O gelo marinho em volta da Antártica encolheu para a sua menor extensão anual já registrada depois de resistir por anos à tendência de aquecimento global provocado pelo homem, mostraram dados preliminares norte-americanos por satélite nesta terça-feira (14).
O gelo flutuando ao redor do continente gelado geralmente se derrete para alcançar o seu menor registro do ano ao redor do fim de fevereiro, verão no hemisfério sul, e depois aumenta novamente com a chegada do outono.
Neste ano, a extensão do gelo marinho contraiu para 2,287 milhões de quilômetros quadrados em 13 de fevereiro, segundo as informações diárias do centro de dados norte-americano sobre gelo e neve.
Essa extensão é uma fração menor do que a baixa anterior de 2,290 milhões de quilômetros quadrados de 27 de fevereiro de 1997, em registros por satélite que vêm desde 1979.
Mark Serreze, diretor do centro de dados norte-americano, disse que esperaria as medições dos próximos dias para confirmar a baixa recorde.
“Contudo, a não ser que algo estranho tenha acontecido, estamos diante de um mínimo recorde na Antártica. Algumas pessoas dizem que já aconteceu”, afirmou ele à Reuters.
“Tendemos a ser conservadores e a olhar a média de cinco dias.”
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
'Jacaré laranja' chama atenção em lago nos EUA
Um aligátor (jacaré americano) chamou atenção para apresentar uma cor alaranjada nas margens de um lago em Hanahan, no estado da Carolina do Sul (EUA).
Jay Butfiloski, do Departamento de Recursos Naturais da Carolina do Sul, disse que o animal pode ficado com tal cor por ter se abrigado durante o inverno em uma tubulação de aço que estava oxidado.
Especialistas disseram que que o jacaré vai trocar de pele em breve e provavelmente voltará à cor normal.
Mudanças climáticas ameaçam sobrevivência do pinguim africano, alerta estudo
As mudanças climáticas e a pesca excessiva deixaram os jovens pinguins africanos, espécie em risco de extinção, confusos sobre onde encontrar comida, e eles estão morrendo em grande quantidade em consequência disso - disseram pesquisadores nesta quinta-feira (9).
Um estudo publicado na revista científica "Current Biology" descreve uma situação difícil para os pinguins africanos, cuja população jovem deve reduzir em 50% em algumas das áreas mais afetadas da costa da Namíbia e da África do Sul, segundo projeções.
"Nossos resultados mostram que os pinguins africanos ficam presos, buscando comida nos lugares errados, devido à pesca e às mudanças climáticas", disse o autor principal do estudo, Richard Sherley, da Universidade de Exeter e da Universidade de Cape Town.
O problema aparece quando os pinguins jovens deixam suas colônias pela primeira vez e viajam longas distâncias, procurando no oceano sinais de áreas com abundância de peixes e plânctons.
Esses sinais incluem áreas do mar com baixas temperaturas e alta clorofila, o que indica a presença de plâncton e, provavelmente, de peixes que se alimentam deste, como sardinhas e anchovas.
"Estas eram pistas confiáveis para águas ricas em presas, mas as mudanças climáticas e a pesca industrial reduziram as reservas de peixes nesse sistema", disse Sherley. "Esses sinais agora podem levá-los a lugares onde esses peixes, a principal presa dos pinguins, são escassos", acrescentou.
Os pesquisadores usaram satélites para rastrear pinguins africanos jovens de oito locais em toda sua área de reprodução.
Eles descobriram que muitos pinguins estavam ficando presos no Grande Ecossistema Marinho da Corrente de Benguela, uma área que se estende do sul de Angola até Cape Point, no Cabo Ocidental da África do Sul.
A região sofre há décadas com a sobrepesca e as mudanças ambientais, que reduziram a quantidade de peixes. "Os pinguins ainda vão para locais onde o plâncton é abundante, mas os peixes não estão mais lá", completou Sherley. Os pinguins jovens que vão parar ali com frequência morrem de fome.
"Seus números de reprodução estão cerca de 50% mais baixos do que estariam se eles encontrassem seu caminho para outras águas, onde o impacto humano é menos grave", explicou o estudo.
Os pinguins africanos são considerados uma espécie ameaçada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), com cerca de 50 mil exemplares restantes na Namíbia e na África do Sul, devido principalmente à escassez de alimentos.
