quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Filhote de baleia que ficou encalhado por quase um dia é devolvido ao mar no RJ



O filhote da baleia-jubarte, que estava encalhado desde quarta-feira (23/08), retornou ao mar na tarde desta quinta-feira (24/08) na Praia da Rasa, em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio. Segundo a Defesa Civil, o animal foi devolvido ao mar por volta das 16h com a mobilização de um grupo de pessoas que ajudou na retirada do mamífero da areia. Três retroescavadeiras foram utilizadas durante a ação. Equipes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Corpo de Bombeiros, da Secretaria de Meio Ambiente e da Defesa Civil colaboraram no resgate. Segundo a Defesa Civil, cerca de 300 pessoas estavam no local acompanhando a retirada. Durante toda a manhã, duas retroescavadeiras atuaram no salvamento. Dezenas de pessoas também utilizaram pás e enxadas para afastar a areia, além de baldes para hidratar o animal. O filhote encalhou na tarde desta quarta-feira (23/08) e, segundo especialistas que estão no local, pode ter se perdido do grupo quando fazia a travessia, passando pelo litoral do Rio com destino a Antártida. A migração acontece nesta época. O filhote apresentava dificuldades para respirar, segundo a avaliação de especialistas que estiveram no local, como o biólogo Marcelo Tardelli Rodrigues. "O animal não está com nenhuma cicatriz, nenhuma marca que indique colisão com navio ou embarcações. Pode ser um animal que estava viajando com a mãe e se perdeu durante a forte ressaca das últimas duas semanas", afirmou o biólogo.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Pescador fisga peixe anormalmente grande de 16kg em lago de Nova York


O pescador Jason Bair capturou um peixe da espécie Aplodinotus grunniens de mais de 16 kg no lago Oneida, no estado americano de Nova York. O Departamento de Conservação Ambiental de NY informou que o peixe, natural da região, está crescendo muito mais do que o costume, provavelmente porque estão comendo mexilhões de espécies invasoras. Eles usam os seus molares nas gargantas para quebrar as conchas dos mexilhões. Espécies invasoras são espécies que chegam a um habitat natural, geralmente pela ação humana, e acabam criando desequilíbrios no ecossistema local.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Baleias jubarte dão show para pesquisadores no mar do ES


Todos os anos, as baleias jubarte saem das águas geladas da Antártida, onde se alimentam, e nadam milhares de quilômetros em busca das águas quentes de Abrolhos, no Sul da Bahia, para se reproduzirem. O Espírito Santo está na rota dessas gigantes, por isso pesquisadores têm feito expedições no litoral capixaba para monitorar e estudar a passagem desses animais. A última expedição saiu da Praia de Camburi, em Vitória, no dia 8 de agosto, e não é preciso se afastar muito para avisar os primeiros sinais desses animais. O período que elas são vistas em águas capixabas costuma ser de julho a novembro, mas neste ano elas até se anteciparam um pouco, começando a aparecer ainda em junho. As baleias podem medir até 16 metros e pesar 40 toneladas. Essas gigantes são monitoradas pelo projeto Amigos da Jubarte, que ficam de olho em cada salto, cada movimento. "A gente faz o mapeamento das baleias. Vemos onde elas estão, qual o comportamento, a que distância estão da costa, tempo de avistamento e várias características biológicas delas, como a digital que tem na caudal dela. A gente identifica cada indivíduo, cada grupo e também o que eles estão fazendo aqui", explicou o oceanógrafo Paulo Rodrigues. As fotos são fundamentais na identificação das baleias. Os desenhos nas caudas são como digitais: cada animal tem marcas diferentes. Por isso as imagens vão para um banco de dados, para serem analisadas detalhadamente. Mas registrar a passagem desses animais não é uma tarefa fácil. "Você tem que tentar prestar atenção no comportamento da baleia, ver se os comportamentos se repetem. Por exemplo, você começa a tentar identificar quando vai ser o salto, quando ela vai botar a nadadeira pra fora da água. Começa a ficar mais fácil com a experiência", explicou o fotógrafo Leonardo Merçon. Um drone também é usado para captar imagens das baleias. Além das imagens, o som que os pesquisadores conseguem captar explica muito sobre o comportamento desses mamíferos em águas capixabas. "O macho que é quem 'canta', que faz o som. Ele se comunica tentando interagir coma as fêmeas. Cada população tem um som, um tipo de canto e para cada comportamento: se está atraindo uma fêmea, se está se comunicando, tentando achar um grupo", explicou o oceanógrafo.

Canadá ordena que barcos reduzam velocidade para proteger baleias



O Canadá ordenou nesta sexta-feira (11) que os barcos de grande porte, sejam eles navios de carga ou cruzeiros, devem reduzir a sua velocidade quando passarem pelo golfo de São Lourenço, situado no leste do país, visando a proteção das baleias. "Para impedir a morte das baleias", o governo decidiu impor de forma imediata "um limite temporário de 10 nós para a velocidade dos barcos de mais de 20 metros quando atravessarem o oeste do golfo de São Lourenço". Assim, os barcos deverão reduzir quase à metade a velocidade até então permitida. A orca é uma das espécies mais ameaçadas de cetáceos no mundo. Existem somente cerca de 500 exemplares atualmente nos oceanos. Uma dúzia de baleias apareceram mortas, foram rebocadas ou ficaram encalhadas desde o início da primavera no Hemisfério Norte, nesse golfo ou na costa noroeste dos Estados Unidos. A maioria delas ficou presa em redes de pesca, ou apresentava sinais de colisão com navios. Essa situação levou as autoridades a proibirem a pesca em várias zonas do golfo, em julho. "É dever de todos nós velar pela proteção de nossos recursos marítimos para as futuras gerações e fazer tudo que está ao nosso alcance para impedir a morte das baleias", ressaltou o ministro dos Transportes, Marc Garneau. As autoridades controlarão se a norma está sendo respeitada por meio de vigilância aérea e do uso de guardas-costas. Caso contrário, irão impor multas de até 25 mil dólares canadenses a quem descumpri-la. A redução da velocidade é "uma medida preventiva até que as baleias saiam das zonas de risco", disse o ministro. O ministro da Pesca, Dominic LeBlanc, estimou no início de agosto que existam cerca de "80 a 100" orcas no golfo de São Lourenço, "um número duas ou três vezes maior" que o registrado nos anos anteriores. Quando uma baleia aparece morta, o procedimento usual é rebocá-la para a terra para realizar autópsia, que definirá a causa da sua morte.