terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Aumento das temperaturas tem acelerado redução do oxigênio nos oceanos, alertam cientistas


As mudanças climáticas e a chamada "poluição por nutrientes" estão reduzindo a concentração de oxigênio nos oceanos e colocando a risco a existência de várias espécies marinhas. Essa é a conclusão de um dos maiores estudos já realizados sobre esse tema, conduzido pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) e divulgado neste sábado (7) na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 25, que está sendo realizada em Madri, na Espanha. A poluição por nutrientes é conhecida há décadas e é apontada como um dos principais responsáveis pelo surgimento de "zonas mortas" nos oceanos - locais com concentrações tão baixas de oxigênio que praticamente inviabilizam a existência de vida. Ela ocorre quando substâncias contendo elementos como fósforo e nitrogênio - usados em fertilizantes agrícolas, por exemplo - são arrastados da terra pela chuva para os rios e chegam ao mar. Ali, provocam o crescimento excessivo da população de algas, fenômeno batizado de eutrofização. Quando esses organismos morrem, seu processo de decomposição consome oxigênio, diminuindo sua disponibilidade na água. A mudança climática, por sua vez, tem agravado o problema: o aumento da temperatura da água é outro fator que contribui para a redução dos níveis de oxigênio. De acordo com o estudo, cerca de 700 pontos nos oceanos vêm sofrendo com a redução da concentração de oxigênio. Na década de 1960, esse número não passava de 45. O aumento das concentrações de gás carbônico na atmosfera intensifica o efeito estufa - os gases absorvem uma parcela da radiação que deveria ser dissipada para o espaço e a mantém dentro do planeta. Os oceanos, por sua vez, absorvem parte do calor. E a concentração de oxigênio na água é sensível à temperatura: quanto mais quente, menor a concentração desse gás, que é fundamental para a manutenção de boa parte da vida marinha. Mares com menos oxigênio favorecem a proliferação de águas vivas, mas são um habitat hostil para espécie maiores e que se movimentam rápido, como o atum. Cientistas estimam que, entre 1960 e 2010, o volume de oxigênio dissolvido na água recuou em 2%. O percentual pode não parecer significativo, já que é uma média - em algumas regiões tropicais, entretanto, a queda chegou a 40%.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Baleia é encontrada morta com 100 kg de lixo no estômago


Uma baleia cachalote que morreu após encalhar na Ilha Harris, na Escócia, tinha 100 kg de lixo no estômago. Redes de pesca, cordas, sacolas e copos de plástico estavam entre os resíduos. De acordo com especialistas em baleias, não está claro se os detritos contribuíram para a morte do animal. A carcaça da baleia foi encontrada por moradores na praia de Seilebost na última quinta-feira. "Foi extremamente triste, especialmente quando as redes de pesca e os detritos saíam do estômago dela", declarou Dan Parry, que mora na praia vizinha de Luskentyre. "Caminhamos nessas praias quase todos os dias e sempre levo uma sacola para recolher lixo, a maior parte relacionada à pesca." Segundo ele, o incidente é uma evidência clara do problema mais amplo da poluição marinha. "Esse material poderia estar facilmente em uma rede ou ter se perdido em uma tempestade, nós simplesmente não sabemos, mas mostra a dimensão do problema que temos com a poluição marinha", acrescenta. Uma equipe do Scottish Marine Animal Stranding Scheme (Smass), organização escocesa que investiga mortes de baleias e golfinhos, dissecou o animal para tentar determinar a causa da morte. "O animal não estava particularmente em más condições e, embora seja certamente plausível que essa quantidade de detritos tenha sido um fator para encalhar, não conseguimos encontrar, na verdade, evidências de que isso tenha afetado ou obstruído seu intestino", diz uma publicação do Smass na página do grupo no Facebook. "No entanto, ter essa quantidade de plástico no estômago é terrível, deve ter comprometido a digestão e serve para demonstrar mais uma vez os perigos que o lixo nos oceanos e equipamentos de pesca perdidos ou descartados podem representar à vida marinha."

Corpo de Bombeiros captura jacaré em usina sucroalcooleira em Paulicéia




O Corpo de Bombeiros resgatou na manhã desta terça-feira (3) um jacaré com aproximadamente 1,7 metro de comprimento que estava ao lado de um dos tanques de armazenamento de combustível em uma usina sucroalcooleira em Paucélia (SP). Conforme os bombeiros, o local era de difícil acesso devido a uma lona escorregadia e a uma angulação da descida. Foram necessárias técnicas de salvamentos em altura e terrestre para efetuar a captura do animal. Depois de capturado, o jacaré foi solto em seu habitat no Rio do Peixe.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Bombeiros capturam jacaré no perímetro de segurança da Penitenciária de Osvaldo Cruz




O Corpo de Bombeiros capturou na manhã desta segunda-feira (25) um jacaré adulto, com cerca de 1,5 metro de comprimento, no perímetro de segurança da Penitenciária de Osvaldo Cruz (SP). De acordo com os bombeiros, foi um agente penitenciário que trabalha na unidade quem solicitou o resgate do animal ao avistá-lo na área próxima ao acesso na altura do km 572 da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294). Ainda segundo as informações dos bombeiros, não há nenhum rio no local em que o animal foi encontrado, mas existe nas proximidades uma espécie de represa, onde acreditam que o jacaré costumava ficar. No momento em que foi visto, o animal estava calmo, mas apresentava ameaça à vida humana. Não há residências próximas ao local, porém, os visitantes dos presos da penitenciária costumam ficar naquela região. Depois de capturado pelos bombeiros, o jacaré foi solto em habitat natural fora do perímetro urbano. Nos últimos dois anos, foi o segundo animal da mesma espécie resgatado pelos bombeiros nas proximidades da Penitenciária de Osvaldo Cruz.