O parque SeaWorld anunciou que Tilikum, orca que foi responsável pela morte de sua treinadora em 2010, morreu na manhã desta segunda-feira (6) em Orlando, na Flórida.
A orca tinha cerca de 36 anos e vivia no SeaWorld de Orlando havia 25 anos, depois de ter sido transferida do parque Sealand of the Pacific, no Canadá.
A causa da morte só será determinada após a realização da necrópsia, mas a orca sofria de uma infecção bacteriana grave no pulmão.
"A vida de Tilikum vai sempre estar indissoluvelmente conectada com a perda de nossa querida amiga e colega, Dawn Brancheau. Enquanto todos experimentamos profunda tristeza por essa perda, continuamos a oferecer a Tilikum o melhor cuidado possível, a cada dia, dos maiores especialistas em mamíferos marinhos do país", declarou a instituição, em nota.
Na morte da treinadora Brancheau, o comportamento foi tão agressivo que as equipes de socorro não conseguiram mergulhar para salvá-la e a treinadora, uma das mais experientes do Seaworld, ficou totalmente indefesa.
O terrível incidente, que foi testemunhado por várias pessoas do público que não tinham deixado o local após o final do espetáculo, foi registrado pelas câmeras de vídeo, que o parque se negou a divulgar por serem parte das investigações em andamento.
Depois disso, o Seaworld adotou novas medidas de segurança em seus parques de Orlando (Flórida), San Diego (Califórnia) e San Antonio (Texas).
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
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terça-feira, 10 de janeiro de 2017
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
Baleia orca morre em SeaWorld nos Estados Unidos
Uma baleia orca de 18 anos morreu no parque SeaWorld em San Antonio, nos Estados Unidos, disse o parque nesta terça-feira (22), aumentando as preocupações de grupos de direitos dos animais que têm criticado o local há anos por causa do tratamento dado aos mamíferos marinhos cativos.
A baleia do sexo feminino chamada Unna foi a terceira a morrer no parque do Texas em seis meses.
O SeaWorld declarou em comunicado que Unna morreu na segunda-feira de um “tipo resistente de fungo chamado Candida”.
A baleia assassina, ou orca, havia sido tratada por especialistas de vários pontos do país, acrescentou o comunicado.
"Ao mesmo tempo que havia algumas indicações de que o tratamento estava tendo um efeito positivo, Unna permanecera em condição séria e sob cuidados diários por 24 horas”, afirmou o SeaWorld, completando que uma necropsia será feita.
O parque tem enfrentado críticas duras e queda nos rendimentos desde o documentário de 2013 “Blackfish”, que mostra o cativeiro e a exibição pública das baleias assassinas como inerentemente cruel.
O filme, criticado pelo SeaWorld como incorreto, também explorou as circunstâncias que causaram a morte, em 2010, de uma treinadora do parque, que foi puxada para a água e afogada por uma orca.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
SeaWorld encerra shows com orcas após anos de polêmica nos EUA
A rede de parques temáticos norte-americana SeaWorld anunciou nesta segunda-feira (9) que vai encerrar os espetáculos com orcas no parque de San Diego, após anos de críticas pelo suposto maltrato que os animais recebem.
A empresa afirmou que a partir de 2017 substituirá os famosos números nas instalações californianas de San Diego por uma atração "informativa".
"Não somos apenas um animal, não somos apenas uma exibição, não somos apenas uma atração", explicou o diretor-geral Joel Manby durante uma reunião com investidores que foi transmitida pela internet.
"Estamos num processo de ouvir nossos clientes e estamos evoluindo como empresa", apontou. "Sempre estamos mudando".
A SeaWorld sofreu um duro golpe em 2013 após a estreia do documentário "Blackfish", que denunciou os estragos sofridos pelas orcas em cativeiro vivendo em tanques reduzidos e com pouca iluminação, além de serem submetidas a duros treinamentos para aparecer em seu espetáculo mais famoso.
O número de visitantes caiu drasticamente nos 11 parques espalhados em todo o país, mas especialmente o de San Diego.
Desde então, a empresa tentou reverter a imagem ruim com uma nova campanha de publicidade e descontos.
Tendo em vista os resultados decepcionantes, a empresa deu um novo rumo em sua estratégia com um plano que prevê estrear novas atrações e melhorar a comunicação corporativa.
"Precisamos levar a informação para um plano positivo", destacou durante a reunião Jill Kermes, outra diretora da SeaWorld.
A organização PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais), grande crítica do parque temático, garantiu que o anúncio não é suficiente e que a empresa deve deixar de manter as orcas em cativeiro.
Na semana passada, o legislador Adam Schiff disse que em breve vai introduzir um projeto de lei para proibir orcas em cativeiro e controlar a reprodução na Califórnia.
"A evidência sobre o dano físico e mental para estes animais maravilhosos excede em muito qualquer benefício obtido a partir de seus shows", disse o político.
