O nome destes peixes, pertencentes à ordem dos pleuronectiformes, deve-se à sua forma inconfundível, resultante de um conjunto de transformações que lhes permitem viver perfeitamente adaptados ao seu modo de vida sobre o fundo. O corpo é plano e assimétrico, permitindo-lhes repousar deitados sobre um dos lados, cego e descolorido. Os olhos situam-se ambos no outro lado do corpo, que é colorido e se mantém virado para cima.
Outra característica extremamente interessante dos peixes chatos é a sua notável capacidade de mimetismo, ou seja, de mudarem de coloração, de acordo com o substrato onde vivem e com o qual se confundem. Conseguem assim uma camuflagem perfeita, mantendo-se enterrados no fundo e deixando apenas visíveis os olhos e os orifícios nasais. Esta é uma forma de defesa contra predadores, para os quais se tornam presas fáceis dada a sua imobilidade no fundo marinho.
Nadam na horizontal, por ondulações do corpo para cima e para baixo. Quando param de nadar deslizam para o fundo, onde agitam as barbatanas de forma a provocarem uma pequena corrente de água que levanta a areia ou pequenas pedras. Ao cair estas cobrem o corpo do peixe, tornando a sua camuflagem ainda mais eficaz. São peixes carnívoros, alimentando-se de outros peixes e invertebrados.
Em mudança:
Quando nascem, as larvas e ovos dos peixes chatos são muito semelhantes às dos outros peixes. São pelágicos ou seja flutuam no meio da massa de água e o seu corpo é simétrico, com um olho em cada lado do corpo. No entanto, algumas semanas após o nascimento sofrem profundas modificações: o corpo torna-se progressivamente achatado e um dos olhos efectua uma migração, indo colocar-se ao lado do outro olho. Um dos lados do corpo passa então a ser cego e é nessa fase da vida que o peixe se desloca para o fundo onde passa a viver, deitado sob o seu lado cego. (Fonte: http://aquariovgama.marinha.pt/AVGama/Site/PT/ProfsAlunos/factos_animais_curiosos/Peixes/peixes_planos.htm )