Duas espécies de peixes, nunca antes documentadas no Brasil, foram encontradas por pesquisadores do Instituto Mamirauá, no município de Maraã, a 634km de Manaus. Comuns na Amazônia peruana, a Pyrrhulina zigzag e a Apistogrammoides pucallpaensis, são caracterizadas pela beleza ornamental e o porte pequeno. Segundo o técnico de pesquisa em ecologia e biologia de peixes, Jonas Oliveira, os peixes teriam migrado até o estado pelo Rio Amazonas, durante o período de cheia.
As espécies foram localizadas em uma área limite entre a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e a Reserva Extrativista Auati-Paraná, região ainda não estudada por pesquisadores. As amostras foram coletadas em quatro expedições realizadas nos períodos de seca, enchente, cheia e vazante, de 2013. As duas espécies foram encontradas em todas as ocasiões.
Os pesquisadores tiveram cinco pontos dentro desta área para coletar os dados. Neste período, o Apistogrammoides pucallpaensis foi encontrado apenas no Lago da Onça. Já a espécie Pyrrhulina zigzag foi encontrada em vários pontos ao longo do Solimões, sempre nas áreas de várzea.
As possibilidades para a mudança de ambiente desses peixes são inúmeras. De acordo com Oliveira, os peixes podem ter saído da área de lama atrás dos chamados 'capins flutuantes', plantas aquáticas comuns em brejos, que servem de alimento para as espécies. Segundo ele, as macrofitas se soltam do solo e descem o rio nos períodos de cheia, em direção ao Amazonas.
De acordo com a líder do Grupo de Pesquisa Ecologia e Biologia de Peixes do Instituto Mamirauá, Danielle Pedrociane, o próximo passo é analisar a incidência desses animais na região, bem como descobrir o motivo do encontro das espécies no rio Auati-Paraná, que faz confluência com os rios Japurá e Solimões.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
domingo, 2 de fevereiro de 2014
'Monstro aquático' mexicano pode ter desaparecido de seu habitat natural
O axolote (Ambystoma mexicanum), um tipo de salamandra mexicana, pode ter desaparecido de seu único habitat natural conhecido: os poucos lagos restantes da Cidade do México. Trata-se de uma notícia perturbadora para a criatura inegavelmente feia, que tem um rabo pegajoso, brânquias semelhantes a plumagem e uma boca que se curva em um sorriso estranho.
Conhecido como o "monstro aquático" e como o "peixe mexicano que anda", seu único habitat natural é a rede de lagos e canais Xochimilco, que está sofrendo com a poluição trazida pelo crescimento urbano.
O biólogo Armando Tovar Garza, da Universidade Nacional Autônoma do México, disse nesta quinta-feira (30) que a criatura "corre risco sério de desaparecer" da natureza.
No ano passado, pesquisadores tentaram encontrar exemplares da espécie nas águas escuras e lamacentas de Xochimilco, mas, depois de quatro meses de tentativas, o resultado foi nulo: nenhum axolote foi encontrado.
Há exemplares que vivem em aquários e laboratórios de pesquisa, mas especialistas dizem que essas não são as melhores condições.
Os axolotes crescem até 30 centímetros e usam as quatro patas atarracadas para se arrastar no fundo dos lagos ou as caudas grossas para nadar. Eles se alimentam de insetos aquáticos, peixes pequenos e crustáceos. Nos últimos anos, os arredores dos lagos onde o bicho vive passaram a abrigar favelas que lançam esgoto nas águas, o que prejudicou o desenvolvimento da espécie.
A Academia Mexicana de Ciências disse em uma declaração que uma pesquisa de 1998 encontrou uma média de 6 mil axolotes por quilômetro quadrado, número que caiu para 1 mil em 2003 e para 100 em 2008.
sábado, 25 de janeiro de 2014
Lula-gigante de 3,4 m e 100 kg é a 3ª capturada no Japão em janeiro
Pescadores da província de Tottori, no Japão, capturaram por acaso uma lula-gigante de 3,4 m e cerca de 100 kg durante uma pescaria por caranguejos e linguados na região. Veja o vídeo, em japonês.
De acordo com a emissora “FNN”, o animal foi pego ainda vivo na rede de pesca, mas não resistiu até ser levado até a costa. Especialistas afirmam que o molusco poderia ser bem maior, caso seus tentáculos maiores ainda estivessem presos ao corpo quando o animal foi retirado da água.
Especialistas ficaram intrigados ao constatarem que a lula-gigante foi capturada a cerca de 240 m de profundidade, visto que esse tipo de animal geralmente habita águas muito mais profundas, podendo ultrapassar 1.400 m de distância da superfície.
A província de Tottori informou que irá preservar a lula-gigante para que ela possa ser estudada, e que ela não poderia ser consumida devido à alta concentração de amônia no corpo do molusco.
Outros casos
Este seria o terceiro caso de captura de lula-gigante no Japão apenas em janeiro de 2014, de acordo com o jornal britânico “The Guardian”.
Este mês, pescadores da ilha de Sadogashima ficaram impressionados ao fisgarem por acidente uma lula-gigante de mais de 4 m de comprimento, que foi avistada perto do barco onde estavam (assista ao vídeo).
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
No Japão, leão-marinho desenha ideograma para celebrar 2014
O leão-marinho "Jay" desenha o ideograma chinês correspondente à palavra “cavalo”, treinando sua caligrafia para a atração de Ano Novo do aquário Hakkeijima em Yokohama, no Japão. Segundo o calendário chinês, 2014 será o “ano do cavalo”. (Fotos: Kazuhiro Nogi/AFP)
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