O encalhe trágico de mais de 600 baleias em praia da Nova Zelândia
Equipes de resgate trabalhavam para tentar salvar 400 baleias-piloto que encalharam na madrugada de quinta para sexta-feira na costa da Nova Zelândia, quando mais 200 animais chegaram à costa neste sábado (11). Até agora, o encalhe trágico já contabiliza mais de 600 baleias em apenas três dias.
Em um dos piores casos já registrados no país, pelo menos 300 cetáceos já morreram na praia de Farewell Spit, apesar do esforço das equipes, que fizeram uma verdadeira corrente humana para tentar levar os animais de volta ao mar.
Cerca de 100 baleias do primeiro encalhe foram salvas e identificadas. Segundo Andrew Lamason, do Departamento de Conservação da Nova Zelândia, nenhuma das baleias que chegou à costa neste sábado possuía identificação, o que indica que seria de fato um novo grupo.
Mais de 300 dos 400 animais da primeira leva morreram enquanto as equipes de resgate tentavam salvá-los. Outros 20 foram mortos pelas equipes porque estavam em condições precárias de saúde e não sobreviveriam.
As autoridades ainda não sabem como vão descartar as carcaças dos animais. De acordo com Lamason, jogar no mar não é uma possibilidade já que os restos se tornariam gasosos e flutuariam até as praias.
Centenas de moradores e agentes de proteção ambiental participam da operação de resgate, que começou na manhã de sexta-feira. Um dos voluntários disse que pessoas "de todas as partes do mundo" trabalham para tentar salvar a vida das baleias.
Ainda não se sabe a razão que levou tantos cetáceos a encalharem em poucos dias na costa do país. Uma das teorias analisadas é a de que as baleias foram "empurradas" para a praia por tubarões, já que vários animais mortos apresentavam mordidas pelo corpo.
Outra hipótese levantada por Herb Christophers, do Departamento de Conservação, é a de que as baleias encalharam ao tentar nadar em torno da ilha sul da Nova Zelândia, e erraram a navegação, acabando na praia.
Segundo ele, trata-se de um lugar muito difícil para baleias perdidas. Muitos desses incidentes acontecem em Farewell Spit. de acordo com especialistas, as águas rasas da praia parecem confundir os cetáceos, dificultando sua capacidade de navegar.
Danny Glover, um dos socorristas presentes no local, contou à BBC que a praia é conhecida como uma "armadilha para baleias", devido a sua surpreendente variação de maré, que pode chegar a até 5 quilômetros, mas com apenas 3 metros de profundidade.
Mas há outras hipóteses para os encalhes dos cetáceos. Em alguns casos, os animais estão doentes, com idade avançada, feridos ou cometem erros de navegação, especialmente quando se trata de praias com inclinação suave.
E, muitas vezes, quando uma baleia encalha, ela envia um sinal de socorro para atrair outros membros de seu grupo, que por sua vez também acabam encalhando quando a maré baixa.
Há ainda a hipótese do "suicídio": algumas baleias seguiriam para as praias e encalhariam voluntariamente porque estariam muito doentes para continuar nadando. Nesses casos, por causa da estrutura social do baleal, os animais seguiriam aqueles mais fracos e encalhariam como um ato altruísta, para continuar cuidando dos membros mais frágeis da família.
De acordo com o New Zealand Herald, o Departamento de Conservação recebeu o alerta sobre um possível encalhe na noite de quinta-feira. Porém, como era arriscado iniciar a operação de resgate no escuro, os trabalhos só começaram na manhã desta sexta-feira.
A voluntária Ana Wiles contou que algumas baleias tentaram nadar de volta à costa, e a corrente humana estava tentando fazer com que elas fossem para águas profundas. Ela relatou ao site de notícias Stuff que havia "muitas barbatanas no ar, sem respiração".
"Conseguimos fazer algumas baleias flutuarem, mas havia uma quantidade horrível de mortos na parte rasa, então foi realmente muito triste", disse Ana Wiles.
"Uma das coisas mais bacanas foi que conseguimos salvar um casal (de baleias), e tiveram filhotes", acrescentou.
A Nova Zelândia tem uma das maiores taxas de encalhe no mundo, com cerca de 300 golfinhos e baleias desembarcando em suas praias todos os anos, de acordo com o Project Jonah.
Em fevereiro de 2015, cerca de 200 baleias encalharam no mesmo local, sendo que pelo menos metade morreu.
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