As piranhas são um grupo de peixes carnívoros de água doce. Habitam alguns rios da América do Sul e pertencem a cinco gêneros da subfamília Serrasalminae (que também inclui peixes como pacus). Na região central do Brasil, assim como no Pantanal e na Amazônia, a piranha é utilizada no preparo do prato sul-mato-grossense conhecido como caldo de piranha.
Trata-se de um peixe muito voraz, predador e com mandíbulas fortíssimas. A maioria das piranhas são rápidas, mas geralmente atacam quando estão estimuladas para isso. Dentro das inúmeras espécies de piranhas, algumas são canibais e outras não, mas todas possuem comportamentos agressivos. As piranhas são parentes próximos dos Pacus e são facilmente confundidos quando pequenos. Para quem deseja manter esses peixes em um aquário deve pensar em manter plantas muito fortes ou apenas montar o aquário com pedras pequenas. Não se deve misturar espécies no aquário, pois as piranhas geralmente atacam seu companheiro. A alimentação inicial deverá ser de carne moída, mas depois começam a se alimentar com rações tradicionais, que é o mais recomendado, pois a carne pode poluir o aquário em pouco tempo e a piranha é um peixe suscetível a doenças quando a água não esta de acordo com suas necessidades; pH levemente ácido e livre de compostos nitrogenados com uma composição diferenciada. Classificação segundo seu gênero: Catoprion com apenas uma espécie, Catoprion mento
Citharinus com apenas uma espécie, Citharinus citharus
Pristobrycon com 7 espécies
Pygocentrus com 7 espécies, entre as quais a mais agressiva Pygocentrus piraya, a piranha amarela, ilustrada abaixo; e também a Pygocentrus nattereri, a piranha vermelha.
Serrasalmus com mais de 20 espécies, entre elas a conhecida Serrasalmus rhombeus, a piranha-negra; a Serrasalmus spilopleura, a piranha-doce; e a Serrasalmus brandtii, a pirambeba.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
domingo, 3 de maio de 2009
Pirarucu - 01
Pirarucu (Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de águas doce fluviais e lacustres do Brasil. Pode atingir três metros de comprimento e seu peso pode ir até 200 kg. Um peixe que é encontrado geralmente na bacia Amazônica, mais especificamente nas áreas de várzea, onde as águas são mais calmas. Costuma viver em lagos e rios de águas claras e ligeiramente alcalinas com temperaturas que variam de 24 a 37 °C, não sendo encontrado em zonas de fortes correntezas e águas ricas em sedimentos.
Este peixe é um dos maiores de água doce do mundo, e conhecido também como o bacalhau da Amazônia. Seu nome vem de dois termos tupis: pirá, "peixe" e urucum, "vermelho", devido à cor de sua cauda. Esta espécie de peixe possui características biológicas e ecológicas bem distintas: De grande porte, sua cabeça é achatada e ossificada, com um corpo alongado e escamoso. Possui dois aparelhos respiratórios, as brânquias, para a respiração aquática e a bexiga natatória modificada, especializada para funcionar como pulmão, no exercício da respiração aérea, obrigatória principalmente durante a seca, ocasião em que os peixes formam casais, procuram ambientes calmos e preparam seus ninhos, reproduzindo durante a enchente; é papel do macho proteger a prole por cerca de seis meses. Os filhotes apresentam hábito gregário, e durante as primeiras semanas de vida, nadam sempre em torno da cabeça do pai, que os mantém próximos à superficie, facilitando-lhes o exercício da respiração aérea.
Apesar de ser uma espécie resistente, suas características ecológicas e biológicas o tornam bastante vulnerável à ação de pescadores. Os cuidados com os ninhos, após a desova expõe os reprodutores à fácil captura com redes de pesca ou arpão. Durante o longo período de cuidados paternais, a necessidade fisiológica de emergir para respirar ocorre em intervalos menores, ocasião em que os peixes são pescados. O abate dos machos nestas circunstâncias e também a longa fase de imaturidade sexual dos filhotes, conhecidos como "bodecos" onde seu peso varia entre 30 e 40 quilos, propicia a captura destes por predadores naturais como as piranhas, fazendo assim com que o sucesso reprodutivo da espécie seja diminuído.
O Pirarucu não apresenta dimorfismo sexual externo, salvo quando em época de reprodução, que apresenta diferenças nas colorações de suas escamas. Segundo a mitologia indígina, Pirarucu era um índio que pertencia a tribo dos uaiás, que habitava as planícies do Sudoeste da Amazônia. Ele era um bravo guerreiro, mas tinha um coração perverso, mesmo sendo filho de Pindarô, um homem de bom coração e também chefe da tribo.
Pirarucu era cheio de vaidades, egoísmo e excessivamente orgulhoso de seu poder. Um dia, enquanto seu pai fazia uma visita amigável a tribos vizinhas, Pirarucu se aproveitou da ocasião para tomar como refém índios da aldeia e executá-los sem nenhum motivo. Pirarucu também adorava criticar os deuses.
Tupã, o deus dos deuses, observou Pirarucu por um longo tempo, até que cansado daquele comportamento decidiu punir Pirarucu. Tupã chamou Polo e ordenou que ele espalhase seu mais poderoso relâmpago na área inteira. Ele também chamou Iururaruaçu, a deusa das torrentes, e ordenou que ela provocasse as mais fortes torrentes de chuva sobre Pirarucu, que estava pescando com outros índios as margens do rio Tocantins, não muito longe da aldeia.
O fogo de Tupã foi visto por toda a floresta. Quando Pirarucu percebeu as ondas furiosas do rio e ouviu a voz enraivecida de Tupã, ele somente as ignorou com uma risada e palavras de desprezo. Então Tupã enviou Chandoré,para atirar relâmpagos e trovões sobre Pirarucu, enchendo o ar de luz. Pirarucu tentou escapar, mas enquanto ele corria por entre os galhos das árvores, um relâmpago fulminante enviado por Chandoré, acertou o coração do guerreiro que mesmo assim ainda se recusou a pedir perdão.
Todos aqueles que se encontravam com Pirarucu correram para a selva terrivelmente assustados, enquanto o corpo de Pirarucu, ainda vivo, foi levado para as profundezas do rio Tocantins e transformado em um gigante e escuro peixe. Pirarucu desapareceu nas águas e nunca mais retornou, mas por um longo tempo foi o terror da região.
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