quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Seis mamíferos aquáticos da Amazônia em risco de extinção são alvo de novo plano de conservação


O Ministério do Meio Ambiente aprovou, nesta segunda-feira (21), um plano nacional de conservação de mamíferos aquáticos da região amazônica ameaçados de extinção. A portaria com a decisão, publicada no Diário Oficial da União, foi assinada pelo presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O plano de conservação quer preservar, pelos próximos cinco anos, seis espécies — que são consideradas ameaçadas ou quase ameaçadas de extinção: Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) Peixe-boi-da-amazônia (Trichechus inunguis) Ariranha (Pteronura brasiliensis) Boto tucuxi (Sotalia fluviatilis) Lontra-neotropical (Lontra longicaudis) Boto-do-araguaia (Inia araguaiaensis) A portaria também estabelece que, para que o plano de conservação seja cumprido, cinco objetivos devem ser atingidos: Redução dos conflitos entre mamíferos aquáticos e atividades pesqueiras; Redução da pressão de caça sobre os mamíferos aquáticos; Promoção da integridade dos habitats críticos para os mamíferos aquáticos; Aumento do conhecimento sobre a dinâmica populacional, ecologia, interações com humanos e saúde dos mamíferos aquáticos; Promoção da educação ambiental e do engajamento da sociedade voltados à conservação de mamíferos aquáticos, influenciando políticas públicas. O ICMBio será responsável por coordenar e supervisionar o plano de conservação. A decisão do ministério considerou as metas nacionais de biodiversidade para 2020, criadas em 2013 pela Comissão Nacional de Biodiversidade (Conabio). Elas estabelecem que, até o ano que vem, “o risco de extinção de espécies ameaçadas terá sido reduzido significativamente, tendendo a zero, e sua situação de conservação, em especial daquelas sofrendo maior declínio, terá sido melhorada”. As metas atendem a requisitos da Convenção da Diversidade Biológica, tratado internacional da ONU ratificado pelo Brasil em 1994. Os principais objetivos do acordo são a conservação da diversidade biológica, o uso sustentável da biodiversidade e a divisão justa dos benefícios obtidos com o uso de material genético de valor encontrado na natureza. Desde 2003, é responsabilidade da Conabio promover a implementação dos compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção.

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