Uma linhagem de pequenos tubarões pré-históricos, que acreditava-se que tivesse desaparecido na Grande Extinção, ocorrida há 250 milhões de anos, pode ter sobrevivido outros 120 milhões de anos, sugere estudo publicado no periódico "Nature Communications".
Cientistas encontraram amostras fósseis de seus minúsculos dentes nas proximidades de Montpellier, na França e, com isso, conseguiram verificar que os tubarões teriam vivido após a calamidade escondendo-se em mares profundos.
A estranha criatura não tinha mais que 30 centímetros de comprimento e provavelmente ostentava uma protusão similar a um gancho no lugar da barbatana dorsal.
A pior extinção em massa que o planeta viveu acabou com 95% das espécies marinhas e 70% das terrestres no final do período Permiano, quando se acredita que a Terra tivesse um único continente cercado por um único oceano.
Entre as explicações para a catástrofe estão o impacto de um asteroide que sufocou o planeta em uma nuvem de poeira que ocultou o sol e fez a vegetação secar ou um período de intensa atividade vulcânica que causou uma mistura letal de chuva ácida e aquecimento global.
Entre as criaturas que se acredita terem desaparecido nesse evento estavam os tubarões com dentição cladodonte, parentes distantes dos tubarões modernos, que tinham mandíbulas com várias fileiras de dentes minúsculos e afiados.
Mas agora, uma equipe de cientistas do Museu Natural de Genebra e da Universidade de Montpellier, na França, encontrou seis dentes desse tipo, que datam do período Cretáceo inferior em sedimentos, perto da cidade dessa cidade do sul francês. Essa área pode ter ficado submersa durante esse período da história do planeta.
Os dentes, com menos de dois milímetros, eram de diferentes espécies do tipo cladodontes, agora extintos, que viveram há 135 milhões de anos atrás. "Nossas descobertas mostram que esta linhagem sobreviveu a extinções em massa, mais provavelmente, por buscar refúgio no fundo do mar durante eventos catastróficos", destacou o estudo.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
'Monstro aquático' mexicano é visto em lago e dá esperança a cientistas
Após anunciarem que o axolote (Ambystoma mexicanum), um tipo de salamandra que só vive em lagos do México, podia ter desaparecido da natureza, cientistas anunciaram ter encontrado exemplares desta espécie durante uma segunda varredura realizada este mês.
No ano passado, biólogos tentaram capturar axolotes com a ajuda de redes no lago Xochimilco, na Cidade do México, mas não encontraram nenhum espécime – o que aumentou a preocupação sobre o risco de que esses animais só sobreviveriam se fossem criados em cativeiro.
Contudo, o biólogo Armando Tovar Garza, da Universidade Nacional Autônoma do México, disse que na última semana ele e sua equipe encontraram duas salamandras durante sua investigação, que deve seguir até meados de abril.
“Não pudemos capturá-los, mas dois avistamentos representam que ainda temos chance”, disse Garza, referindo-se à conservação desses animais.
Conhecido como "monstro aquático" e como o "peixe mexicano que anda", seu único habitat natural é a rede de lagos e canais Xochimilco, que sofre com a poluição trazida pelo crescimento urbano. Nos últimos anos, os arredores dos lagos onde o bicho vive passaram a abrigar favelas que lançam esgoto nas águas.
A Academia Mexicana de Ciências informou que 1998 havia em média 6 mil axolotes por quilômetro quadrado, número que caiu para 1 mil em 2003 e para 100 em 2008.
A criatura é importante para o mundo científico devido à sua capacidade de regenerar membros amputados. Alguns exemplares vivem em aquários instalados em laboratórios, mas os especialistas advertem que essas não são as melhores condições, pois correm risco de acasalamento entre parentes e, com isso, perder a diversidade genética da espécie.
Os axolotes crescem até 30 centímetros e usam as quatro patas atarracadas para se arrastar no fundo dos lagos ou as caudas grossas para nadar. Esses animais se alimentam de insetos aquáticos, peixes pequenos e crustáceos.
domingo, 23 de fevereiro de 2014
Baleia-franca-pigmeia
A Baleia-franca-pigméia (Caperea marginata) é um mamífero cetáceo, o único pertencente à família Neobalaenidae e foi descrita e assinalada a um novo género em 1846 por John Edward Gray, que trabalhou na secção de Zoología do Museu Britânico.
Esta espécie compartilha características taxonómicas das famílias Balaenidae e Balaenopteridae: falta de pliegues gulares e apresenta um rosto arqueado como as baleias francas, mas também tem barbatana dorsal e um corpo alargado como os rorquais (designação comum dada aos cetáceos da família Balaenopteridae), resultando num intermédio. Por isso, também se pode classificar na família monoespecífica Neobalaenidae.
Equipe consegue cortar corda de pescaria presa a baleia-franca ameaçada
Especialistas em vida selvagem cortaram mais de 85 metros de linha de pescaria comercial que vinham sendo arrastados por uma baleia-franca na costa do estado da Geórgia, leste dos Estados Unidos. Parte da corda permaneceu emaranhada na boca da baleia, segundo funcionários relataram, nesta quinta-feira (20).
Emaranhamentos em equipamentos de pesca comercial e colisões com navios na costa leste são considerados as maiores ameaças para a sobrevivência das baleias-francas. Especialistas estimam que restam apenas 450 dessas grandes baleias. A cada inverno, elas migram para as águas mais mornas da Geórgia e da Flórida para dar à luz seus filhotes.
Foi a primeira vez desde 2011 que uma baleia como essa, enroscada a equipamentos de pesca, foi avistada na costa sudeste dos Estados Unidos, disse Clay George, um biólogo especializado em mamíferos marinhos do Departamento de Recursos Naturais da Geórgia. Ele fazia parte do grupo que chegou perto o suficiente da baleia de 9 metros de comprimento para cortar a linha de pesca de quase 2 centímetros de espessura usando um gancho equipado com lâminas cortantes.
"Sentimos que o que fizemos deu à baleia uma chance de lutar e se desvencilhar do restante da linha por conta própria", disse George, que estima que a baleia ainda esteja arrastando cerca de 6 metros da corda tecida com pesos de chumbo. "A verdadeira mensagem para levarmos para casa é que não podemos simplesmente salvar e consertar cada baleia que apareça enroscada. Em alguns casos, é completamente impossível desvencilhar a baleia."
A baleia que apareceu enroscada esta semana era um macho de 4 anos. Ela foi localizada no domingo por uma equipe fazendo pesquisas aéreas para a Marinha, que observou o mamífero arrastando uma linha de pesca.
Uma primeira embarcação acionada conseguiu cortar parte da corda e anexar uma bóia de rastreamento ao animal. Só na segunda-feira funcionários conseguiram chegar mais perto do animal com um barco menor e cortar a maior parte da linha.
Assinar:
Postagens (Atom)