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domingo, 2 de novembro de 2014

Cientistas australianos criticam plano para salvar a grande barreira de corais


Cientistas australianos demonstraram ceticismo nesta terça-feira (28) com o plano do governo do país para salvar a grande barreira de corais. "A ciência afirma claramente. Os corais estão degradados e a situação está piorando. Este plano não vai restaurar os corais, nem sequer manterá a grande barreira em reduzido nível atual", disse Terry Hughes, da Australian Academy of Science. O rascunho do plano do governo é uma resposta à preocupação da Unesco, que ameaçou incluir a barreira de corais na lista de patrimônio mundial em perigo. O ministro do Meio Ambiente, Greg Hunt, afirmou que a proposta equilibra a proteção dos corais com a vida marinha e o desenvolvimento sustentável a longo prazo, mas para os cientistas não leva em consideração o impacto da mudança climática, nem aspectos como a qualidade ruim da água ou o desenvolvimento da pesca. "O plano parece estar pensado a curto prazo para responder às preocupações da Unesco sobre a inclusão na lista do patrimônio, ao invés de pensar nos desafios a longo prazo para restaurar os corais", disse Hughes. A grande barreira de corais da Austrália enfrenta as consequências da mudança climática, da má qualidade da água que chega de terra firme, assim como a ameaça das estrelas-do-mar.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Cientistas descobrem 14 novas espécies de 'rãs dançarinas' na Índia


 
Um grupo de cientistas descobriu na Índia 14 novas espécies de um tipo de rã único no mundo, consideradas "relíquias viventes", embora seu habitat esteja cada vez mais ameaçado. Esse anfíbio conhecido como "rã dançarina", pelo movimento das patas traseiras dos machos durante o cortejo, só é encontrado em Western Ghats, uma cordilheira ao oeste da Índia em frente ao mar da Arábia, disse o cientista Sathyabhama Dás Biju. O trabalho científico foi dirigido por este especialista em anfíbios, um reconhecido biólogo da Universidade de Délhi, que estudou durante 12 anos essas espécies com outros especialistas de diferentes centros do gigante asiático. A investigação, publicada no "Ceylon Journal of Science", é fruto do trabalho de campo realizado nos estados indianos de Kerala, Tamil Nadu, Karnataka e Maharashtra. Análises de DNA e características morfológicas foram indispensáveis na identificação das novas espécies. As rãs pertencem à família das Micrixalidae e a um gênero único da Índia, denominado Micrixalus, do qual eram conhecidas outras 11 espécies até agora e cujas origens se remetem há 85 milhões de anos, o que justifica a consideração de "relíquias viventes". Estes pequenos animais vivem em correntes rápidas de água nas montanhas, em um habitat no qual 75 novos anfíbios foram descobertos nos últimos 15 anos. Segundo a fonte, uma centena de espécies ainda pode ser descrita cientificamente no local. No entanto, os locais onde vivem se mostram cada vez mais ameaçados pela ação humana. Por isso as novas espécies "requerem ações imediatas para sua conservação", já que a maioria vive em áreas sem proteção ambiental, advertem os cientistas. O trabalho realizado pelos cientistas pôs em evidência a fragilidade do local, "altamente degradado e ameaçado pela pressão humana", com consequências como a dissecação dos riachos vitais para a sobrevivência dessas rãs consideradas "espécies raras".

sábado, 20 de julho de 2013

Pesca ameaça golfinho apelidado de 'hobbit dos mares', dizem cientistas


Cientistas alertaram nesta segunda-feira (1) sobre o risco de redução da população de golfinhos-de-Maui, considerado um dos menores cetáceos do mundo por alcançar o tamanho médio de 1,7 metro, e afirmam que esta espécie pode desaparecer da natureza até 2030. De acordo com informações do comitê científico da Comissão Baleeira Internacional (CBI), essa espécie é encontrada apenas em áreas da Ilha Norte da Nova Zelândia e, por isso, os pesquisadores pedem que atividades pesqueiras diminuam ou cessem nessa região para que se preservem os 55 adultos que restam desta espécie. Segundo a CBI, a morte de um exemplar causada pelo homem, em uma população tão pequena, aumentaria o risco de extinção desses animais. O governo da Nova Zelândia já informou em outra ocasião que iria considerar os impactos da indústria pesqueira local sobre esses golfinhos. No entanto, a comissão de cientistas disse não haver tempo para demora de decisão a respeito. A CBI informou ainda que, em vez de buscar mais evidências científicas, o governo deveria proporcionar ações de gestão imediatas para que se elimine a captura acidental de golfinhos-de-Maui. A indústria pesqueira local contesta as acusações de que é culpada pela morte de golfinhos desta espécie. Eles alegam que outras causas de mortes, como doenças parasitárias, têm sido ignoradas. O governo neo-zeolandês disse que o espera lançar no próximo mês um plano de gestão para conservação da espécie. O golfinho-de-Maui é apelidado por ambientalistas como "o hobbit dos mares", uma referência ao ser criado pelo autor J.R.R. Tolkien e citado nas obras “O hobbit” e “O Senhor dos Anéis”. Nos livros, Tolkien descreve um hobbit como uma criatura que não ultrapassa um metro de altura.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Cientistas estudam peixes para entender como coração se regenera


Cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, analisaram o coração de peixes-zebra (Danio rerio) para rastrear os processos celulares que levam à regeneração cardíaca. O estudo foi publicado na edição desta quinta-feira (20) da revista "Nature" e envolveu o uso de células-tronco. Segundo os autores, os resultados revelam um enorme potencial para reparação desse músculo após lesões nos ventrículos (câmaras inferiores do coração), como no caso de um infarto. Os ventrículos, em geral, são a região mais atingida durante um ataque cardíaco. A insuficiência cardíaca, causada por um infarto ou arritmia grave, é a principal causa de morte no mundo desenvolvido, em grande parte pela incapacidade do coração dos mamíferos em gerar novas células e substituir o tecido danificado. Por outro lado, invertebrados menores, como os peixes-zebra, conseguem recuperar as fibras musculares dos ventrículos, chamadas cardiomiócitos, após uma lesão. A pesquisa, liderada por Neil Chi e Ruilin Zhang, sugere que várias linhas celulares do coração desses peixes são mais capazes de se transformar em novos tipos de células do que se pensava anteriormente. Isso porque as células musculares encontradas especificamente nos átrios (câmaras superiores) contribuem para a regeneração dos ventrículos. Ao longo do estudo, os cientistas conseguiram gerar uma falha genética nos animais capaz de causar destruição do músculo cardíaco e, em seguida, rastrearam os cardiomiócitos nos ventrículos e nos átrios usando proteínas fluorescentes. Com uma técnica de mapeamento genético, a equipe descobriu que os cardiomiócitos do átrio podiam se transformar em cardiomiócitos dos ventrículos, em um processo chamado transdiferenciação. Isso ocorre quando uma célula já diferenciada e especializada sofre uma transgressão e vira outro tipo de célula. Segundo Chi, ainda é preciso ver se esse mecanismo pode funcionar de forma semelhante em humanos. Mas, de qualquer forma, o trabalho abre portas para que a ciência entenda, no futuro, como esse tipo de regeneração pode mudar o destino do músculo cardíaco humano após um infarto, por exemplo.

domingo, 16 de junho de 2013

Cientistas descobrem nova espécie de peixe em mar de ilha do Caribe


Cientistas do Instituto Smithsonian, dos EUA, descobriram uma nova espécie de peixe nos corais próximos à ilha de Curaçao, no Caribe, enquanto realizavam um projeto para colher dados para uma pesquisa sobre os efeitos das mudanças climáticas na região, informam jornais e sites de notícias internacionais. Batizado de Haptoclinus dropi, o peixe é pequeno e colorido, segundo a agência de notícias Associated Press. O animal foi descoberto a aproximadamente 160 metros de profundidade enquanto cientistas usavam equipamento submarino para explorar o mar. O peixe mede cerca de 2,5 centímetros e tem barbatanas iridescentes. Seu corpo tem tons alaranjados e brancos, de acordo com o site canadense de notícias "Global News". "[A descoberta] é apenas a ponta do iceberg. Essa exploração que estamos fazendo é fundamental", disse a pesquisadora Carole Balwdin ao site de notícias, referindo-se à possibilidade de haver novas espécies na região. Carole ressaltou que a equipe de pesquisa coletou de 25 a 30 peixes e invertebrados que podem ser novas espécies. A previsão é de voltar à Curaçao em agosto para coletar mais espécimes, mês em que também será completado um ano do início do monitoramento dos efeitos das mudanças climáticas na região, diz a Associated Press. O projeto sobre mudanças climáticas está coletando dados sobre temperatura e biodiversidade marinha próximo à ilha caribenha e começou em agosto de 2012, segundo a agência.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Cientistas encontram comunidade de animais no fundo do mar nos EUA



