A criação de dois santuários marinhos na Antártica voltou à ordem do dia em uma reunião internacional na cidade australiana de Hobart, onde todos os olhares estarão voltadas para a Rússia - principal freio a este projeto.
A Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos (CCRVMA), criada 1982 por uma convenção internacional, não consegue desde 2011 levar adiante estas duas gigantescas Áreas Marinhas Protegidas (AMP).
O primeiro projeto, dirigido por Austrália, França e União Europeia (UE), cobre vastas áreas marinhas da Antártica oriental.
O segundo, apresentado pelos Estados Unidos e pela Nova Zelândia, afeta o mar de Ross, uma imensa baía do lado do Pacífico, sob jurisdição neozelandesa.
Este mar é conhecido como "o último oceano" por ser considerado o último ecossistema marinho intacto do planeta, sem contaminação, nem sobrepesca, nem espécies invasoras.
Dentro da CCRVMA, que reúne 24 países e a União Europeia, as organizações de defesa do meio ambiente apoiam quase totalmente estas duas áreas protegidas.
Mas a Rússia põe um freio aos projetos. Também é o caso da China, mas em menor medida posto que aceitou a ideia de transformar em santuário o mar de Ross, na última reunião da CCRVMA, em 2015.
"Chegou a hora de proteger as águas da Antártica, motor de circulação oceânica", declarou Mike Walker, encarregado da Antarctic Ocean Alliance, que exortou os líderes de todo o mundo a seguirem o caminho dos Estados Unidos.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
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terça-feira, 18 de outubro de 2016
sábado, 27 de setembro de 2014
EUA anunciam criação do maior santuário marinho do planeta
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, firmará nesta quinta-feira (25) um projeto que cria o maior santuário marinho do planeta, no qual será proibido qualquer extração de recursos e pesca comercial, informou o site da Casa Branca.
A decisão amplia o Monumento Nacional Marinho das Ilhas Remotas do Pacífico - um dos ambientes tropicais marinhos mais imaculados do planeta - em seis vezes sobre sua atual dimensão.
Com a medida, a reserva natural terá uma superfície de 1,2 milhão de km² de zonas protegidas em torno de ilhas e pequenos atóis no oceano Pacífico, destacou a Casa Branca.
A pesca comercial e qualquer atividade de extração de recursos, incluindo a mineração submarina, serão proibidas na área. Apenas a pesca artesanal e recreativa seguirão autorizadas.
"Ampliar o Monumento protegerá ainda mais os recifes de coral profundos, os montes submarinos e os ecossistemas marinhos únicos desta parte do mundo, que se encontra entre as mais vulneráveis ao impacto da mudança climática e da acidificação dos oceanos", destacou a Casa Branca.
A nota recorda que os últimos estudos nacionais oficiais confirmam que a mudança climática implica em uma elevação do nível dos mares e no aumento da temperatura dos oceanos, que "podem afetar os recifes de coral e obrigar certas espécies a migrar".
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Países não entram em acordo para criar santuário marinho na Antártica
As negociações internacionais sobre a criação de santuários marinhos na Antártica terminaram nesta sexta-feira (1º) sem um acordo, após China e Rússia colocarem obstáculos à proteção dos ecossistemas, ameaçados pela pesca e pela navegação.
Reunidos nesta semana em Hobart, na ilha australiana da Tasmânia, os membros da Convenção sobre Conservação da Fauna e Flora Marinhas da Antártica se separaram sem acordo pela terceira vez desde 2012. A convenção, criada em 1982 para cuidar dos recursos marinhos do continente austral, reúne 24 Estados, entre eles Argentina, Brasil, Chile, Espanha e Uruguai, além da União Europeia.
As águas do oceano austral em torno da Antártica contêm ecossistemas excepcionais preservados, em boa parte, das atividades humanas, mas ameaçadas pelo desenvolvimento da pesca e da navegação.
Dois projetos de santuário estavam sobre a mesa com o objetivo de criar uma ampla reserva marinha com uma extensão equivalente à Índia, potencialmente a maior do mundo, povoada por cetáceos, mamíferos marinhos e pinguins, com mais de 16.000 espécies no total.
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