sábado, 26 de março de 2016

Fungo torna rãs mais ‘sexies’ para facilitar propagação, indica pesquisa


Cientistas na Coreia do Sul descobriram que um fungo está tornando rãs asiáticas mais atraentes às fêmeas da espécie colaborando no sucesso da evolução de uma geração a outra. Em entrevista à BBC, o professor-associado da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, Bruce Waldman, falou sobre sua pesquisa com uma rã comum na Ásia, a Hyla japonica, e um fungo que ataca rãs, o Batrachochytrium dendrobatidis, também chamado de Bd. Segundo a pesquisa de Waldman este fungo causa uma doença pandêmica que pode matar o anfíbio além de afetar de várias formas a saúde do hospedeiro. "Bd interfere com o equilíbrio eletrolítico e a osmorregulação, causando insufiência cardíaca nos indivíduos afetados", escreveu o pesquisador. Além disso, fungo também interfere no sistema imunológico e em muitos outros tecidos o que leva o anfíbio a ficar letárgico, perder a coordenação além de outras mudanças no comportamento. Mas Waldman notou que os machos da espécie estudada infectados por este fungo mudam o padrão de vocalizações para atrair mais fêmeas para a reprodução. O pesquisador chegou à conclusão de que "machos infectados chamam (as fêmeas) mais rapidamente e produziram chamados mais longos do que os machos não infectados". E isto, de acordo com Waldman, pode mudar a reação das fêmeas. "Muitas rãs procuram por parceiros através de vocalizações (dos machos). Nem todas, mas muitas rãs fazem isso", disse o pesquisador em entrevista à BBC. "Então, um fator preliminar determinante do sucesso reprodutivo é como você chama (uma parceira). Se você chama muito, arruma uma parceira melhor, arruma mais parceiras." Waldman afirmou que o fungo afetou os anfíbios, principalmente no instinto de colocar mais esforço nos chamados pelas fêmeas. "A estrutura do chamado é diferente, eles fazem chamados mais longos, mais rapidamente. Eles parecem fazer chamados mais vigorosos do que os feitos por indivíduos saudáveis, que não foram infectados", afirmou. Quando perguntado se a fêmea da rã asiática pensa que o macho infectado é mais viril, o pesquisador respondeu com bom humor. "Não sei exatamente o que ela pensa (risos). Mas é mais provavel que ela escolha o macho infectado ao invés do não infectado." "Aquele macho poderá infectá-la e é possível que as crias também sejam infectadas", acrescentou. Waldman afirma que as rãs estudadas sobreviveram à infestação por este fungo. "Fizemos outros estudos que mostram que, mesmo que este tipo de fungo mate rãs em outras partes do mundo, na Coreia e na maior parte da Ásia ainda não vimos uma grande mortandade de anfíbios. E muitos deles estão infectados por este fungo." "As rãs sobrevivem. Na verdade elas parecem estar muito bem! Esta descoberta é muito surpreendente, não é o que esperávamos", acrescentou. O pesquisador afirmou que os anfíbios na Ásia parecem ter desenvolvido uma "boa resposta imunológica que permite que eles mantenham o fungo sob controle". "Lançar este tipo de resposta imunológica (geralmente) parece ter um custo (...) e nós esperávamos que (este custo) seria uma diminuição de energia em outras atividades como o chamado (pela parceira). Mas a energia aumentou e este resultado foi surpreendente para nós", afirmou o cientista à BBC. O cientista afirma que as rãs, asiáticas ou não, têm um papel importante já que "o ecossistema tem que ser visto como um todo e todos os animais e plantas têm um papel". "Rãs têm um certo papel para eliminar insetos ou (também) em outros tipos de necessidades humanas, mas isto não é o principal. Temos que manter a biodiversidade e rãs são parte da biodiversidade."

terça-feira, 22 de março de 2016

Crocodilo é filmado 'curtindo' tobogã em zoológico no Marrocos


Um crocodilo foi filmado se divertindo em uma espécie de tobogã em um jardim zoológico no Marrocos. A cena ganhou destaque ao ser compartilhada no YouTube. Desde o dia 9 de janeiro, o vídeo recebeu mais de 210 mil visualizações. Assista ao vídeo.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Tubarão em extinção fica preso a rede de pescador em Guarapari, ES


Um tubarão foi pescado na manhã desta segunda-feira (21), na costa da Enseada do Sol, região que abrange a Praia de Santa Mônica, em Guarapari, no Espírito Santo. O animal teria ficado preso à rede de um pescador que atuava na região. De acordo com o empresário Renato Ferraz, que estava no local e fez fotos do tubarão, um homem pescava em alto mar quando o animal ficou preso na rede. Ele contou que o tubarão foi levado ainda vivo pelo pescador até o cais da Aldeia de Perocão. Ainda segundo a testemunha, o pescador não quis se identificar por medo de represálias de órgãos ambientais. De acordo com o diretor do Instituto Orca, Lupércio Barbosa, trata-se de um Tubarão Mangona. “Espécie ameaçada de extinção devido à intensa captura comercial, tendo em vista qualidade e sabor da carne”, disse. Lupércio disse que a espécie é comum nos mercados de pesca, vendidos como cação, podendo atingir mais de 3 metros de comprimento. “É comum em águas costeiras rasas, como praias e baias. Não há registro de acidentes humanos com essa espécie”, esclareceu Lupércio.

Após 60 anos, estudo desvenda mistério sobre 'monstro Tully'



Após mais de meio século, pesquisadores conseguiram desvendar o mistério em torno de uma criatura bizarra apelidada de "monstro Tully", que viveu há cerca de 307 milhões anos no nordeste do estado de Illinois (EUA). Vestígios fossilizados de Tullimonstrum gregarium foram encontrados em 1955 pelo caçador de fósseis Francis Tully em Mason Creek, no estado do Illinois. Desde então, a origem evolutiva dessa espécie era um quebra-cabeças para os cientistas. Ao analisar numerosos fósseis da criatura, os pesquisadores chegaram à conclusão de seriam primos das lampreias. O "monstro Tully" media cerca de 30 centímetros e contava com uma espécie de cauda com dentes. Em um estudo publicado na semana passada na revista Nature, os pesquisadores destacaram que o "monstro Tully" era um vertebrado, com brânquias e uma haste rígida, ou notocorda, que funcionava como uma medula espinhal rudimentar. A pesquisa foi liderada pela paleontóloga Victoria McCoy, da Universidade de Leicester, na Inglaterra. "Como todos os fósseis excepcionais, tínhamos uma imagem muito clara do que parecia, mas nenhuma imagem clara do que era", disse Victoria. "Este quebra-cabeça vinha atormentado os paleontólogos", disse o paleontólogo Scott Lidgard, do Museu de História Natural Field, em Chicago, que possui 1.800 espécimes de Tullimonstrum Gregarium, o fóssil oficial do estado de Illinois.