A enorme diversidade de sapos que existe hoje é sobretudo uma consequência do asteroide que extinguiu os dinossauros, afirma um estudo.
A pesquisa diz que populações de sapos explodiram após a extinção dos dinossauros, há 66 milhões de anos.
Trata-se de uma contradição a evidências anteriores que sugeriram uma origem mais antiga de muitos grupos de sapos.
O trabalho, realizado por uma equipe de pesquisadores chineses e americanos, foi divulgado na publicação científica "PNAS".
Os sapos se tornaram um dos grupos mais diversos de vertebrados, com mais de 6,7 mil espécies descritas. Mas a falta de dados genéticos dificultou as tentativas de determinar sua história evolutiva.
O novo estudo mostra que as três maiores linhagens de sapos modernos - que juntos correspondem a 88% das espécies de sapos - apareceram quase simultaneamente.
Essa impressionante diversificação de espécies parece ter ocorrido logo após o choque do asteroide com a Terra, na região que hoje é conhecida como a costa da Península de Yucatán, no México.
Ao liberar um bilhão de vezes mais energia do que uma bomba atômica, o impacto eliminou três quartos da vida na Terra. Mas também parece ter estabelecido a base para o surgimento dos sapos.
Os cientistas recolheram uma amostra de 95 genes do DNA de 156 espécies de sapos.
Eles então combinaram esses dados com informações genéticas de 145 outras espécies para fazer uma "árvore genealógica" de sapos com base em suas relações genéticas.
Usando fósseis de sapo como "o verdadeiro embasamento" dos dados genéticos, os pesquisadores puderam criar um cronograma de sua árvore genealógica. Os três grandes grupos de sapos - Hyloidea, Microhylidae e Natatanura - têm suas origens na expansão que ocorreu há 66 milhões de anos.