terça-feira, 21 de março de 2017

Ameaçada de extinção, vaquita marinha é encontrada morta em praia do México


Uma vaquita marinha, menor cetáceo do mundo, foi encontrada morta em uma praia no Golfo da Califórnia, no México. Em fevereiro, pesquisadores advertiram que há apenas 30 vaquitas restantes no mundo. Eles alertaram que a espécie pode ser extinta até 2022. Apesar das operações para interceptar redes de pesca ilegais no país, a situação dessa cetáceo é preocupante. "Com a taxa atual de perda, a vaquita seria extinta até 2022, a menos que a atual proibição a redes de pesca seja mantida e aplicada efetivamente", aponta. Uma análise realizada em novembro passado no Golfo da Califórnia, no noroeste do México, revelou que restavam apenas cerca de 30 vaquitas em seu habitat. Um censo anterior tinha encontrado, entre setembro e dezembro de 2015, o dobro de exemplares, enquanto em 2014 havia 100, e em 2012, cerca de 200. Em um esforço desesperado para salvar a vaquita, os cientistas propuseram capturar espécimes e transportá-los a um espaço cercado no Golfo da Califórnia, onde possam se reproduzir. Alguns ambientalistas se opõem a esta medida, devido ao risco de que as vaquitas morram durante o processo. Lorenzo Rojas-Bracho, membro do Cirva, disse à AFP que os cientistas tentarão capturar vaquitas em outubro. "A pesca ilegal continua, e se não as recolhemos vão morrer de todos os modos", assegurou. As autoridades e os ambientalistas estimam que as vaquitas morreram durante anos em redes destinadas a pescar ilegalmente outra espécie ameaçada, um grande peixe chamado totoaba, cuja bexiga natatória seca tem grande demanda no mercado negro da China. O Cirva recomenda colocar "urgentemente" as vaquitas em um santuário temporário nesta primavera (boreal) e mantê-las nesse lugar durante um ano, embora reconheça que pode ser difícil, ou até impossível, pôr em prática esta medida de conservação. "Ainda não está claro se as vaquitas podem ser capturadas de forma segura ou como reagiriam à manipulação, transporte e confinamento", afirma o comitê.

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