A primeira caça comercial de baleias no Japão após mais de 30 anos de proibição foi considerada um sucesso pelos pescadores, o que provoca temores a respeito do futuro desses animais e inquieta os ambientalistas.
Horas depois de saírem para o mar, os navios retornaram com duas baleias minke.
As embarcações, que devem passar a maior parte do verão em atividade, poderão capturar 227 animais, sendo 150 baleias-bicudas-de-baird, 52 baleias minke e 25 baleias-sei, de acordo com a cota estabelecida pela Agência de Pesca.
Entre as três, apenas baleias-sei estão listadas como ameaçadas de extinção, de acordo com a CNN.
Em dezembro, o Japão deixou a Comissão Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês) da qual era membro desde 21 de abril de 1951. A organização foi criada para garantir a preservação desses cetáceos e impedir sua caça indiscriminada nos oceanos.
A decisão de sair da comissão foi resultado de anos de campanha de defensores da indústria e do primeiro-ministro, Shinzo Abe, que conta em sua base eleitoral com o apoio de uma cidade que manteve a pesca por muito tempo.
Em 1986, a Comissão impôs a proibição da caça comercial, depois que algumas espécies foram praticamente levadas à extinção pela pesca predatória.
Em 1987, o país iniciou pescas com “fins científicos”, visando reunir o que classificou com dados populacionais cruciais. O Japão suspendeu a caça comercial em 1988.
Porém, a carne dos animais mortos sob essa prerrogativa acabava sendo comercializada- algo que era amplamente criticado por ambientalistas.
O Japão iniciou a caça às baleias para pesquisas científicas um ano após uma proibição de 1986 à caça comercial, visando reunir o que classificou com dados populacionais cruciais, mas abandonou a caça comercial em 1988.
As autoridades japonesas dizem que comer baleias é parte da cultura local. Algumas comunidades na costa do país caçaram-nas por séculos, mas o consumo só cresceu no país após a Segunda Guerra Mundial, quando os animais eram a principal fonte de carne.
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