sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Foto de animal marinho transparente faz sucesso na internet

 
A foto de um estranho animal marinho quase totalmente transparente tem chamado a atenção dos internautas desde a semana passada. A imagem foi tirada pelo escocês Stewart Fraser, que relata ter encontrado o bicho na superfície do oceano, na costa da Nova Zelândia. Postada na plataforma Reddit, a foto já teve mais de 1 milhão de acessos. De acordo com o pesquisador Alvaro Esteves Migotto, do Centro de Biologia Marinha da Universidade de São Paulo (USP), trata-se de um animal conhecido informalmente como "salpa", da classe Thaliacea. "Esses bichos não têm nomes populares por aqui. Os biólogos se referem a eles de forma genérica como 'salpas'", diz. O especialista explica que "salpa" é o nome que identifica um gênero de animais dentro desse grupo, mas a nomenclatura acaba sendo utilizada para se referir ao grupo todo. Segundo ele, com base apenas na foto, é difícil identificar a espécie exata do animal, mas não há dúvida de que se trata de um taliáceo. "O grupo contém algumas dezenas de espécies; a maioria é pequena (alguns milímetros ou centímetros), mas existem algumas bem grandes, como a da foto", completa. "Foi a criatura mais estranha que eu já encontrei", descreveu Fraser, em um comentário no Facebook.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Espécie de lagosta recebe nome em homenagem a Nelson Mandela

 
Uma nova espécie de lagosta que vive nas águas profundas do mar que banha a África do Sul foi batizada de Munidopsis mandelai em homenagem ao ex-presidente do país, Nelson Mandela, que morreu em dezembro passado aos 95 anos. O crustáceo foi descoberto pela pesquisadora Diva Amon, que faz doutorado no Museu de História Natural de Londres. Segundo ela, o animal tem apenas sete milímetros de comprimento e foi encontrado a 750 metros de profundidade. Segundo a cientista, a descoberta é um exemplo de como é necessário explorar o alto mar e revelar os mistérios de ecossistemas marinhos. Ela e seu supervisor, Adrian Glover, investigavam a biodiversidade em montes submersos existentes no Oceano Índico quando acharam a nova espécie.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Baía no RJ com recorde de golfinhos nas Américas terá visita guiada




Uma das dez espécies animais mais ameaçadas de extinção do Estado do Rio de Janeirosupera o despejo de dejetos no oceano e a pesca acidental para sobreviver na Baía de Sepetiba, nos mares de Itacuruçá, distrito de Mangaratiba, Costa Verde fluminense. Ali, os botos cinzas, uma espécie de golfinho, formam a maior concentração deste tipo de mamífero das Américas Latina e Central, segundo a ONG Instituto Boto Cinza (IBC), embora a mortandade não natural chegue ao dobro do número aceitável — com cerca de 30 animais por ano. A estimativa é de que, naquelas águas, haja 2 mil golfinhos e de que cheguem a passear, juntos, em grupos de até 200. O IBC, que, como sugere o nome, protege o animal — mas também outros cestáceos e até aves — é a responsável pelos cálculos e também pelos estudos do simpático mamífero, que empresta o nome a pousadas, restaurantes e mercados do distrito, que vive à base do turismo e da pesca. 

A partir de fevereiro, os pescadores vão realizar também passeios educacionais com turistas em locais onde os golfinhos nadam em grande número. É justamente a rede do pescador, porém, um dos principais inimigos dos botos cinzas. É comum que, acidentalmente, fiquem presos e furem as redes. Quase sempre morrem, e reduzem o trabalho do pescador a zero. A solução encontrada pela ONG foi aproveitar esta mão de obra descontente e capacitá-la. Já que a pesca industrial esmaga o lucro dos autônomos, que os pescadores façam do mar a fonte de renda de casa promovendo passeios educativos. "O projeto tem base comunitária, para render vantagens econômicas ao pescador. Haverá stands onde os turistas vão comprar tíquetes para passear com barqueiros locais nos lugares onde os golfinhos andam em agregação [grupo com mais de 100 animais]", explica Leonardo Flach, coordenador científico do IBC e do projeto, intitulado Abrace o Boto Cinza. Questões como dia de inauguração e preço dos bilhetes será definida nos próximos dias em reunião com autoridades, pescadores e biólogos. O cuidado especial com o golfinho, que é simbolizado no brasão do Estado do Rio de Janeiro, encontra a justificativa no passado. Cartão-postal da cidade, a Baía de Guanabara teve milhões dos cestáceos em seus melhores tempos. Atualmente, não tem mais de 40, segundo o Instituto. "Se não fizemos nada, se não buscarmos alternativas, será uma questão de tempo: eles sumirão, como aconteceu na Baía de Guanabara", resumiu a bióloga marinha do Instituto, Kátia Silva.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Programa registra nascimento de mais de 450 mil tartarugas em Goiás




Entre os meses de setembro e início de dezembro, a desova das tartarugas foi monitorada nos rios Crixás-Açu e Araguaia, em Goiás. O projeto, realizado pela Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos de Goiás (Semarh) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), registrou o nascimento de mais de 450 mil filhotes na temporada. De acordo com a Semarh, o Programa Quelônios da Amazônia (PQA/GO) acompanhou a desova dos animais da espécie podocnemis expansa, a tartaruga-da-amazônia. O objetivo foi levantar informações sobre as populações e identificar as principais ameaças no habitat natural. No Rio Crixás-Açu foram identificados o nascimento dos animais em 28 praias. Já no Araguaia, em 13. Os biólogos monitoraram uma área no Rio Crixás-Açu, que fica entre os municípios de Mundo Novo e Nova Crixás, totalizando 160 quilômetros. Já no Rio Araguaia foram percorridos 280 quilômetros, entre as cidades de Britânia e São Miguel do Araguaia. Ao todo, foram marcadas 90 tartarugas adultas e 20 mil filhotes, permitindo o monitoramento da população natural, sendo que foram identificados aproximadamente 2.800 ninhos no Rio Crixás e 2.500 no Araguaia. Para quantificar o número total de filhotes nascidos no período, foram amostrados 400 ninhos, onde se verificou uma média de 98,40 ovos por unidade e, destes, em média, 86,14 filhotes eclodiram. Com isso, segundo a Semarh, ocorreram mais de 241 mil nascimentos no Rio Crixás e 215 mil no Araguaia. A secretaria ainda informou que os trabalhos de monitoramento continuam, principalmente para coibir atos predatórios ilegais contra as tartarugas.