quinta-feira, 9 de julho de 2020

Pesquisadores descobrem nova espécie de rã em milharal e batizam com nome da escritora Cora Coralina


Uma rã de 1,5 cm, um canto intenso no milharal e um resgate da história da literatura brasileira. Pesquisadores da Unicamp, em Campinas (SP), descobriram uma nova espécie do anfíbio em uma plantação de milho no interior de Goiás, que serviu de inspiração para batizar o animal com o nome da poetisa Cora Coralina. A escritora descreveu sapos no mesmo ambiente em "Poema do Milho" e, segundo a família, gostava mesmo de apreciar a cantoria deles. A descoberta da Pseudopaludicola coracoralinae ocorreu na cidade de Palmeiras de Goiás, no interior do estado, e foi realizada em parceria com a Unesp de Rio Claro e a Universidade Federal de Uberlândia. A publicação do estudo na revista especializada em ciência da classificação de espécies, European Journal of Taxonomy, no dia 3 de julho, tornou o feito conhecido. Apaixonado por anfíbios, Felipe Andrade idealizou a viagem em busca da nova espécie durante o doutorado em biologia animal pela Unicamp, concluído em outubro do ano passado. Junto com a colega Isabelle Haga e orientado por Luis Felipe Toledo, professor da Faculdade de Biologia e da pós-graduação em Campinas, os pesquisadores identificaram variações no canto dos machos e diferenças nas características moleculares que constataram a novidade. "Era uma população de mais de 100 indivíduos (rãs). Originalmente era cerrado, mas naquele local o cerrado virou plantação. É uma espécie menos exigente do que outras espécies do cerrado, mais resistente à mudança de ambiente. É possível que ele ocorra em outras cidades", afirma o orientador do estudo. A Pseudopaludicola coracoralinae adulta tem o tamanho inferior a 2cm e está próxima dos menores anfíbios do Brasil, segundo Toledo. "Até no canto existe sobreposição entre as espécies, mas a duração e as taxas de emissão das notas é que diferem. Então, você pode ter espécies que cantam mais rápido ou mais lento do que ele. Isso ajuda muito nesse grupo", completa o orientador. A nova rã é considerada uma espécie críptica, muito parecida com outras a olho nu e dependem de estudos genéticos para fazer a diferenciação.

terça-feira, 12 de maio de 2020

Ondas azul-metálicas e brilhantes iluminam praias do sul da Califórnia




Um fenômeno natural, conhecido como "maré vermelha", iluminou as praias do sul da Califórnia na noite de segunda-feira (27). Apesar do nome, o que se viu na costa oeste dos Estados Unidos foram ondas "tingidas" com uma coloração azul-metalizada. Isso ocorre quando há uma forte concentração de algas do tipo "dinoflagelados" que irradiam um brilho azulado ao serem agitadas pelo movimento das ondas, é o que é chamado bioluminescência. Não é a primeira vez que a região recebe a visita destes seres-vivos. Em 2018 os moradores de San Diego conseguiram registrar por noites seguidas a presença destas algas. Mas desta vez não puderam se aproximar, já que as praias do estado estão fechadas pelas medidas de isolamento do coronavírus. Os EUA têm estabelecido diversos bloqueios para tentar conter o avanço da Covid-19 . Nesta terça (28) o país ultrapassou os 1 milhão de casos e já registrou mais de 50 mil mortos por complicações causadas pelo novo coronavírus. Áreas públicas como parques e praias estão fechados para evitar a aglomeração de pessoas na Califórnia, um dos estados mais populosos do país. Apenas em Los Angeles, uma das maiores cidades do estado, já são mais de 20 mil casos confirmados. Em seu site, o Instituto Scripps de Oceanografia da Califórnia afirma que as marés vermelhas são imprevisíveis e que não há como estimar a duração do fenômeno. Episódios anteriores duraram períodos variados, de uma semana a um mês ou mais. As algas que compõem o fenômeno, não estão na lista de “mais tóxicos”. No entanto, os cientistas alertam que algumas pessoas podem ser sensíveis a eles e sugerem manter distância dos organismos.

Aquário no Japão pede que pessoas conversem por vídeo com enguias-de-jardim que estão esquecendo a existência humana


As enguias-de-jardim do Aquário Sumida, em Tóquio, no Japão, estão acostumadas com visitas: quando tiram a cabeça da areia, o mais provável é que vejam olhos humanos encarando-as de volta através do vidro. Mas, com a pandemia de Covid-19 e o fechamento do aquário desde o início de março, os bichinhos estão enfrentando um problema inusitado: estão esquecendo que seres humanos existem, segundo o jornal britânico "The Guardian". As enguias também parecem estar esquecendo de como é a aparência humana. Por causa disso, o aquário está pedindo às pessoas que façam chamadas de vídeo com os pequenos animais, evitando o risco de que eles passem a ver os humanos como uma ameaça. O chamado "festival de exibição de rostos" começa domingo (03/05) e vai até terça (05/05). O aquário colocou cinco tablets de frente para o tanque. As pessoas, então, vão se conectar através do aplicativo FaceTime. Depois que as chamadas de vídeo forem iniciadas, as pessoas vão ser solicitadas a mostrar seus rostos, acenar e conversar com as enguias. Mas, dada a timidez natural dos animais, o pedido é que não levantem a voz. "Eles não veem pessoas a não ser os cuidadores, e estão começando a esquecer dos humanos", escreveu o aquário no Twitter no dia 27. "As enguias-de-jardim, principalmente, desaparecem na areia e se escondem toda vez que os cuidadores passam", disse o aquário. Por causa da natureza sensível dos bichinhos, está ficando difícil monitorar a saúde deles. O pedido do aquário atraiu bastante apoio on-line, diz o "The Guardian", com a hashtag em japonês para "Por Favor, Lembrem dos Humanos" (#PleaseRememberHumans). Embora as enguias-de-jardim sejam sensíveis e cautelosas por natureza, diz o jornal, as 300 que vivem em um dos tanques do aquário se acostumaram a visitantes humanos e raramente se escondiam quando abordadas pelas pessoas. "Eles precisam de treinamento para aprender que os humanos não são uma ameaça!" outro escreveu. "Interessante." Muitos pediram que o aquário oferecesse acesso às enguias por meio de outro aplicativo para permitir a participação de usuários que não têm produtos da Apple, informou o "The Guardian". As enguias-de-jardim são chamadas assim por causa de sua aparência quando levantam, todas ao mesmo tempo, a cabeça da areia, explicou o jornal.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Pampo - Sernambiguara




O sernambiguara (Trachinotus falcatus) é uma espécie marinha de peixe teleósteo, perciforme da família dos carangídeos. Chegando a medir até 1,20 m de comprimento, tais animais habitam as águas tropicais da parte ocidental do Atlântico. Também são conhecidos pelos nomes populares de arabebéu, arebebéu, aribebéu, garabebel, garabebéu, pampo, pampo-arabebéu, pampo-gigante, pampo verdadeiro, sarnambiguara, sernambiquara e tambó.