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sexta-feira, 26 de abril de 2019

A catástrofe que matou milhares de filhotes e comprometeu uma geração de pinguins-imperadores



Milhares de filhotes de pinguins-imperadores se afogaram quando o mar congelado onde viviam foi destruído por condições climáticas extremas. A catástrofe ocorreu em 2016 no Mar de Weddell, na Antártida, e acaba de ser relatada por uma equipe da British Antarctic Survey (BAS), a operação nacional britânica na região, no periódico científico in the journal Antarctic Science. Assim, a colônia de pinguins-imperadores que vivia às margens da prateleira de gelo Brunt - que, por diversas décadas, reuniu entre 14 mil e 25 mil casais destas aves, o que corresponde de 5% a 9% da população global da espécie - desapareceu praticamente da noite para o dia. Os cientistas Peter Fretwell e Phil Trathan perceberam o desaparecimento da colônia Halley por imagens de satélite. Mesmo em imagens tiradas a até 800 quilômetros de distância, é possível identificar o excremento das aves, conhecido por guano, em meio ao gelo branco e estimar assim o tamanho provável de um agrupamento. Ventos fortes abriram buracos dentro da lateral mais espessa da prateleira Brunt, e o gelo que nunca se reformou completamente. "O gelo que se formou desde 2016 não foi tão forte. As tempestades que ocorrem em outubro e novembro agora vão acabar fazendo com que ele desapareça mais cedo. Portanto, a situação mudou. O gelo deixou de ser estável e confiável", disse Fretwell. Os imperadores são a espécie de pinguim mais alta e pesada. Por isso, precisam de plataformas de mar congelado estáveis para se reproduzir. Elas devem durar, pelo menos, de abril, quando as aves chegam, até dezembro, quando filhotes já têm condições de flutuar. Quando o gelo se rompe cedo demais, os filhotes não conseguem sobreviver, porque ainda não têm as penas adequadas para começar a nadar. Foi o que parece ter ocorrido em 2016. A equipe britânica acredita que muitos adultos evitaram se reproduzir nesses últimos anos ou mudaram-se para novos criadouros no Mar de Weddell. Uma colônia a cerca de 50 km de distância, perto da geleira Dawson-Lambton, teve um grande aumento no número de animais. Segundo cientistas, o evento fez com que a colônia de Brunt entrasse em colapso, pois as aves adultas não deram nenhum sinal de tentar restabelecê-la. Não está claro por que a plataforma de gelo marinho na borda da prateleira Brunt não conseguiu se regenerar. Não há uma evidência climática clara para isso. Observações atmosféricas e oceânicas nas proximidades da Brunt encontraram poucas mudanças.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

'Galinha monstro sem cabeça' é filmada pela 1ª vez no mar da Antártida



Um pepino-do-mar de águas profundas, também conhecido como "galinha monstro sem cabeça", foi visto pela primeira na costa leste da Antártida. A espécie Enypniastes eximia só tinha sido encontrada até agora no Golfo do México. A criatura marinha foi filmada por pesquisadores australianos, que usaram uma câmera subaquática para captar as imagens. Este pepino-do-mar raramente vive em profundidades acima de mil metros no mar. As imagens serão enviadas agora à Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos do Antártico, órgão internacional que administra o Oceano Antártico.

terça-feira, 6 de março de 2018

Imagens do espaço revelam supercolônia desconhecida com 1,5 milhão de pinguins na Antártida



Cientistas descobriram um enorme grupo de pinguins-de-adélia (Pygoscelis adeliae) no ponto mais ao norte da península da Antártida. As mais de 1,5 milhão de aves foram notadas pela primeira vez quando grandes manchas causadas por seus excrementos apareceram em imagens feitas a partir do espaço. Os animais estão concentrados em um arquipélago rochoso, as Ilhas Danger. Os pesquisadores, que publicaram sua descoberta no periódico especializado Scientific Reports, dizem que isso os pegou totalmente de surpresa. "É um caso clássico em que se acha algo onde ninguém estava olhando. As Ilhas Danger são de difícil acesso, então as pessoas não tentavam muito chegar lá", disse Tom Hart, da Universidade de Oxford, do Reino Unido, à BBC News. Os cientistas usaram um algoritmo para buscar em imagens de satélite possíveis locais em que haveria atividade de pinguins. As imagens foram coletadas pelo programa Landsat, uma iniciativa da agência espacial americana, a Nasa, e da agência de pesquisa geológica dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), lançada no início dos 1970 e em curso até hoje. O Landsat não gera imagens de alta resolução. Por isso, quando o sistema criado pelos pesquisadores identificou possíveis colônias, foi necessário confirmar se elas de fato existiam com imagens mais detalhadas.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Baleias jubarte dão show para pesquisadores no mar do ES


