, bem como descobrir o motivo do encontro das espécies no rio Auati-Paraná, que faz confluência com os rios Japurá e Solimões.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

'Monstro aquático' mexicano pode ter desaparecido de seu habitat natural

 
O axolote (Ambystoma mexicanum), um tipo de salamandra mexicana, pode ter desaparecido de seu único habitat natural conhecido: os poucos lagos restantes da Cidade do México. Trata-se de uma notícia perturbadora para a criatura inegavelmente feia, que tem um rabo pegajoso, brânquias semelhantes a plumagem e uma boca que se curva em um sorriso estranho. Conhecido como o "monstro aquático" e como o "peixe mexicano que anda", seu único habitat natural é a rede de lagos e canais Xochimilco, que está sofrendo com a poluição trazida pelo crescimento urbano. O biólogo Armando Tovar Garza, da Universidade Nacional Autônoma do México, disse nesta quinta-feira (30) que a criatura "corre risco sério de desaparecer" da natureza. No ano passado, pesquisadores tentaram encontrar exemplares da espécie nas águas escuras e lamacentas de Xochimilco, mas, depois de quatro meses de tentativas, o resultado foi nulo: nenhum axolote foi encontrado. Há exemplares que vivem em aquários e laboratórios de pesquisa, mas especialistas dizem que essas não são as melhores condições. Os axolotes crescem até 30 centímetros e usam as quatro patas atarracadas para se arrastar no fundo dos lagos ou as caudas grossas para nadar. Eles se alimentam de insetos aquáticos, peixes pequenos e crustáceos. Nos últimos anos, os arredores dos lagos onde o bicho vive passaram a abrigar favelas que lançam esgoto nas águas, o que prejudicou o desenvolvimento da espécie. A Academia Mexicana de Ciências disse em uma declaração que uma pesquisa de 1998 encontrou uma média de 6 mil axolotes por quilômetro quadrado, número que caiu para 1 mil em 2003 e para 100 em 2008.