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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Para preservar espécies ameaçadas, turistas em Noronha precisam respeitar espaço das tartarugas



O turista em Fernando de Noronha precisa se adaptar: existem regras de conservação da flora e fauna da ilha e a prioridade não são as pessoas. É assim que Noronha consegue preservar vidas de animais em risco de extinção, como a tartaruga-verde. A cada mil nascimentos, estima-se que apenas um animal chega à vida adulta. Além dos predadores naturais, é a ação do homem que cada vez mais impede que este ciclo seja completo. O G1 esteve em Fernando de Noronha como parte do "Desafio Natureza" para mostrar as questões que a ilha enfrenta com o tratamento do lixo. Atualmente, o lixo oceânico é um dos maiores problemas para a vida das tartarugas marinhas. A cena de uma tartaruga tendo um canudo removido do nariz desencadeou uma guerra ao item, mas o problema é grande. A bióloga Bruna Canal, do projeto Tamar, explica que o lixo costuma afetar mais a vida das tartarugas dentro d'água. Em Noronha, especificamente, são poucos os registros de tartarugas encalhadas debilitadas por causa do lixo, mas em 2018 um animal da espécie cabeçuda chegou até a ilha. "Não é uma espécie que costuma ficar por aqui, ou seja, ela deve ter vindo debilitada com outras correntes. Estava toda emalhada em um lacre desses que prendem mercadoria em barco. Ela já estava com marcas bem profundas na pele e perto da cabeça e acabou não resistindo", disse. Ainda segundo a bióloga, o lixo na areia pode atrapalhar a desova, caso os animais esbarrem no lixo durante a escavação do ninho. A urbanização também é um problema em outras regiões: luz, barulho e falta de espaço na areia contribuem para que a tartaruga não desove normalmente. O projeto Tamar e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) trabalham em Noronha para evitar que a espécie entre em extinção. Por isso, a praia do Leão tem o acesso controlado e fica fechada para visitação das 18h30 às 8h. É durante este período da noite que as tartarugas costumam deixar as águas para cavarem seus ninhos na areia e desovarem. "No horário que as fêmeas escolhem para vir desovar, a praia do Leão é fechada para o turista. Não pode ter visitação porque poderia prejudicar a desova. Um turista andando por aqui poderia assustar uma tartaruga e ela deixaria de desovar. Essas limitações em algumas praias são muito importantes para conservação da fauna, flora e da tartaruga marinha", explica a bióloga. Mas durante o dia a praia é aberta ao público. Os ninhos são marcados e checados diariamente pelos biólogos e o guarda-parque avisa aos que chegam: "É proibido se aproximar da área dos ninhos". Em Sergipe, por exemplo, alguns lugares na praia em Pirambu as tartarugas sobem para desovar em área que tem bares. Para preservar o ninho, o Tamar faz uma cerquinha de proteção e a própria comunidade ajuda a cuidar desses ovos.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Biólogos em Fernando de Noronha tentam preservar caranguejo amarelo gigante



Pesquisadores também tentam salvar uma espécie de caranguejo gigante, que se esconde no arquipélago de Fernando de Noronha. Feixes de luz cortam a escuridão em Fernando de Noronha. São os pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco em uma expedição atrás de um gigante. O caranguejo Johngarthia Lagostoma, conhecido como caranguejo amarelo, ou caranguejo da ilha, só existe em quatro ilhas oceânicas no mundo. Três ficam no Brasil. Os pesquisadores precisam capturar os caranguejos à noite, porque durante o dia eles se escondem do sol. Procuram os locais mais úmidos. Ficam dentro dos buracos nas cavernas na maior ilha de Fernando de Noronha. E como eles têm hábitos noturnos, na escuridão, aumentam as chances de capturá-los.