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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

A orca que carregou seu filhote morto durante dias



Ela não queria deixar seu filhote morto. Uma orca cujo filhote morreu na terça-feira passada, pouco depois de nascer, foi vista carregando seu corpo nas águas da costa oeste dos Estados Unidos e do Canadá. A mãe foi vista pela última vez com o filhote morto às 19h do horário local na quinta-feira passada. O filhote havia morrido na terça próximo a Victoria, British Columbia, no Canadá. As orcas notoriamente transportam e carregam seus filhotes mortos por até uma semana. Apesar de serem popularmente chamadas de baleias, as orcas de fato pertencem à família dos golfinhos, sendo o maior exemplar da espécie. Golfinhos e baleias são animais mamíferos e as duas espécies possuem várias caraterísticas comuns o que facilita a confusão, mas biologicamente pertencem a duas famílias distintas. A carcaça do filhote estava afundando e sendo repetidamente resgatada pela fêmea, de acordo com o Center for Whale Research (centro de pesquisas de baleias), que trabalha pela preservação das orcas residentes do sul, comunidade de animais da porção nordeste do Oceano Pacífico. Um membro do time do centro de pesquisas viu o filhote nadando ao lado de sua mãe, batizada pela equipe de "J35", na terça. Mas o filhote morreu meia hora depois da equipe chegar, segundo o centro de pesquisas. A mãe foi vista carregando o recém-nascido com sua cabeça e o empurrando em direção à ilha San Juan, perto do Estado de Washington, nos EUA. Orcas podem viajar em média 120 km por dia. Um morador da ilha, citado no relatório do centro de pesquisas, disse ter visto um grupo de cinco ou seis orcas no pôr do sol com o filhote morto. As orcas residentes do sul do Canadá e dos Estados Unidos correm risco de extinção. Elas dependem para alimentação do salmão-rei, que esteve em grave declínio nos últimos anos. A comunidade, que tem cerca de 75 indivíduos, é frequentemente encontrada perto da ilha de Vancouver, no Canadá, e nas águas marítimas do Estado de Washington, nos EUA. Pesquisas indicam que só cerca de um terço das orcas nascidas nos últimos 20 anos sobrevivem. Segundo o centro, nenhuma gravidez nos últimos três anos produziu um filhote que tenha sobrevivido.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Fêmeas de espécie ameaçada de peixe-serra se reproduzem sem sexo


Uma pesquisa rotineira sobre a população de uma espécie ameaçada de peixe-serra nos Estados Unidos levou a uma descoberta surpreendente: algumas fêmeas estavam se reproduzindo sem sexo nem qualquer participação dos machos, em um processo chamado partenogênese. Enquanto a partenogênese é comum em invertebrados, até o momento a existência do fenômeno em vertebrados só tinha sido constatada em raras ocasiões, em animais como pássaros, répteis e tubarões, mas sempre em cativeiro. Esta é a primeira vez que foram identificados filhotes de vertebrados nascidos desta forma na natureza. A descoberta, que foi publicada na revista científica "Current Biology" nesta segunda-feira (1º), foi possível graças à análise do DNA de exemplares de peixe-serra-de-dentes-pequenos (Pristis pectinata) em um rio da Flórida, nos Estados Unidos. "Estávamos conduzindo testes de rotina de DNA nos peixes-serra encontrados na área para ver se parentes estavam se reproduzindo com parentes devido ao pequeno tamanho da população", diz Andrew Fields, principal autor da pesquisa e pesquisador da Universidade Stony Brook. "O que as análises de DNA nos mostraram foi muito mais surpreendente: fêmeas de peixe-serra estavam, algumas vezes, se reproduzindo sem acasalamento", disse Fields. Foram identificados sete filhotes que nasceram dessa forma e eles eram saudáveis. "Existe uma noção geral que a partenogênese em vertebrados é uma curiosidade que geralmente não leva a filhotes viáveis", diz Gregg Poulakis, da Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida. O estudo mostrou o contrário. Os pesquisadores acham que esse tipo de reprodução pode ser mais comum em populações pequenas e ameaçadas, mas mais pesquisas devem ser feitas para verificar se o fenômeno se repete em outras espécies de animais.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Fotógrafo clica jacaré abocanhando tartaruga nos Estados Unidos


O fotógrafo Patrick Castleberry, especializado em registrar animais selvagens, passou 15 minutos assistindo a um jacaré tentando romper o casco de uma tartaruga no pântano Okefenokee, na Geórgia. "Eu estava tirando fotos de uma garça-real e vi pelo canto do meu olho algo que parecia ser uma bola quicando na água", explica Patrick. Patrick rapidamente percebeu que era uma batalha entre um jacaré e uma tartaruga, e se preparou para registrar o momento final da captura. Ao ver que o jacaré havia deixado o local, Castleberry foi até o local da luta, pensando encontrar a tartaruga morta. No entanto, ficou surpreso ao encontrá-la viva e intacta.