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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Brasil retira baleia-jubarte da lista de espécies ameaçadas de extinção



O Brasil tirou a baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) da lista de espécies ameaçadas de extinção graças ao aumento da população desses animais no litoral do país, onde cruzam e geram novos filhotes. A espécie foi reclassificada para "quase ameaçada", status que demanda a continuidade de trabalhos de conservação. A informação será divulgada nesta quinta-feira (22) pelo Ministério do Meio Ambiente. Segundo o MMA e o Instituto Baleia Jubarte, há quase três décadas existiam entre 500 e 800 animais vivendo apenas na região de Abrolhos, no sul da Bahia – principal concentração dessas baleias. Em 2011, quando foi realizada a última contagem aérea, foram avistados 14 mil animais. Até o próximo censo, previsto para este ano, o número pode saltar para 20 mil. No país, elas são encontradas na costa do Espírito Santo e Bahia entre julho e novembro, onde permanecem para procriação. De dezembro até junho, seguem para a Antártica, onde se alimentam de krill (invertebrados parecidos com o camarão). Com exemplares que podem medir até 16 metros de comprimento e pesar mais de 40 toneladas, as jubartes foram, por muito tempo, alvo da pesca predatória no Brasil. Sérgio Cipolotti, biólogo e coordenador ambiental do Instituto Baleia Jubarte, explica que o declínio de espécimes começou em meados do século 17, quando eles eram caçados para extração de óleo, usado para abastecer candeeiros, responsáveis pela iluminação nas cidades, e consumo da carne. Com a queda populacional das jubartes e de outras baleias em todo o planeta, criou-se a Comissão Internacional Baleeira (CIB), que teve entre seus principais resultados a imposição de uma moratória de caça a partir de 1986. Ugo Versillo, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), explica que no ano seguinte, em 1987, o Brasil proibiu a caça. A partir deste momento, foram iniciados trabalhos de conscientização para aumentar o número de exemplares, como a identificação das rotas migratórias, quais eram os perigos que esses animais enfrentavam e outros detalhes importantes para a conservação. No entanto, segundo Versillo, ainda não há o que comemorar. A reclassificação para o status “quase ameaçada” significa, na visão do técnico do ICMBio, que ainda há perigo. “Uma das grandes preocupações é a questão da colisão com navios. Como aumentou o número de baleias, pode crescer esse tipo de acidente. Temos que definir estratégias para evitá-los, incluindo o uso de tecnologias”, explica. Alexandre Zerbini, brasileiro que trabalha no Laboratório Nacional de Mamíferos Marinhos da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), órgão dos Estados Unidos responsável pelos mares e atmosfera, explica que há várias tecnologias que ajudariam a prevenir a mortalidade desses animais. Um dos exemplos é a telemetria satelital, que permite investigar habitats críticos e protegê-los de atividades humanas. "Mas há métodos acústicos em desenvolvimento, que poderão transmitir dados em tempo real e evitar áreas onde as baleias se encontram, além de métodos novos de observação, para minimizar colisão com barcos”, explica Alexandre, que também trabalha junto a ONG Instituto Aqualie, que monitora baleias no Brasil via satélite. Nos EUA, por exemplo, pesquisadores desenvolveram um aplicativo gratuito para iPad e iPhone que alerta marinheiros quando eles se aproximam de uma área onde baleias estão reunidas. O app envia os últimos dados sobre as direções tomadas por espécimes da baleia, coletados pela NOAA. O sistema espera limitar o número de colisões mortais entre baleias e embarcações, especialmente navios de grande porte, como cruzeiros e cargueiros. Quando as baleias são detectadas na área, navios podem mudar levemente o curso ou diminuir a velocidade.

domingo, 19 de outubro de 2014

Baleia dá salto espetacular e quase atinge gaivota em baía nos EUA

 
Um baleia-jubarte deu um salto espetacular na baía de Monterey, no estado da Califórnia (EUA), e quase atingiu um pássaro que voava baixo. O fotógrafo alemão Mario Nonaka passeava de barco na costa californiana quando registrou a cena incrível. O mamífero marinho gigante ficou quase totalmente fora d'água e uma de suas barbatanas por pouco não acertou a gaivota. Normalmente, as gaivotas sobrevoam os locais de alimentação das baleias na esperança de encontrar algo para comer.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Grupo tenta salvar filhote de baleia encalhado em praia da Austrália


