Estudo publicado nesta segunda-feira (27) mostra que exemplares da baleia-franca-austral (Eubalaena australis), caçadas até a extinção nas proximidades da Nova Zelândia, estão retornando aos poucos para a região.
De acordo com pesquisadores das universidades de Oregon (Estados Unidos) e Auckland, pela primeira vez em décadas uma pequena população de baleias que vivia nas proximidades da Antártica rumou para ilhas da Oceania, considerado seu antigo habitat de reprodução.
Registros históricos informam que existiam ao menos 30 mil exemplares no século 19, que migravam da região gélida para as baías da Nova Zelândia e Austrália.
Mas a espécie entrou em extinção devido às grandes caçadas, que tiveram seu pico entre 1830 e 1840. Desde então, eram raras as aparições do mamífero na costa. "A baleia-franca-austral é extremamente graciosa e muito espetacular de se ver", afirmou Scott Baker, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo.
"Costumava haver milhares delas na Nova Zelândia e agora as baleias estão redescobrindo seu lar ancestral. Vai ser interessante ver como isto vai se desenvolver", disse.
O mamífero pode atingir até 60 metros de comprimento e pesar até 100 toneladas. A idade média é de pelo menos 70 anos. Estima-se que existam atualmente cerca de 7.500 baleias-franca-austral em todo mundo.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
sábado, 22 de junho de 2013
Biólogos avistam no Canadá a primeira baleia negra em 60 anos
Uma baleia negra do Pacífico Norte, um dos animais mais ameaçados de extinção do mundo, foi avistada nos últimos dias pela primeira vez em mais de 60 anos na costa ocidental do Canadá, anunciou nesta quinta-feira (20) o ministério de Pesca e Oceanos.
Um navio da guarda-costeira canadense que cruzava as Ilhas da Rainha Carlota, na fronteira com o estado americano do Alasca, pôde observar o animal em várias ocasiões.
"Quando percebemos o que estávamos vendo, não podíamos acredita"', declarou em um comunicado James Pilkington, biólogo do ministério a bordo do navio.
A baleia negra foi vista em águas canadenses apenas seis vezes durante o século 20, a última há 60 anos.
A espécie é considerada uma das mais ameaçadas do planeta.
Esta baleia de pele negra e mandíbula curva pode medir até 17 metros e pesar 90 toneladas.
Durante o século 19, foi capturada intensivamente, até que nos anos 1960 sua pesca foi declarada ilegal. Calcula-se que restem entre 300 e 400 espécimes no Canadá, Alasca e Mar de Behring.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Pescador é preso com tartaruga em risco de extinção no ES
Cinco pescadores foram presos com uma tartaruga em risco de extinção, na foz do Rio Doce, em Linhares, Norte do Espírito Santo, neste sábado (15). Segundo o Batalhão da Polícia Militar Ambiental, também foram apreendidos duas tarrafas, quinhentos metros de redes de espera, três espinhéis, quatro varas com molinetes além de um motor de popa.
O Ibama estipulou um multa de R$ 5 mil para cada um dos infratores. Os homens foram encaminhados para o Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Linhares. Eles foram autuados por pescar em uma zona de junção do rio com o mar, sendo que um deles ainda estava com dois quilos robalo, peixe que está com pesca proibida até o dia 30 de junho.
A tartaruga marinha encontrada com um dos pescadores estava viva, pesando quase dez quilos. O animal é conhecido popularmente por tartaruga-verde ou aruanã e foi levado ao Projeto Tamar para se recuperar e ser posteriormente devolvida ao seu habitat natural.
Cientistas estudam peixes para entender como coração se regenera
Cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, analisaram o coração de peixes-zebra (Danio rerio) para rastrear os processos celulares que levam à regeneração cardíaca. O estudo foi publicado na edição desta quinta-feira (20) da revista "Nature" e envolveu o uso de células-tronco.
Segundo os autores, os resultados revelam um enorme potencial para reparação desse músculo após lesões nos ventrículos (câmaras inferiores do coração), como no caso de um infarto. Os ventrículos, em geral, são a região mais atingida durante um ataque cardíaco.
A insuficiência cardíaca, causada por um infarto ou arritmia grave, é a principal causa de morte no mundo desenvolvido, em grande parte pela incapacidade do coração dos mamíferos em gerar novas células e substituir o tecido danificado. Por outro lado, invertebrados menores, como os peixes-zebra, conseguem recuperar as fibras musculares dos ventrículos, chamadas cardiomiócitos, após uma lesão.
A pesquisa, liderada por Neil Chi e Ruilin Zhang, sugere que várias linhas celulares do coração desses peixes são mais capazes de se transformar em novos tipos de células do que se pensava anteriormente. Isso porque as células musculares encontradas especificamente nos átrios (câmaras superiores) contribuem para a regeneração dos ventrículos.
Ao longo do estudo, os cientistas conseguiram gerar uma falha genética nos animais capaz de causar destruição do músculo cardíaco e, em seguida, rastrearam os cardiomiócitos nos ventrículos e nos átrios usando proteínas fluorescentes.
Com uma técnica de mapeamento genético, a equipe descobriu que os cardiomiócitos do átrio podiam se transformar em cardiomiócitos dos ventrículos, em um processo chamado transdiferenciação. Isso ocorre quando uma célula já diferenciada e especializada sofre uma transgressão e vira outro tipo de célula.
Segundo Chi, ainda é preciso ver se esse mecanismo pode funcionar de forma semelhante em humanos. Mas, de qualquer forma, o trabalho abre portas para que a ciência entenda, no futuro, como esse tipo de regeneração pode mudar o destino do músculo cardíaco humano após um infarto, por exemplo.
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