segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Tainha




Tainha é a designação vulgar de vários peixes da família dos mugilídeos. A maior parte das espécies pertence ao gênero Mugil, mas a designação estende-se a outros gêneros (e mesmo a algumas espécies da ordem dos Perciformes). Distribuem-se por todo o mundo, ocupando águas costeiras temperadas ou tropicais, existindo algumas espécies que vivem também em água doce. É um peixe largamente utilizado na alimentação humana: por exemplo, desde o Império Romano que faz parte da dieta mediterrânica-europeia. A família dos Mugilidae inclui cerca de 80 espécies divididas por 17 gêneros. Muitas das espécies são ainda conhecidas pelos nomes de curimã, curumã, tapiara, targana, cambira, muge, mugem, parati e fataça, entre outros. Taxonomicamente, os mugilídeos constituem o único membro da ordem dos mugiliformes mas existem algumas discordâncias entre alguns sistemas de classificação. A presença de espinhos nas barbatanas parece indicar aproximação à superordem dos Acanthopterygii, pelo que William A. Gosline os classificou, na década de 1960 como Perciformes. Outros autores incluem-nos, ainda, nos Atheriniformes.

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Dugong, animal marinho 'primo' do peixe-boi, morre depois de engolir pedaços de plástico


Um dugongo, uma espécie de mamífero marinho, morreu na Tailândia depois de ter ingerido pedaços de plástico. O animal tinha ficado famoso no início do ano depois de ter sido resgatado em uma praia. O dugongo se chamava Mariam e morreu neste sábado, vítima de uma infecção causada por pedaços de plástico que acabaram revestindo seu estômago, segundo autoridades locais. Mariam ficou famosa na internet depois que imagens a mostraram brincando com as equipes que a resgataram depois que ela ficou encalhada em uma praia, em abril. Hoje existem apenas algumas centenas de dugongos na Tailândia - a espécie é "prima" do peixe-boi. O dugongo é considerado vulnerável à extinção, segundo lista publicada pela União Internacional para a Conservação da Natureza em 2015. Mariam tinha apenas oito meses e há uma semana começou a apresentar sintomas graves de infecção. Doente, ela se recusou a comer outros alimentos. O dugongo morreu por volta da meia-noite deste sábado depois de entrar em choque. Os esforços para ressuscitá-la não deram certo, segundo as autoridades da Tailândia. Chaiyapruk Werawong, chefe do parque marinho da província de Trang, disse à agência de notícias AFP que o animal estava bastante debilitado. "Ela morreu de uma infecção no sangue, além de apresentar pus no estômago". Durante uma autópsia, vários pedaços de plástico, incluindo um de 20 centímetros, foram encontrados dentro do estômago do mamífero. "Todos estão tristes com a perda. Precisamos salvar o meio ambiente para salvar esses animais raros", disse Nantarika Chansue, uma das veterinárias que trataram Mariam. Em abril, Mariam apareceu em vídeos ao vivo ao lado de Jamil, outro dugongo resgatado logo depois dela. As imagens mostraram que ela estava sendo alimentada e recebendo tratamento de veterinários. Neste sábado, após a notícia, muitas pessoas compartilharam nas redes sociais sua tristeza com a morte do dugongo. No ano passado, uma baleia-piloto também morreu na costa da Tailândia depois de comer mais de 80 sacolas plásticas. O animal marinho chegou a vomitar cinco sacolas durante uma tentativa de salvamento realizada por funcionários de conservação em um canal da província de Songkhla. As 80 sacolas pesavam cerca de oito quilos. Elas impediram que a baleia conseguisse se alimentar de outras formas, segundo a marinha tailandesa afirmou na época. As mortes desses animais são mais um sintoma do crescimento da poluição nos oceanos. Um relatório sobre o futuro dos mares, divulgado recentemente pelo governo do Reino Unido, alertou que a quantidade de plástico no mar pode triplicar em uma década, a menos que o lixo seja contido.

