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domingo, 19 de julho de 2020

Lobo-marinho é visto na Praia dos Ingleses, em Florianópolis



Um lobo-marinho-subantártico (Arctocephalus tropicalis) foi visto na manhã deste domingo (19) na Praia dos Ingleses, no Norte da Ilha, em Florianópolis, usando as pedras para descansar. O mamífero marinho é juvenil e aparenta estar em boa saúde, disse a Associação R3 Animal, que executa naquele trecho o Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). O lobo-marinho foi levado pela R3 Animal até um local menos movimentado para que pudesse ter melhor descanso. Uma avaliação preliminar feita com um termógrafo - aparelho que detecta a temperatura em diferentes pontos do corpo - constatou que ele está aparentemente saudável, com boa composição corporal e responsivo. As unhas do lobo-marinho foram pintadas de vermelho para facilitar a identificação caso seja avistado novamente. Caso encontre este ou outro animal marinho, a recomendação é ligar para o número de acionamento do PMP-BS, 0800 642 3341. Outras dicas são manter distância e isolar a área; não usar flash; afastar animais domésticos; e não dar alimento e nem forçar a espécie encontrada a entrar na água. O lobo-marinho-subantártico habita principalmente as ilhas ao Norte da Convergência Antártica. A espécie até pode ocorrer no litoral brasileiro, mas é uma migração errática, sendo poucos os relatos da presença desses indivíduos em nossa região.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Surfista leva 3h para salvar filhote de baleia preso em rede de pesca em SC


Um filhote de baleia-franca foi resgatado de redes de pesca por um surfista no Farol de Santa Marta, em Laguna, no Sul do estado, no domingo (14). O resgate começou por volta das 16h30 e durou cerca de três horas em alto-mar. Durante todo o período, a mãe do filhote ficou nas proximidades. O empresário e surfista João Alberto Schmidt, conhecido como João Baiuka, entrou na água com uma moto aquática e nadou até o animal. Ele cortou as redes com uma faca. “Eu vi que aquele bicho realmente precisava de ajuda e teria que ser naquele momento. Eu sei que existem alguns protocolos, mas no momento teria que fazer ajuda, eu não queria ver o bicho de forma nenhuma encalhar na praia o viesse a falecer", conta Baiuka. O surfista contou com apoio de amigo para chegar até o local do resgate. O animal estava próxima a Praia Grande. "Não foi uma coisa fácil, também não aconselho nunguém a fazer, porque é perigoso, o bicho é gigante. A gente pegou um momento muito crítico, que foi a hora que ela já tava vindo pra praia, a gente pegou o tombo e começamos a vir com ela, foi bem dramático", lembra o surfista. O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) que funciona na Udesc de Laguna foi acionado e acompanhou o resgate das areias da praia. O resgate por pessoas não especializadas não é recomendado pelos protocolos da Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca.

terça-feira, 10 de julho de 2018

Baleia de 7,5 metros morre após encalhar em praia da Grande Florianópolis



Uma baleia foi encontrada morta no mar na praia de Tijucas, na Grande Florianópolis, na tarde de segunda-feira (9). A causa da morte ainda é analisada por especialistas da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). O animal da espécie Mink tinha 7,5 metros e era uma fêmea. Conforme o coordenador da Unidade de Estabilização de Animais Marinhos da Univali, Jeferson Dick, a morte foi confirmada por volta das 16h. No horário, veterinários começaram o processo para retirada do animal da água e início da necropsia na praia. A coleta de material se estendeu até as 22h, conforme o pesquisador. "Esse procedimento é uma corrida contra o tempo, porque os órgãos do animal se decompõem muito rápido e isso dificulta as análises", explica Dick. Segundo o especialista, são feitos laudos laboratoriais para identificar a causa da morte. No entanto, foi constatado que o animal não se alimentava há muito tempo e estava com alguma doença no intestino. "Ela provavelmente encalhou porque estava debilitada. É uma espécie que ocorre em nossa região, vive em mar aberto e dificilmente aparece próximo da costa", esclarece Dick. A espécie tem o nome científico de Balaenoptera acutorostrata. Os pesquisadores ainda verificam se o animal é de subespécie conhecida como Minke anã. A idade do animal não foi confirmada, mas foi considerado como juvenil. Além dos pesquisadores da Univali, ligados ao projeto da Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), a Polícia Militar Ambiental, prefeitura, bombeiros e comunidade de Tijucas prestaram apoio no local.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Cientistas descobrem duas novas espécies de sapinhos-da-montanha, os minúsculos anfíbios do sul do Brasil