Uma expedição científica ao fundo do mar dos Estados Unidos encontrou uma nova comunidade de animais que sobrevivem longe da luz do sol graças à capacidade de gerar energia a partir de substâncias químicas. A Agência Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) enviou um submarino operado remotamente para investigar uma área do fundo do mar de onde saíam bolhas – os cientistas já desconfiavam que as bolhas pudessem sinalizar a produção de energia por meio de elementos químicos. A operação foi feita a 1,6 mil metros de profundidade, na região do Cânion Norfolk, perto da costa do estado da Virgínia. O submarino encontrou mexilhões vivos, que comprovaram a existência de uma cadeia alimentar longe da luz do sol. Dentro das conchas dos mexilhões vivem bactérias capazes de fazer a chamada quimiossíntese. Essas bactérias produzem energia a partir de moléculas de metano. Com equipamentos feitos especificamente para revelar imagens apesar da escuridão do local, os cientistas puderam ver comunidades de mexilhões que se espalhavam por uma área com mais de 10 metros de raio. Além disso, também foram encontrados no local espécies de peixes e de animais invertebrados, como o pepino-do-mar. O submarino coletou ainda lama do fundo do mar para análise em laboratório, para conhecer mais sobre a fauna da área, e os resultados ainda vão ser divulgados.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Grupo de cientistas decodifica DNA do peixe pré-histórico celacanto


Uma equipe internacional de cientistas conseguiu decodificar o genoma dos celacantos, uma façanha que ajuda a explicar a estranha aparência deste peixe e permite levantar o véu de mistério sobre a emergência dos vertebrados terrestres, inclusive os humanos. Este fóssil vivo, testemunha do surgimento dos primeiros vertebrados terrestres há 365 milhões de anos, fascina os cientistas, mas continua sendo pouco conhecido. Durante muitos anos foi considerado desaparecido já na antiguidade até que um pescador sul-africano conseguiu capturar um exemplar vivo em suas redes em 1938. 

O evento é considerado uma das maiores descobertas da zoologia no século 20. Foi necessário esperar outros 15 anos para que outro exemplar fosse capturado e desde então apenas 309 indivíduos foram descobertos. Cientistas de 40 institutos de pesquisa de 12 países diferentes participaram dos estudos sobre o sequenciamento do genoma do celacanto africano, aproximadamente 3 bilhões de "letras" do DNA, segundo reportou nesta quarta-feira (17) a revista científica britânica "Nature". A análise confirmou aquilo que os cientistas suspeitavam há tempos: os genes deste peixe evoluem mais lentamente do que os de outros peixes e vertebrados terrestres. 

Os pesquisadores trabalham com a hipótese de que os celacantos não precisaram evoluir porque viviam nas profundezas, onde poucas coisas mudaram em milênios. "Não é um fóssil vivo, mas um organismo vivo", afirmou Jessica Alfoldi, do Broad Institute, nos Estados Unidos, uma das encarregadas do estudo. "O celacanto não vive em uma bolha de tempo, mas no nosso mundo, e por isso é tão fascinante descobrir que seus genes evoluem mais lentamente do que os nossos", disse. O genoma do celacanto permitiu também aos cientistas abordar a questão da evolução dos primeiros vertebrados terrestres de quatro patas, os tretrápodes. O animal apresenta vestígios da passagem do peixe para as criaturas terrestres: espaços para membros em quatro de suas nadadeiras e uma bolsa de ar que seria um pulmão primitivo. 

Os pesquisadores compararam vários conjuntos de genes: os dos celacantos, os de outro peixe estranho que também possui nadadeiras similares a patas e os pulmões, conhecido com o nome de Protopterus annectens (dipnoicos), e de outras 20 espécies de vertebrados. Segundo o estudo, os tetrápodes parecem mais estreitamente ligados aos dipnoicos do que aos celacantos. O problema é que o genoma dos dipnoicos, com 100 bilhões de letras, é muito mais complexo para conhecer sua sequência correta. A sequência mais modesta dos celacantos se revelou útil para proporcionar indícios preciosos sobre as mudanças genéticas que permitiram aos tetrápodes, como os membros e dedos, assim como a placenta. O estudo comparativo do genoma dos celacantos com os de animais terrestres permitiu descobertas originais. 

Os cientistas se concentraram em grandes regiões genéticas que poderiam ter desempenhado um papel na formação de elementos inovadores dos tetrápodes, como os membros e os dedos, assim como a placenta. Também constataram um importante número de modificações ligadas ao sistema imunológico. Estas mudanças poderiam constituir uma resposta aos novos agentes patogênicos encontrados em terra. "É apenas o começo de muitas análises sobre aquilo que os celacantos podem nos ensinar sobre a emergência dos vertebrados terrestres, inclusive os humanos", disse Chris Amemiya, outro autor do estudo. Para aprender ainda mais sobre a vida dos misteriosos celacantos, uma equipe franco-sul-africana desenvolve atualmente pesquisas em profundidades marinhas no Oceano Índico, na costa leste da África do Sul.