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Encontrado na Nova Zelândia fóssil de pinguim gigante


Fósseis de um pinguim gigante, do tamanho de um ser humano, foram descobertos na Nova Zelândia. O animal devia ter 1,6 metro de altura e pesava 80 kg. Ele viveu no período Paleoceno, entre 60 e 56 milhões de anos atrás. Apelidado de "pinguim monstro" pelo Museu Canterbury, ele agora se soma aos bichos da fauna da Nova Zelândia que hoje estão extintos. Papagaios, águias, morcegos e o moa, um pássaro de 3,6 metros, também integram essa lista. Segundo Paul Scofield, curador do Museu Canterbury, em Christchurch, os pinguins conseguiram alcançar esse tamanho porque répteis marinhos gigantes (que seriam potenciais predadores e competidores) desapareceram dos oceanos na mesma época em que os dinossauros desapareceram. A maior espécie de pinguim existente hoje, o pinguim-imperador, alcança até 1,2 metros. "Acreditamos que, naquela época, os animais estavam evoluindo muito rapidamente. A temperatura da água na Nova Zelândia era ideal para isso. Era de 25ºC, enquanto a média atualmente é de 8ºC", diz. Durante o período de existência do pinguim gigante, a Nova Zelândia ainda estava conectada à Austrália que, por sua vez, estava ligada à Antártida. O fóssil encontrado se assemelha a outro pinguim pré-histórico gigante, o Crossvallia unienwillia, cujos restos foram encontrados na Antártida. De acordo com os pesquisadores, os pés dos pinguins Crossvallia cumpriam um papel mais importante no nado do que os dos pinguins que existem hoje. É possível que esse animal compartilhasse as águas da Nova Zelândia com "tartarugas e corais gigantes, além de tubarões de aspecto diferente", diz Scofield. A razão para o desaparecimento dos pinguins gigantes das águas do hemisfério sul não está totalmente clara. A teoria mais comum é a de que a extinção se deu na competição com outros animais marinhos que surgiram depois. "Na Antártida e na Nova Zelândia, não havia grandes animais que pudessem ser competidores ou predadores até a chegada das baleias com arcadas dentárias e das focas." A extinção dos pinguins gigantes parece coincidir com a chegada desses competidores, mas a razão exata para o desaparecimento do animal ainda está em discussão, diz Mayr. Ossos das pernas dessa espécie de pinguim foram descobertos em Canterbury, no sul da Nova Zelândia. "O local onde os fósseis foram achados é bem peculiar", diz Scofield. "Tem um berço de rio cortando um despenhadeiro." Essa região tem sido local de descobertas de fósseis desde 1980. Muitos achados, como os fósseis do pinguim gigante, foram obra de paleontólogos amadores.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Lobo-marinho é avistado descansando em praia de Florianópolis





Um lobo-marinho-do-sul juvenil foi avistado pela equipe de monitoramento da Associação R3 Animal, por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), aproveitando o sol e descansando na segunda-feira (12) na Praia do Santinho, em Florianópolis. A chegada do mamífero também despertou a curiosidade dos banhistas que passaram pela região. O animal, da espécie Arctocephalus australis, não tinha ferimentos aparentes e parecia estar bem, segundo informou um veterinário da associação. Ele estava em uma área de pedras do costão, que foi isolada pelos pesquisadores para garantir a segurança do bicho. Caso os animais estejam mortos ou debilitados, sejam eles mamíferos, tartarugas ou aves marinhas, a recomendação é entrar em contato com o telefone 0800 642 3341, para que a equipe do R3 Animal possa ir até o local verificar a situação dos casos. O lobo-marinho-do-sul é um mamífero com distribuição geográfica no continente sul-americano desde o Rio de Janeiro, no Oceano Atlântico, até a Península de Paracas, no Peru, no Oceano Pacífico, contando também com registros nas Ilhas Malvinas. A população mundial da espécie é estimada entre 350 mil e 400 mil animais. Esta é a segunda espécie de pinípede – mamíferos aquáticos – mais abundante no litoral gaúcho, e pode ser avistada frequentemente nas praias da Região Sul, alimentando-se e descansando.