Eles são diferentes da maioria dos sapos. A começar pelo tamanho: medem de 10 a 12 milímetros, menos do que a cabeça de um lápis. Não nadam e, se caírem na água, podem até se afogar. Quase não pulam. Cantam (coaxam) de dia. E nunca passam pela fase de girino. São os Brachycephalus, apelidados pelos cientistas de sapinhos-da-montanha, nativos da região montanhosa da Serra do Mar, no Paraná e em Santa Catarina, a cerca de 1.200 metros de altitude. Estão entre os menores anfíbios do mundo. Agora, duas novas espécies acabam de ser catalogadas por biólogos brasileiros: a Brachycephalus coloratus, de cor laranja, e a Brachycephalus curupira, que é marrom. Ambas vivem em áreas de Mata Atlântica na região metropolitana de Curitiba (PR). Diferem de outras espécies identificadas anteriormente pelas cores e formato do corpo. A descoberta foi publicada em julho no periódico científico PeerJ. "Não está totalmente esclarecido por que os sapinhos-da-montanha são tão pequenos. Eles passaram por um fenômeno evolutivo chamado de miniaturização. Acredita-se que, ao se adaptarem ao ambiente montanhoso, tiveram que diminuir de tamanho, para evitar ressecar e morrer", explica o pesquisador Luiz Fernando Ribeiro, integrante da equipe que fez a descoberta, da ONG Mater Natura Instituto de Estudos Ambientais. Apesar de serem úmidas, as áreas de montanhas onde os minissapos vivem não têm corpos de água, como rios, lagoas, poças. Cada espécie ocupa uma região pouco extensa, com poucos hectares - às vezes uma única montanha. O coloratus, por exemplo, foi localizado em uma floresta da cidade de Piraquara. Já o curupira, em São José dos Pinhais. "São regiões muito próximas da cidade. Apesar disso, ainda se consegue encontrar espécies novas. Isso mostra que a Mata Atlântica, apesar de ter diminuído muito, ainda abriga uma diversidade muito grande, desconhecida", diz Ribeiro. Para descobrir as duas novas espécies de minianfíbios, os cientistas subiram montanhas da Serra do Mar paranaense e ficaram atentos aos sons. Os sapinhos-da-montanha coacham de dia, ao contrário da maioria dos sapos, que têm hábitos noturnos. Só os machos cantam, para marcar território. A partir daí, é seguir o coachar. Mas, à medida que os pesquisadores se aproximam, os sapinhos-da-montanha se escondem entre as folhagens no chão e ficam em silêncio. "É trabalhoso localizá-los. Eles pulam pouco, mais caminham muito no meio da floresta, são andarilhos. Como são muito pequenos, é muito difícil vê-los. Para achar alguns, é na sorte mesmo", conta Ribeiro. Para facilitar as buscas, a equipe de cientistas usou gravador e microfone direcional para captar até os mínimos sons dos sapos. E depois, ficou tateando as folhagens. As novas espécies são resistentes ao frio. Os pesquisadores chegaram a registrar 4º C negativos na montanha onde vive a Brachycephalus coloratus. É outra diferença em relação à maioria dos sapos, que gosta de ambientes quentes. Muito pequenos, eles se alimentam de bichos menores ainda: invertebrados que vivem no chão, ácaros, formigas, aranhas. O nome sapinhos-das-montanhas é uma alusão aos gorilas-das-montanhas africanos. Começaram a ser encontrados a partir do ano 2000. Desde então, o número de espécies conhecidas está aumentando. Só em 2015, foram catalogadas pelo menos 8 delas. E mais descobertas ainda podem ocorrer.

sábado, 22 de abril de 2017

Espécie de anfíbio ameaçada em SC é registrada pela 1ª vez em reserva


A perereca-de-vidro, espécie ameaçada em Santa Catarina, foi registrada pela primeira vez na Reserva Particular do Patrimônio Natural Estadual do Complexo Serra da Farofa, localizada na Serra, afirmou a empresa Klabin, que administra o local. O anfíbio mede entre 19 mm e 25 mm e é típico da Mata Atlântica. O animal, Vitreorana uranoscopa, alimenta-se principalmente de insetos e se reproduz em riachos com boa qualidade ambiental, explicou o professor do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Selvino Neckel de Oliveira. "A espécie não está em extinção porque sua distribuição geográfica vai desde o estado de Minas Gerais até a Argentina. Porém, as populações que ocorrem em Santa Catarina estão ameaçadas devido principalmente ao desmatamento e à poluição dos riachos", afirmou. Para que a população do anfíbio não diminua, o professor defende a preservação do habitat do animal. "Essa medida só será efetiva com estudos que envolvam principalmente o sucesso reprodutivo e tamanho populacional. O registro de um individuo em uma área não significa que o local tem qualidade ambiental. Da mesma forma, essa espécie, como outras, precisam de estudos mais detalhados e com maior rigor cientifico". De acordo com a empresa que administra a reserva, o som emitido pelo anfíbio se assemelha a uma colher que bate em um copo de cristal. Seguindo essa vocalização do animal foi possível encontrá-lo. O local da reserva abrange os municípios de Painel, Urupema, Rio Rufino, Urubici e Bocaina do Sul, segundo a Associação dos Proprietários de Reservas Particulares do Patrimônio Natural de Santa Catarina.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Baleia de 10 metros é encontrada morta na praia do Tamborete



Uma baleia foi encontrada morta na beira da praia do Tamborete, em Laguna, no Sul catarinense, na quinta-feira (14). De acordo com a Polícia Militar Ambiental, o animal é uma baleia-de-bryde. Moradores da região avistaram a baleia no final da tarde de quinta e acionaram a polícia. Na manhã desta sexta-feira (15), técnicos do projeto de monitoramento de praias da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) estão no local fazendo o isolamento da área. Segundo a bióloga e diretora do Projeto Baleia Franca, Karina Groch, o animal é adulto e tem aproximadamente 10 metros de comprimento. A "bola" que aparece nas fotos é a língua inchada do animal. "Ela tem hábito costeiro. Já temos registros dessa espécie aqui na região e mesmo em toda costa brasileira. Ainda não foi possível saber o sexo do animal e para isso estamos fazendo uma necropsia, até pra apurar as possíveis causas da morte", explicou a bióloga. De acordo com a prefeitura de Laguna, o animal será enterrado na mesma praia onde encalhou, após as análises dos biólogos.