sábado, 15 de março de 2014

Sapo audacioso

 
O fotógrafo Fahmi Bhs, de 39 anos, flagrou no mês passado um sapo descansando no nariz de um crocodilo em Jacarta, na Indonésia. Fahmi viu o anfíbio saltar na cabeça do réptil, ficando a poucos centímetros de sua poderosa mandíbula.

Tartaruga que vive em ilha pode ser animal mais antigo do planeta

 
Nosso mundo é cheio de criaturas estranhas e fascinantes, muitas delas que espantam os cientistas até hoje. Seria verdade que uma tartaruga em uma ilha do Oceano Atlântico nasceu na primeira metade do século 19? Plantation House, na ilha de Santa Helena, é a residência oficial do governador dos territórios britânicos ultramarinos no Sul do Atlântico. Lá vivem Jonathan, Myrtle e Fredrika - três tartarugas das cinco de uma espécie rara que habitam a ilha. A mais velha delas é Jonathan, cuja idade registrada é de 182 anos. Ele é possivelmente o animal mais velho do mundo. 'Ele é praticamente cego, por causa da catarata, e não tem mais olfato - mas sua audição é boa', diz Joe Hollis, um dos guias turísticos da ilha. O animal é um espécime raro de tartaruga-das-seychelles, oriunda da ilha do mesmo nome, que fica no Oceano Índico. As companheiras de Jonathan são de uma espécie levemente diferente - o jabuti-gigante-de-aldabra, do atol que leva o mesmo nome. Hoje há poucos jabutis-gigantes-de-aldabra no mundo - apenas 100 mil, mas só algumas dúzias conseguirão se reproduzir. Napoleão A ilha de Santa Helena é famosa por ser isolada no meio do Atlântico Sul (no mapa, é um pequeno ponto entre a Bahia e Angola). Muitas vítimas do tráfico de escravos que adoeciam e não conseguiam completar a viagem da África às Américas ficavam na ilha, onde morriam após poucos dias. Além disso, Santa Helena abrigou Napoleão. Nenhum dos moradores sabe explicar como Jonathan veio parar aqui. No século 17, os navios costumavam transportar centenas de tartarugas, muitas delas que serviam de refeição aos marinheiros. Nas ilhas Galápagos, 200 mil tartarugas teriam sido abatidas para servir como refeição. A pergunta que intriga todos é: como Jonathan escapou deste destino? Uma hipótese é que o governador da ilha na época, Hudson Janisch, tenha adotado a tartaruga como animal de estimação. Desde Janisch, 33 governadores já passaram por aqui, e ninguém quer ter a má-sorte de ver Jonathan morrer durante o seu mandato. O atual mandatário, Mark Capes, diz que é importante que Jonathan seja 'tratado com respeito, atenção e carinho, que ele merece'. Uma foto de 1882 já mostra Jonathan em tamanho adulto. Esta espécie leva 50 anos para crescer ao seu tamanho pleno. Caso ele realmente tenha 182 anos, Jonathan teria perdido por uma década a chance de 'conhecer' Napoleão, que morreu em 1821 - pouco mais de dez anos antes do nascimento de Jonathan, que, segundo a estimativa, teria sido em 1832. Os anos de 'assédio' dificultaram ainda mais a vida de Jonathan. Turistas costumam fazer o possível e o impossível para conseguir registrar uma imagem do animal. Hoje em dia, foi organizada uma fila para que os turistas possam - de longe - fotografar Jonathan. A tartaruga tem seus privilégios. Ela ganha carinho no pescoço e recebe bananas, repolho e cenouras para comer. Ele costuma comer com tanta ferocidade que uma vez quase perdeu parte de um dos dedos. Por isso, foram colocadas luvas em suas patas. Tartarugas desta espécie podem viver até 250 anos. Os moradores da cidade já têm um plano especial de 'funeral' para o caso de sua morte. O casco de Jonathan será exposto permanentemente em Santa Helena. Alguns estão até arrecadando dinheiro para criar uma estátua de bronze de Jonathan.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Espécie de tubarão que 'anda' no fundo do mar é descoberta; veja vídeo