Todos os anos, as baleias jubarte saem das águas geladas da Antártida, onde se alimentam, e nadam milhares de quilômetros em busca das águas quentes de Abrolhos, no Sul da Bahia, para se reproduzirem. O Espírito Santo está na rota dessas gigantes, por isso pesquisadores têm feito expedições no litoral capixaba para monitorar e estudar a passagem desses animais. A última expedição saiu da Praia de Camburi, em Vitória, no dia 8 de agosto, e não é preciso se afastar muito para avisar os primeiros sinais desses animais. O período que elas são vistas em águas capixabas costuma ser de julho a novembro, mas neste ano elas até se anteciparam um pouco, começando a aparecer ainda em junho. As baleias podem medir até 16 metros e pesar 40 toneladas. Essas gigantes são monitoradas pelo projeto Amigos da Jubarte, que ficam de olho em cada salto, cada movimento. "A gente faz o mapeamento das baleias. Vemos onde elas estão, qual o comportamento, a que distância estão da costa, tempo de avistamento e várias características biológicas delas, como a digital que tem na caudal dela. A gente identifica cada indivíduo, cada grupo e também o que eles estão fazendo aqui", explicou o oceanógrafo Paulo Rodrigues. As fotos são fundamentais na identificação das baleias. Os desenhos nas caudas são como digitais: cada animal tem marcas diferentes. Por isso as imagens vão para um banco de dados, para serem analisadas detalhadamente. Mas registrar a passagem desses animais não é uma tarefa fácil. "Você tem que tentar prestar atenção no comportamento da baleia, ver se os comportamentos se repetem. Por exemplo, você começa a tentar identificar quando vai ser o salto, quando ela vai botar a nadadeira pra fora da água. Começa a ficar mais fácil com a experiência", explicou o fotógrafo Leonardo Merçon. Um drone também é usado para captar imagens das baleias. Além das imagens, o som que os pesquisadores conseguem captar explica muito sobre o comportamento desses mamíferos em águas capixabas. "O macho que é quem 'canta', que faz o som. Ele se comunica tentando interagir coma as fêmeas. Cada população tem um som, um tipo de canto e para cada comportamento: se está atraindo uma fêmea, se está se comunicando, tentando achar um grupo", explicou o oceanógrafo.

segunda-feira, 20 de março de 2017

Cientistas divulgam boa notícia sobre pinguins


Cientistas revisaram o número de pinguins-de-adélia que habitam o leste da Antártida e descobriram que há mais exemplares do que o estimado. Cerca de 6 milhões de aves da espécie vivem nos 5 mil quilômetros da costa leste do continente gelado, mais que o dobro do número estimado anteriormente. A pesquisa realizada por uma equipe australiana, francesa e japonesa usou métodos aéreos e terrestres, como a etiquetagem, revisão de dados e análise de imagens de vídeos ao longo de várias épocas da reprodução, o que lhes permitiu chegar ao novo número. A estimativa inicial era que havia cerca de 2,4 milhões de pinguins da espécie na área analisada, porém, o estudo revelou que o número era 3,6 milhões maior do que o esperado. Os pesquisadores estimaram a população global entre 14 e 16 milhões de pinguins. Anteriormente, a estimativa só havia levado em conta os casais reprodutores, explicou a especialista em ecologia de aves marinhas Louise Emmerson, da Divisão Australiana da Antártida. "As aves que não são reprodutoras são mais difíceis de contar, porque estão longe, procurando comida no mar ao invés de fazerem ninho em colônias na terra", explicou Emmerson. "No entanto, nosso estudo no leste da Antártida mostrou que os pinguins-de-adélia não reprodutores podem ser tão abundantes, ou mais, que os reprodutores. Essas aves são uma importante reserva de futuros reprodutores e estimar o seu número permite que tenhamos um maior entendimento das necessidades alimentares de toda a população", disse Emmerson. Pesquisadores afirmam que a pesquisa tem implicações para a conservação marinha e terrestre. A contagem serve para estimar, por exemplo, a quantidade de krills e peixes necessários para alimentar a população da ave. "Estima-se que cerca de 193 mil toneladas de krill e 18,8 mil de peixes são consumidos por pinguins-de-adélia durante a época de reprodução", afirmou Emmerson. A Comissão de Conservação de Recursos Marinhos da Antártida pretende usar essa informação para limitar a pesca de kriil. Os pinguins-de-adélia foram descobertos em 1840 pelo explorador francês Jules Dumont d'Urville, que nomeou a espécie em homenagem à esposa. Embora abundantes, eles enfrentam ameaças devido às mudanças climáticas, ao recuo do gelo no mar e o declínio da população de krills, segundo a ONG WWF.

