quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Grupo de 30 baleias jubarte é observado no litoral do ES


Mais de 30 baleias jubarte foram flagradas de uma só vez no litoral do Espírito Santo, a 30km de Vitória, na sexta-feira (19). O grupo foi vistos por ambientalistas que estudam o animal. O ativista Thiago Ferrari contou que a cena do grupo impressionou os observadores. O Espírito Santo faz parte da rota de migração das jubarte. “Os capixabas são agraciados todos os anos entre o mês de junho e novembro, mais de 17 mil baleias vem para cá. Elas escolheram o Espírito Santo para fazer a migração, para ter seus filhotes, para se acasalarem”, disse Ferrari. O ativista também explicou que o trabalho deles consiste em mapear a rota de observação. Ele ressalta que além de ações ligadas à conservação da espécie, o turismo de observação natural movimenta bilhões de dólares anualmente. “A gente quer desenvolver esse turismo de observação natural na costa do Espírito Santo, como já existe no litoral Norte e Sul da Bahia. A gente faz esse mapeamento dos ‘hotspots’, áreas de riqueza natural que carecem de conservação, há dois anos e cruza essas informações para criar o diagnóstico e fornecer a indústria do turismo”, conta o ativista. Nos dois anos de observação, o grupo percebeu aumentou no número de baleias que vem ao estado. O Instituto Baleia Jubarte (IBJ) desenvolve o estudo desde a década de 80, quando o grupo original era de menos de mil baleias. “Graças aos esforços de conservação, esse número atualmente é de 17 mil baleias. O grupo original vem das Ilhas Sandwich, passa pela Patagônia Argentina e vem para o Espírito Santo. O grupo original é de 30 mil baleias, quem sabe um dia a gente consiga chegar a ver essas 30 mil baleias”, conta Thiago. O ponto em que as Jubartes mais se concentram no estado é a Curva da Baleia, que fica em frente a Regência, na Foz do Rio Doce, onde nasce a plataforma dos Abrolhos e termina na Bahia. Thiago Ferrari disse que por ser recente o desastre do Rio Doce, é a primeira vez que elas estão chegando depois da tragédia e será necessário fazer acompanhamento científico. “A baleia não se alimenta aqui no Espírito Santo, elas vem se reproduzir, acasalar e treinar os seus filhotes. Então isso é o motivo para a gente se preocupar um pouco menos, porém, elas tem seus filhotes e parte do seu corpo exposto a uma possível poluição, isso pode gerar impacto nelas e precisa ser estudado”, explica. Por ser um estado porto e a migração das baleias estar nas rotas dos navios, nos momentos em que eles se cruzam, podem acontecer atropelamentos. Para evitar que esse tipo de acidente aconteça, Ferrari explica que as operadoras devem seguir normas internacionais. “As operadoras que oferecem esse serviço precisam estar adequadas a algumas normas. Existem normas internacionais de observações. Você não pode se aproximar a menos de 100 metros de uma baleia, ou a menos de 200 metros se ela estiver com o filhote, para evitar que aconteçam os acidentes”. Para que evitar que as baleias sofram esse tipo de violência no fluxo migratório, Ferrari disse que existem iniciativas que partem do terceiro setor e das Organizações Não Governamentais (ONG) para a manutenção da espécie. “Por exemplo, a criação do Santuário no Atlântico Sul, que é a criação de uma unidade de conservação com a cooperação de vários países que ajudam que a baleia Jubarte não sofra esse tipo de violência e outros impactos ambientais que podem prejudicar o ciclo migratório delas”.

Mergulhadores encontram lula 'que parece Pokémon'


Uma criatura de olhos esbugalhados chamou a atenção de mergulhadores a uma profundidade de 900 m nas águas da Califórnia. Trata-se de é uma lula Rossia Pacifica, que parece ser resultado do cruzamento entre uma lula e um polvo – além de remeter a um dos personagens do desenho Pokémon. Mas, na verdade, sua natureza se assemelha mais à de uma água-viva. Tipicamente, a Rossia Pacifica vive entre as águas do Japão, no Pacífico Norte, até o sul da Califórnia e passa a vida no fundo do mar, onde ativa uma parede de muco pegajoso e é capaz de se camuflar para se alimentar de camarões e peixes pequenos.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Como cientistas descobriram que tubarão de 400 anos é vertebrado mais velho do mundo



Tubarões-da-Groenlândia são as criaturas vertebradas mais longevas do planeta, afirmam cientistas. Pesquisadores usaram datação por radiocarbono para determinar as idades de 28 desses animais, e estimaram que uma fêmea morta recentemente tivesse cerca de 400 anos. A equipe descobriu que esses tubarões crescem apenas 1 cm por ano, e alcançam a maturidade sexual aos 150 anos. A pesquisa foi publicada na revista científica Science . O principal autor, Julius Nielsen, biólogo marinho na Universidade de Copenhague, afirmou: "Sabíamos que estávamos lidando com um animal incomum, mas acho que todos na equipe ficaram muito surpresos de saber que são tão velhos." O vertebrado que detinha o recorde de longevidade era uma baleia-da-Groenlândia ( Balaena mysticetus ) com idade estimada de 211 anos. Se invertebrados entrassem nessa competição, o título ficaria com um molusco de 507 anos conhecido como Ming, que teria vivido de 1499 a 2006. O tubarão-da-Groenlândia ( Somniosus microcephalus ) é uma enorme criatura, que pode chegar a cinco metros de comprimento. Eles podem ser encontrados, nadando lentamente, em águas geladas e profundas do Atlântico Norte.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Tartarugas são soltas no mar em Guarujá após período de reabilitação



Três jovens tartarugas-verde resgatas em praias da Baixada Santista nos últimos dois meses, foram devolvidas ao mar nesta quarta-feira (10), em Guarujá, no litoral de São Paulo. Elas passaram por tratamento no Instituto Gremar, responsável pela reabilitação e resgate de animais marinhos na região. Dos três animais soltos pela manhã, dois foram encontrados na praia da Enseada, em Guarujá, durante o mês de junho. O terceiro animal foi achado em julho, na praia de Guaratuba, em Bertioga. Segundo os biólogos do instituto, quando resgatados, os animais apresentavam sinais de cansaço e alguns também tinham marcas de escoriações pelo corpo. As tartarugas ficaram, em média, 50 dias internadas até receber alta. Já totalmente reabilitatos, elas foram soltas na manhã desta quarta-feira na praia das Conchas, em Iporanga, no Guarujá.