 
A descoberta de uma nova espécie de tubarão que "anda" no fundo do mar foi anunciada nesta semana por cientistas ligados à ONG Conservação Internacional e ao Museu Ocidental Australiano. O animal, batizado de Hemiscyllium halmahera, ocorre próximo à costa da Indonésia, afirma o site do jornal britânico "The Telegraph" (veja o vídeo).
O peixe mede cerca de 70 centímetros e tem coloração próxima ao marrom, com manchas na pele. Ele se contorce para poder arrastar o corpo no fundo do mar e usa as barbatanas para "caminhar", diz o jornal britânico.
O tubarão é mais ativo à noite, e caça invertebrados marinhos e peixes para se alimentar.
A espécie foi descrita no periódico científico "Jornal Internacional de Ictiologia" pelo pesquisador Gerald Allen, afirma o "The Telegraph". Ela foi descoberta com a ajuda de outro cientista, Mark Erdmann.
O animal é muito pequeno para ameaçar humanos. Ele possui semelhanças com outro, da espécie Hemiscyullium galei, ressalta ainda o jornal.

quinta-feira, 13 de março de 2014

Baleia de 28 milhões de anos usava sistema de ecolocalização, diz estudo

 
Um parente distante das baleias dentadas, botos e golfinhos que viveu há cerca de 28 milhões de anos já possuia a ecolocalização, um sistema biosonar baseado emissões de sons de alta frequência e seus ecos, segundo estudo publicado esta semana na revista "Nature" feito por cientistas do Instituto de Tecnlogia de Nova York, nos Estados Unidos. Fósseis da criatura chamada Cotylocara macei foram descobertos na região de Charleston, litoral da Carolina do Sul. Segundo o professor Jonathan Geisler, que liderou os estudos desta nova espécie, as baleias dentadas, golfinhos e botos produzem sons de alta frequência através de uma área contraída nas passagens nasais abaixo do espiráculo (orifício respiratório por onde a baleia expele a água), enquanto todos os outros mamíferos, incluindo os seres humanos, produzem sons na laringe. O mecanismo de reprodução de som nas baleias dentadas é complexo, com grandes músculos, bolsas de ar e gordura. Geisler disse que o estudo do crânio de Cotylocara macei levou os pesquisadores à conclusão de que ela também era dotada do sistema de ecolocalização que ajudou o animal a encontrar comida durante a noite ou em águas turvas águas do oceano. Segundo o pesquisador, a Colytocara tinha uma cavidade profunda no topo da cabeça. "A anatomia do crânio é realmente incomum. Eu não vi nada parecido em qualquer outra baleia, viva ou extinta", disse Geisler.

Tartaruga da Amazônia corre risco de desaparecer em rio do Amapá



 
Um levantamento do Instituto de Meio Ambiente (Ibama) no Amapá constatou que a espécie tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa) pode desaparecer do Rio Cassiporé, em Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. O estudo, realizado em 2013, catalogou apenas cinco pares (macho e fêmea) de tartarugas. O número está muito abaixo do ideal para a sobrevivência estável do ciclo da cadeia reprodutiva, que seria de 200 pares do animal. O levantamento faz parte do programa "Quelônios da Amazônia", que visa promover em nove estados brasileiros a preservação de 18 espécies de quelônios. No Amapá, o projeto protege dez espécies desses animais. Um levantamento do Instituto de Meio Ambiente (Ibama) no Amapá constatou que a espécie tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa) pode desaparecer do Rio Cassiporé, em Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. O estudo, realizado em 2013, catalogou apenas cinco pares (macho e fêmea) de tartarugas. O número está muito abaixo do ideal para a sobrevivência estável do ciclo da cadeia reprodutiva, que seria de 200 pares do animal. Para fomentar a reprodução da espécie em rios do Amapá, o Ibama estendeu o 'Quelônios da Amazônia' até a região do município de Oiapoque. A metodologia de preservação das espécies é baseada no uso de mecanismos considerados sustentáveis, como é o caso da transferência dos ovos depositados nas covas às margens dos rios para lugares mais altos, método chamado de 'translocação'. A transferência dos ovos tem o objetivo de proteger os ninhos de fatores ambientais e predatórios, como a incidência de inimigos naturais, principalmente de raposas e gaviões. Na Amazônia, a desova das tartarugas acontece entre os meses de agosto a dezembro. No entanto para obter resultados no Rio Cassiporé, de acordo com o analista ambiental, seria necessário um longo período. Em Afuá, por exemplo, uma das áreas abrangidas pelo Ibama no Amapá, demorou 20 anos para conseguir estabilizar a cadeia da tartaruga da Amazônia. Nesse período, houve um aumento de 40 para mais de 1 mil pares da espécie. No caso do Amapá, o tempo seria maior. A demora é decorrência do índice de sobrevivência dos animais. Somente cerca de 10% da espécie consegue chegar à fase adulta, quando elas podem alcançar mais de 80 centímetros de comprimento e 60 quilos de peso. "Partindo de cinco pares vamos precisar de algo em torno de 30 anos para chegarmos a 200 pares. Para isso, precisamos envolver o município, que também é responsável pela conservação do meio ambiente", mensurou Rubens Portal. Nas demais áreas protegidas pelo programa 'Quelônios da Amazônia' no Amapá, segundo o Ibama, foram soltos mais de 1 milhão de quelônios entre 1979 e 2012. O número é o menor entre os estados abrangidos pela iniciativa. O maior saldo é do Pará, com 23 milhões de filhotes soltos em água doce durante o mesmo período. A maior incidência de soltura realizada pelo Ibama do Amapá aconteceu na região do estado do Pará, no município de Afuá, com 600 mil tartarugas. Pracuúba a segunda maior soltura no período: 400 mil. "Em 2013, soltamos mais 105 mil filhotes, sendo 104 de tartarugas da Amazônia e mais 1 mil de tracajás", frisou o analista do Ibama Rubens Portal. A soltura acontece com conjunto com as populações que vivem às margens dos rios, chamadas de ribeirinhas. Essas comunidades são diretamente afetadas pelo fato de os animais incubados serem incorporados aos estoques naturais pré-existentes. "No fim do ciclo de incubação, 90% soltamos com a equipe de especialistas, e 10% com a população como se fosse uma espécie de prestação de contas com a comunidade ribeirinha da região onde o projeto é desenvolvido", concluiu o analista.