domingo, 10 de abril de 2016

Com a ajuda de crianças e câmeras, cientistas fazem censo de pinguins na Antártida


Pinguins da Antártida estão sob vigilância constante de uma equipe de cientistas da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Os pesquisadores do projeto, chamado PenguinWatch, instalaram 75 câmeras pelo continente e os resultados já mostram uma ligação entre as mudanças climáticas e o declínio na população de pinguins da península Antártida. Por isso, o PenguinWatch é considerado o maior – além de mais ambicioso – projeto a ser colocado em prática na Antártida. Agora, os cientistas querem, também, disseminar a pesquisa e estão encorajando grupos escolares a adotar suas próprias colônias e enumerá-las com a ajuda das câmeras já instaladas no continente. Esse é o chamado o PenguinWatch 2.0, lançado nesta quinta-feira (7), que inclui uma espécie de censo dos pinguins.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

População de pinguins da Antártica é o dobro de estimativas anteriores



A população de pinguins-imperador da Antártida é o dobro do estimado anteriormente, segundo um estudo elaborado por cientistas britânicos com tecnologia de imagens por satélite. Os especialistas da Pesquisa Antártica Britânica (BAS, na sigla em inglês) utilizaram imagens de alta resolução para calcular o número de colônias de pinguins no litoral da Antártica, assim como o de exemplares. Segundo a apuração, a população atual de pinguins-imperador subiu para 595 mil, quase o dobro das estimativas anteriores, que previam entre 270 mil e 350 mil animais, informou a última edição da revista científica americana "PLoS One". A maior e mais pesada espécie de todos os pinguins se agrupa em grandes colônias na Antártica, visíveis para o satélite graças a sua plumagem branca e negra, que se destaca sobre o gelo. A estimativa atual é que haja 44 povoações, sete a mais que as conhecidas antes. Segundo o autor principal do estudo, Peter Fretwell, este é o primeiro censo da espécie realizado. A co-autora, Michelle LaRue, da Universidade de Minnesota (EUA), destacou que "os métodos empregados são um grande passo para a ecologia da Antártica, pois são seguros, eficientes e têm pouco impacto meio ambiental". Embora os pinguins-imperador não sejam uma espécie ameaçada, as pesquisas atuais indicam que os animais serão gravemente afetados pela mudança climática. Os cientistas temem que a alta das temperaturas registradas em algumas regiões da Antártica no início da primavera cause perda de gelo marinho e prejudique sobretudo os pinguins que vivem nas zonas mais ao norte. O estudo pode ser repetido com regularidade e possibilita conhecer com maior exatidão os perigos sobre a espécie, segundo outro co-autor do estudo, Phil Trathan, biólogo da BAS. "As pesquisas mais recentes nos fazem temer uma grande queda no número de pinguins-imperador durante o próximo século. No entanto, os efeitos do aquecimento na Antártica são regionais e irregulares. No futuro, prevemos que as colônias mais ao sul se manterão", explicou Trathan.

domingo, 9 de novembro de 2008

Pinguins 01





O pinguim é uma ave da família Spheniscidae, característica do hemisfério sul, em especial na Antártida e ilhas dos mares austrais, chegado à Terra do Fogo, Ilhas Malvinas e África do Sul, entre outros. Apesar da maior diversidade de pinguins encontrar-se na Antártida e regiões polares, há também espécies que habitam nos trópicos como por exemplo o pinguim-das-galápagos. A morfologia dos pinguins reflete várias adaptações à vida no meio aquático: o corpo é fusiforme; as asas atrofiadas desempenham a função de barbatanas e as pele são impermeabilizadas através da secreção de óleos. Os pinguins alimentam-se de pequenos peixes, krill e outras formas de vida marinha, sendo por sua vez vítimas da predação de orcas e focas-leopardo. O nome "pinguim" vem de uma outra ave, que habitava as regiões do Ártico e que foi extinta pela ação do homem, o arau-gigante (Pinguinus impennis). Quando os exploradores europeus descobriram no hemisfério Sul as aves conhecidas hoje como pinguins, eles notaram a aparência muito similar ao arau-gigante, ou mesmo se confundindo com os araus, e as batizaram com esse nome, que persiste até a atualidade. Apesar de parecidos, araus e pinguins não têm nenhum parentesco próximo. O termo Pinguim é originário do galês pen gwyn, o antigo nome popular dos araus-gigantes nas ilhas Britânicas. Os primeiros pinguins apareceram no registo geológico do Eocénico. Os pinguins constituem a família Spheniscidae e a ordem Sphenisciformes (de acordo com a taxonomia de Sibley-Ahlquist, fariam parte da ordem Ciconiformes). É uma ave marinha e nadadora, chegando a nadar com uma velocidade de até 45 km/h, passando a maior parte do tempo na água.