Autoridades da Austrália trabalharam até o anoitecer desta quarta-feira (9) para resgatar um filhote de baleia-jubarte que encalhou em Palm Beach, em Nova Gales do Sul. Enquanto havia luz solar, várias pessoas tentaram remover o animal, que teria cerca de dois anos de vida. Mas os trabalhos foram interrompidos e devem recomeçar nesta quinta (10). As equipes de resgate foram capazes de desencalhar a baleia por alguns instantes, mas o mamífero aquático ficou preso novamente em outro banco de areia. De acordo com o diretor do Sea World Australia, Trevor Long, o exemplar está em boas condições de saúde, apesar de sua situação atual. A causa do encalhe ainda é desconhecida. As jubartes estão atualmente migrando do Sul da Antártica para águas mais quentes da Austrália.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Estudo relaciona encalhe de baleias na Austrália com desnutrição

 
A desnutrição pode explicar o forte aumento do número de baleias-jubartes que encalham na costa ocidental da Austrália, indicaram nesta quarta-feira (28) cientistas em uma conferência em Perth. A necropsia dos cetáceos, em sua maioria espécimes jovens, mostrou que as baleias encalhadas sofriam de desnutrição. De acordo com Carly Holyoake, da Universidade Murdoch, "a maioria [dos exemplares] tinha um nível de gordura muito baixo, indispensável para a energia, a regulação térmica e a capacidade de flutuar", acrescentou. Segundo a agência France Presse, entre 1989 e 2007, até três baleias-jubartes encalhavam todos os anos na costa ocidental da Austrália, sobretudo na parte sul. O número aumentou para 13 em 2008 e para 46 em 2009. Em 2010 e 2011, encalharam, respectivamente, 16 e 17 baleias. Entre as causas da desnutrição desses mamíferos aquáticos figuram a intensificação da pesca comercial de krill (para as explorações piscícolas) e a influência, ainda pouco conhecida, do aquecimento global nas quantidades de krill nas águas. O krill é um elemento chave na dieta das baleias. Na última semana, o governo brasileiro tirou a jubarte da lista de espécies ameaçadas de extinção graças ao aumento da população desses animais no litoral do país, onde cruzam e geram novos filhotes. A espécie foi reclassificada para "quase ameaçada", status que demanda a continuidade de trabalhos de conservação. Segundo o MMA e o Instituto Baleia Jubarte, há quase três décadas existiam entre 500 e 800 animais vivendo apenas na região de Abrolhos, no sul da Bahia – principal concentração dessas baleias. Em 2011, quando foi realizada a última contagem aérea, foram avistados 14 mil animais. Até o próximo censo, previsto para este ano, o número pode saltar para 20 mil. No país, elas são encontradas na costa do Espírito Santo e Bahia entre julho e novembro, onde permanecem para procriação. De dezembro até junho, seguem para a Antártica, onde se alimentam de krill (invertebrados parecidos com o camarão).

sábado, 26 de abril de 2014

Baleias-jubarte não serão mais protegidas por lei no Canadá

 
Ambientalistas e a oposição no Canadá denunciaram o governo pela decisão de diminuir a proteção das baleias-jubarte e o acusam de facilitar um controverso projeto de oleoduto. Alegando basear-se em dados científicos, o governo canadense anunciou no sábado (19), no jornal oficial, que o mamífero, o maior do planeta depois da baleia azul, será considerado a partir de agora "uma espécie preocupante" e não mais uma "espécie ameaçada". Por causa desta distinção, o hábitat do mamífero deixará de ser protegido por lei. A decisão foi tomada de forma "incrivelmente rápida", declarou Jay Ritchlin, da Fundação David Suzuki, uma das organizações ecologistas mais influentes do país. Ele considerou "inquietante" que esta modificação tenha ocorrido "no mesmo momento em que se estuda um grande projeto de desenvolvimento", em alusão ao projeto de oleodutos Northern Gateway. O principal partido da oposição no Parlamento canadense, o Novo Partido Democrático (NPD, esquerda), acusou o governo conservador de querer "satisfazer seus amigos da indústria petroleira e abrir a porta ao projeto de oleodutos Northern Gateway". Empreendido pelo grupo canadense Embridge, o projeto Northern Gateway, de 1.200 km, pretende transportar 525.000 barris de petróleo por dia ao longo do litoral pacífico canadense da província de Alberta (oeste) através das Montanhas Rochosas. O duplo oleoduto projetado concluiria sua trajetória ao norte da província da Columbia Britânica, no porto de Kitimat, em uma região desabitada próxima à fronteira com o Alasca. No jornal oficial, o governo destacou ter agido após a apresentação, em 2011, de um informe realizado por um comitê independente de cientistas, que destacou a existência de 'grande abundância da espécie' ao longo da costa do Pacífico canadense. A baleia-jubarte foi oficialmente declarada espécie ameaçada em 2005 por recomendação de um painel de especialistas. Em 2003, um informe independente registrava "umas centenas" de exemplares do cetáceo. O governo estima que atualmente, a população da espécie seja de 18.000 exemplares.