domingo, 9 de março de 2014

Ambientalistas arrecadam minissuéteres para salvar pinguins

 
Grupos de ambientalistas na Austrália, Tasmânia e Nova Zelândia pedem a voluntários do mundo todo que tricotem e enviem minissuéteres para salvar pinguins que foram vítimas de vazamentos de petróleo. O Penguin Jumper Program (Programa de Suéteres para Pinguins, em tradução livre) é mantido pela organização australiana Penguin Foundation e teve início em 2001 quando um grande vazamento de petróleo afetou 438 pinguins azuis. Naquela ocasião foram necessárias várias peças de roupas de lã sob medida pois, quando as penas de um pinguim ficam impregnadas com petróleo, elas perdem a capacidade de isolamento. A resposta dos voluntários foi ótima: os ambientalistas receberam cerca de mil suéteres de todo o mundo. E estes pequenos agasalhos eram muito necessários. Quando as penas de um pinguim perdem a capacidade de isolamento devido ao petróleo, a água gelada chega à pele, as aves sentem frio e, com as penas tão pesadas, fica muito difícil nadar, caçar e se alimentar. Uma das melhores formas de evitar que estes pinguins morram é dar um banho nas aves. Mas, os ambientalistas observaram que muitos deles, principalmente os mais fracos e os filhotes, acabavam morrendo de frio ou intoxicados antes de ser atendidos. Mas, com os minissuéteres, as aves ficam protegidas do frio e também da intoxicação. Quando os pinguins são atingidos por petróleo, eles tentam se limpar usando o bico e, com isso, acabam intoxicados. Uma das porta-vozes da organização ambientalista Tamania Conservation Trust, que participou da convocação para arrecadação dos agasalhos em 2001, afirmou à BBC que os minissuéteres fizeram a diferença entre a vida e a morte para os pinguins. A porta-voz disse que os minissuéteres eram "necessários para proteção" e que eles "evitam que as aves comecem a limpar umas as outras e engulam o petróleo tóxico antes de lavarmos as penas delas". Depois da ótima resposta do público em 2001, desde então as organizações da região, como a Fundação Para os Pinguins da Phillip Island, fazem até concursos para escolher o melhor minissuéter para pinguins. E, para facilitar o trabalho dos voluntários, o Penguin Jumper Program, fornece um modelo para tricotar os minissuéteres, com as medidas e formas certas para as aves. Os ambientalistas afirmam que grande parte dos agasalhos que recebem são distribuídos para outras associações ecológicas e as peças que sobram ou aquelas que não servem são vendidas para arrecadar fundos.