"Nós não podemos defender o nosso próprio ambiente e difundir mensagens sobre a importância de preservar o bem-estar dos animais quando nosso comportamento não reflete nossos princípios", acrescentou.
A rede SeaWorld respondeu que cuida dos animais e não capturou qualquer orca nos últimos 35 anos.
sábado, 10 de outubro de 2015
Califórnia impede parque SeaWorld de criar novas orcas em cativeiro
O governo da Califórnia aprovou a realização de uma obra de US$ 100 milhões para expandir os tanques do parque oceânico SeaWorld que abrigam orcas, mas o proibiu de criar novos animais em cativeiro.
A decisão foi comemorada por ativistas de direitos dos animais, já que na prática os animais hoje confinados no local não poderão ser repostos por outros à medida que forem morrendo.
A franquia do parque temático, que possui unidades em outros estados americanos, porém, continua podendo procriar esses cetáceos no resto dos EUA. A Comissão Costeira da
Califórnia, autoridade de governo que baniu a reprodução das orcas em cativeiro, também vetou a comercialização e transferência de orcas em cativeiro.
Haverá exceção para casos de animais selvagens em risco que venham a ser resgatados, mas ainda não está claro quais serão os critérios para tal.
Em comunicado público, o SeaWorld, que tem sua matriz na Flórida, se disse decepcionado com as condições impostas ao projeto de expansão de suas instalações, com abertura programada para 2018. As obras vão triplicar o tamanho dos cercados onde ficam as orcas.
“A reprodução é uma parte natural, fundamental e importante da vida de um animal, e privar um animal social do direito de reprodução é desumano”, afirmou a direção do parque. A decisão do governo californiano também proíbe a manutenção de orcas capturadas no local, ponto que o SeaWorld não contestou. A empresa afirma deixou de abrigar cetáceos selvagens capturados há mais de 30 anos.
A receita do SeaWorld na Califórnia sofreu queda após 2013, quando foi lançado o documentário “Blackfish”, que sugere que as orcas são maltratadas e exibem comportamento de estresse, incluindo atitudes que causam ferimentos.
Na audiência em que o problema foi discutido na comissão costeira, o veterinário Hendrik Nollens, do SeaWorld, afirmou que filme faz “acusações fantasiosas” e disse que os animais vivem em ambientes enriquecidos e estimulados no parque. “Cuidamos desses animais como se fossem nossa família”, disse.
John Hargrove, ex-treinador de orcas do parque, afirmou em livro que as orcas são altamente medicadas e que as estruturas familiares dos grupos do animal são rompidas no parque. A reprodução em cativeiro, além disso, levou à criação de indivíduos híbridos “sem identidade social”, diz o biólogo.
terça-feira, 31 de março de 2015
SeaWorld e ativistas se enfrentam em campanha sobre cuidado de orcas
A empresa norte-americana de parques aquáticos SeaWorld e organizações de proteção dos animais se reuniram para uma campanha lançada pela empresa sobre os cuidados das orcas, cujo cativeiro tem causado polêmica e afetado os lucros do parque.
A empresa com sede na Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, lançou uma campanha nas redes sociais para que seus veterinários e treinadores respondam a perguntas sobre o tratamento das baleias, mas o SeaWorld afirmou que a organização PETA e grupos afins têm "inundado" as redes com mensagens para "afogar" as respostas.
"Não surpreende que os ativistas dos direitos dos animais, especialmente a PETA, tenham inundado o Twitter para tentar impedir que as pessoas que têm perguntas legítimas possam obter respostas", disse o SeaWorld em sua página na internet.
"Cerca de 70% das perguntas até agora vieram da PETA e outras agências ou de um 'bot' (software que gera mensagens automáticas em redes sociais). É lamentável que essas pessoas tentem sufocar respostas honestas e fundamentados ao inundar as redes sociais com perguntas repetidas e contas fictícias", acrescentou.
A PETA disse, porém, que a reação foi "espontânea e maciça".
A iniciativa "foi contraproducente porque as pessoas viram uma oportunidade de dizer ao SeaWorld o que pensam sobre a crueldade de separar famílias orcas, obrigar as orcas a nadar em círculos em pequenos tanques de concreto por anos e as drogando para mascarar o estresse e a raiva causados pelo cativeiro", informou nesta terça-feira, em uma mensagem à AFP, Colleen O'Brien, diretor da PETA.
Com a campanha #AskSeaWorld apareceram nas redes sociais perguntas como "Por que os animais passam fome até participar dos shows?", "Como posso acreditar que um tanque se assemelha ao ambiente natural de uma orca?" ou "Porque contratar intencionalmente treinadores inexperientes em biologia marinha?".
O SeaWorld admitiu no ano passado que sua receita caiu, em parte, pela campanha de ativistas contra o uso de orcas para shows, que atingiu seu pico em 2013 com o aclamado documentário "Blackfish", sobre o impacto do cativeiro para orcas e o ataque de uma delas - que resultou na morte de um treinador.
A empresa planeja concluir até 2018 novos tanques gigantes para suas orcas.
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