sexta-feira, 7 de junho de 2013

Leão-marinho 'pega carona' em barco e até deita no colo de americano


O americano J.R. Gilkinson e a família estavam em um barco na costa de Newport Beach, no estado da Califórnia, quando um filhote de leão-marinho se aproximou na embarcação, subiu a bordo e ainda “fez carinho” em um dos tripulantes (veja o vídeo).
Depois de subir no barco e “sentar” em um dos bancos, o animal chega a deitar no colo de Gilkinson, fechar os olhos e esfregar a cabeça em suas pernas, como se estivesse fazendo carinho. O homem descreveu o “dia inesquecível” como uma “experiência que mudou sua vida”.

domingo, 2 de junho de 2013

Fóssil pode ajudar a explicar como surgiu o casco de tartaruga


Um fóssil encontrado na África do Sul apresenta um animal que deve servir como um elo para explicar o surgimento do casco de tartaruga. O animal, que recebeu o nome de Eunotosaurus africanus, viveu há cerca de 250 milhões de anos. O casco de tartaruga mais antigo já encontrado data de 210 milhões de anos atrás e tem todas as características dos cascos modernos. Isso, na verdade, deixava os cientistas um pouco frustrados, porque não revelava os passos evolutivos que levaram à formação desse tipo de estrutura nos animais. O Eunotosaurus ainda não tinha um casco propriamente dito, mas seu tronco tem muitas características típicas da ordem dos quelônios, à qual pertencem as tartarugas modernas. Essas características dizem respeito principalmente à formação das costelas, que são bem largas e não possuem músculos entre os ossos. “Há vários traços anatômicos e evolutivos que indicam que o Eunotosaurus é um representante antigo da linhagem da tartaruga. No entanto, sua morfologia é intermediária entre o casco especializado encontrado nas tartarugas modernas e traços primitivos encontrados em outros vertebrados. Assim, o Eunotosaurus ajuda a ligar a lacuna entre as tartarugas e os demais répteis”, afirmou o autor do estudo, Tyler Lyson, em material divulgado pelo Museu Smithsoniano de História Natural, nos EUA, onde ele conduziu a pesquisa, publicada pela revista "Current Biology". O próximo passo dos cientistas é entender como a respiração das tartarugas se adaptou à estrutura óssea. Em geral, as costelas têm certa mobilidade para ajudar os pulmões no processo, mas isso não acontece nesses animais.

Acidificação do mar afeta desenvolvimento das lulas


Um estudo publicado nesta semana nos Estados Unidos mostra que o desenvolvimento das lulas pode ser afetado pelo processo de acidificação dos oceanos – que é uma tendência para o próximo século, já que é provocado pelo excesso de CO2 na atmosfera. Segundo os pesquisadores, tudo que afetar as lulas tem grande potencial de afetar todos os outros seres vivos do oceano. Isso acontece porque a lula é um animal que se posiciona no centro da cadeia alimentar. Em outras palavras, praticamente todos os animais ou são comidos por lulas, ou as comem. Além desse claro e importante impacto ambiental, os problemas de desenvolvimento das lulas também teriam impacto comercial, pois o animal é consumido por humanos e a economia de algumas regiões costeiras depende, em parte, dessa pesca. A equipe do Instituto Oceanográfico Woods Hole, no estado americano de Massachusetts, ovas de lulas em dois tanques de água diferentes. Um deles simulava o mar como ele é hoje, e o outro recebeu mais CO2, aumentando a acidez da água, em processo semelhante ao que tem, de fato, acontecido na natureza. Na água mais ácida, as ovas levaram mais tempo para se desenvolver e formar as lulas. Além disso, quando adultas, essas lulas foram, em média, 5% menores que as que cresceram na água normal. Por último, os cientistas identificaram ainda que elas tiveram má formação do estatólito, órgão que orienta o animal enquanto ele nada.

Pesquisadores estudam variedade de anfíbios e répteis na região do Juruá


Uma equipe composta por professores do Campus Floresta, da Universidade Federal do Acre (Ufac), no município de Cruzeiro do Sul (AC), liderada pelo biólogo Paulo Sérgio Bernarde, desenvolve pesquisas há sete anos, sobre o comportamento e variedade de espécies de sapos, rãs, pererecas, cobras, lagartos, jacarés e quelônios que habitam nas florestas da região do Vale do Juruá. A pesquisa aborda a biologia das espécies, hábitos alimentares, reprodução e até a ocorrência de parasitas. O estudo já resultou em várias descobertas, entre elas, o registro de algumas espécies ainda não catalogadas pela ciência e que estão em fase de estudos. Durante uma expedição pelo Parque Nacional da Serra do Divisor, unidade de conservação localizada na fronteira com o Peru, a equipe do professor Paulo Bernarde, localizou a jararaca-nariguda (Bothrocophias hyoprora) espécie registrada pela primeira vez nas florestas do Acre. No mesmo parque, o também professor da Ufac, Moisés Barbosa de Souza, desenvolveu sua tese de doutorado e publicou um livro, com a ocorrência de 126 espécies de anfíbios, a maior variedade já encontrada em uma mesma localidade do planeta, informaram os pesquisadores. Na área da Reserva Estadual do Rio Liberdade, afluente do Rio Juruá, foram encontradas 162 espécies, incluindo anfíbios e répteis, seis delas registradas pela primeira vez no Brasil, segundo informou o pesquisador, Paulo Bernarde, que possui doutorado em zoologia pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). A equipe conseguiu o registro de uma cobra raramente encontrada, apesar de habitar nas florestas da região, a surucucu-pico-de-jaca (Lachesis muta), que corresponde a maior cobra peçonhenta das Américas, podendo ultrapassar três metros de comprimento. Às margens do Rio Môa, o foco dos pesquisadores foi a atividade e o uso do habitat pelas serpentes venenosas do tipo papagaia (Bothrops bilineatus) e a Surucucu ou Jararaca (Bothrops atrox). Segundo o levantamento realizado pelos biólogos, pesquisas sobre a ecologia destas cobras podem contribuir para a prevenção do envenenamento em caso de picadas em seres humanos.