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segunda-feira, 9 de março de 2020

Flagrados com espécie em extinção, pescadores são autuados em mais de R$ 10,4 mil em Rosana





Três homens, de 51, 24 e 22 anos, foram autuados pela Polícia Militar Ambiental em R$ 10.440 devido à prática de pesca de espécie em extinção, mediante a utilização de método não permitido, neste domingo (8), em Rosana (SP). Conforme informações da polícia, os pescadores capturaram pescados nativos da espécie jaú, com método proibido, ou seja, utilizando arbaletes, no Rio Paranapanema. Os policiais receberam denúncia de onde estavam os pescadores e seguiram ao local, onde encontraram três peixes da espécie informada no relato, com marcas de perfuração por arbaletes. Um peixe pesava 21 quilos e media 1,19 metro, o outro, de 16 quilos, media 1,14 metro, enquanto o terceiro pesava 15 quilos e media 1,10 metro. Os peixes não estavam congelados e apresentavam características de que teriam acabado de serem esviscerados, segundo a polícia. Ainda foram apreendidos dois arbaletes, duas máscaras de mergulho, dois pares de nadadeiras e uma roupa de mergulho. Diante das evidências, a polícia elaborou três autos de infração ambiental "por pescar mediante a utilização de método não permitido", com multa no valor de R$ 3.480 cada, sendo majorada devido ao peixe da espécie jaú estar em extinção. As autuações totalizaram R$ 10.440 e os pescados foram doados ao Lar do Ancião, em Teodoro Sampaio (SP). Os demais materiais permaneceram apreendidos pela polícia.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Jaú (Zungaro zungaro)







O jaú (Zungaro zungaro), também conhecido como jundiá-da-lagoa, é um peixe teleósteo que habita as bacias do rio Amazonas e do rio Paraná. É um dos maiores peixes brasileiros. O jaú é um peixe de grande porte, podendo alcançar até 1,5 metros de comprimento total e 120 quilogramas. O corpo é grosso e curto; a cabeça grande e achatada. A coloração varia do pardo-esverdeado-claro a pardo-esverdeado-escuro, com manchas, no dorso, mas o ventre é branco. O indivíduo jovem, chamado jaupoca, apresenta pintas violáceas espalhadas pelo dorso amarelado. É uma espécie piscívora. Vive no canal do rio, principalmente nos poços das cachoeiras, para onde vai no período de água baixa acompanhando os cardumes de Characidae (especialmente curimbatá) que migram rio acima. Na Amazônia, não é importante comercialmente (a carne é considerada "reimosa"), mas é apreciado no Sudeste do Brasil. A pressão de pesca pelos frigoríficos que exportam filé de jaú é muito grande e tem sido responsável pela queda da captura da espécie na Amazônia.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Com seca do Rio Acre, homem pesca peixe de 70 kg em Rio Branco


Pescador por hobby, o protético Luiz Alberto Moura Santos, de 45 anos, acredita que a seca do Rio Acre lhe trouxe sorte. Nesta segunda-feira (11), quando o nível do manancial alcançou 1,83 metro, segundo a Defesa Civil Estadual, ele pescou um peixe da espécie jaú de 1,66 metro e pesando 70 kg. Segundo um especialista, embora o animal seja comum na região Amazônica, é raro encontrar espécies desse porte no Rio Acre. Santos conta que costuma pescar sempre em um trecho do rio próximo à Ponte Juscelino Kubitschek, em Rio Branco, e há pouco mais de dois meses percebeu a presença da espécie no local. “Ele costumava quebrar muito as linhas de pesca da gente. Já tinha pegado outros como ele, mas de no máximo 15 quilos”, conta. Na tentativa bem-sucedida, ele diz que utilizou uma linha mais forte e um peixe da espécie curimatã como isca, além de esperar pouco mais de uma hora até atrair o animal. “Quando ele pegou, puxou de uma vez. Então, o fisguei e tive que tomar muito cuidado, para que ele não me jogasse dentro da água”, lembra. Dois amigos o ajudaram a puxar o peixe para o barco. Segundo o doutor em biotecnologia e nutrição de peixes Ricardo do Amaral Ribeiro, que administra a estação de piscicultura da Universidade Federal do Acre (Ufac), o jaú é uma espécie que compõe o grupo dos “grandes bagres da Amazônia”, que é composto ainda de espécies como surubim e jundiá. “São peixes que ficam sempre no fundo de lagos, rios e poços, principalmente no verão. É um animal carnívoro, comem material em decomposição no fundo dos mananciais e outros peixes”, explica. O especialista diz ainda que os animais costumam sofrer com a pesca predatória. “São muito perseguidos. Aqui no Rio Acre, em particular, como há uma pressão muito grande na pesca, é raro encontrar animais de grande porte”, explica. Ribeiro salienta ainda que embora a espécie capturada nesta segunda tenha um tamanho considerável, não é o maior que animais desse tipo podem chegar. “Não é nada de anormal para o jaú, ficam até maiores que esse tamanho. O que acontece que deixa as pessoas surpresas é porque foi pescado aqui no Rio Acre é raro”, acrescenta. O professor lamenta ainda que o animal tenha sido capturado em período de defeso. “É uma pena que esteja sendo feita pesca em período de defeso. Vai ter impacto no próximo ano em nossa produção, porque muitas fêmeas que iriam desovar foram capturadas”, finaliza.