No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
Pescador se assusta após ter caiaque perseguido por tubarão na Austrália
O australiano Paul Pallet ficou assustado depois que um grande tubarão branco perseguiu seu caiaque enquanto ele pescava com um amigo na costa do estado da Nova Gales do Sul, na Austrália. Pallet publicou um vídeo no YouTube que mostra ele e o amigo acelerando seus caiaques quando viram o predador à espreita. Assista.
Fonte: http://g1.globo.com/planeta-bizarro/noticia/2015/01/pescador-se-assusta-apos-ter-caiaque-perseguido-por-tubarao-na-australia.html
Cientistas encontram indícios do fim dos maias no 'Grande Buraco Azul'
Novas análises feitas em minerais retirados da caverna submersa conhecida como o Grande Buraco Azul, em Belize, na América Central, dão pistas sobre os motivos que levaram ao fim da civilização maia.
Os resultados do estudo, feito por pesquisadores da Universidade de Rice, no Texas, corroboram uma teoria já existente: a de que uma grande seca teria levado ao desaparecimento da sociedade maia.
A equipe de pesquisadores perfurou e coletou amostras de sedimentos encontrados no Grande Buraco Azul e nos recifes de coral dispostos ao redor da caverna. A composição dessas amostras foi analisada, principalmente em relação à quantidade de titânio e alumínio.
Em entrevista ao site americano "LiveScience", o geólogo Andre Droxler, da Universidade de Rice, explicou que a chuva corrói as rochas vulcânicas da região, que contêm titânio, que é então transportado até o oceano. Por esse motivo, quantidades menores desse elemento nos sedimentos correspondem a períodos de menos chuva.
O que a análise dos sedimentos e dos corais demonstrou foi que houve um período de seca extrema entre 800 d.C e 900 d.C, que coincide com o momento em que a civilização maia começou a se desintegrar. A partir dessa época, eles entraram em declínio econômico e cultural, e perderam influência com a ascensão de outros povos, como os toltecas. Acabaram dominados pelos espanhóis.
O grande círculo azul escuro no meio do mar turqueza do Caribe costuma atrair mergulhadores e turistas do mundo todo. Localizado no Atol de Recifes Lighthouse, a cerca de 50 milhas a leste da cidade de Belize, o buraco é um círculo quase perfeito, de cerca de 300 metros de diâmetro e 125 metros de profundidade. É visível inclusive do espaço – foi captado por um satélite da Nasa em março de 2009.
No início dos anos 1970, o famoso oceanógrafo Jacques Cousteau explorou seus túneis e estalactites. O Buraco Azul é parte da Reserva de Barreiras de Recifes de Belize, considerada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
A civilização maia dominou a península de Yucatán e o norte da América Central, onde atualmente ficam o sul do México, Belize, Guatemala e partes de Honduras e El Salvador. O auge desse povo foi entre os anos 800 e 1000 d.C.. A partir daí, eles entraram em declínio econômico e cultural, e perderam influência com a ascensão de outros povos, como os toltecas. Acabaram dominados pelos espanhóis, e ainda vivem na mesma região.
De forma inédita, nova espécie de sapo com presas dá à luz girinos
Pela primeira vez, cientistas encontraram um sapo que dá à luz girinos. A maioria dos sapos bota ovos e, embora algumas espécies deem à luz filhotes de sapo, girinos recém-nascidos são novos para a ciência.
Mas, há décadas, cientistas procuravam uma nova espécie de sapo com presas - uma espécie de "sapo-vampiro" que vive na ilha de Sulawesi, na Indonésia. Eles suspeitavam que os sapos apresentavam este comportamento único.
Agora, uma equipe internacional descreveu a espécie pela primeira vez, em um estudo divulgado na publicação científica "Plos One".
Jim McGuire, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, achava que estava segurando um sapo macho na primeira vez que testemunhou o nascimento de um girino.
Na verdade, ele tinha em mãos uma fêmea grávida e, de repente, vários novos girinos.
Quase todas as 6.000 espécies de sapos do mundo usam fecundação externa: a fêmea põe os ovos durante o acasalamento, enquanto o macho libera esperma para fertilizá-los.
"Mas há muitas modificações diferentes deste modo padrão de acasalamento", disse McGuire.
"Este novo sapo é uma das 10 ou 12 espécies que evoluíram para a fertilização interna e, desses, é o único que dá à luz girinos, em vez de filhotes de sapo ou ovos fertilizados."
Como os sapos machos conseguem fertilizar óvulos dentro da fêmea ainda é um mistério, porque os sapos não têm órgãos sexuais convencionais para transferir o esperma.
Duas espécies encontradas na Califórnia desenvolveram uma cauda semelhante a um pênis que consegue fazer a fertilização, mas os cientistas não encontraram este artifício nas novas espécies indonésias.
Djoko Iskandar, um colaborador de McGuire, do Instituto de Tecnologia de Bandung, na Indonésia, viu pela primeira vez este novo tipo de sapo com presas na década de 1990, mas não eles haviam sido confirmados como uma espécie diferente até agora.
Os cientistas batizaram a nova espécie de Limnonectes larvaepartus. A família Limnonectes é conhecida como sapos com presas por causa de projeções gêmeas em suas mandíbulas inferiores semelhantes a dentes, que são usados em combates.
Ben Tapley, líder da equipe de herpetologia da Zoological Society of London (ZSL), disse que a nova descoberta era "totalmente inesperada".
"Eles são sapos relativamente sem graças, na verdade," disse Tapley à BBC News. "Descobrir algo totalmente surpreendente sobre um sapo que você mal prestaria atenção na floresta é muito legal."
Acredita-se que existam até 25 espécies de sapos Limnonectes em Sulawesi, mas apenas quatro foram descritas até agora - incluindo o novo larvaepartus.
Pouco se sabe sobre a biologia dos animais.
"Encontrar uma nova espécie não é tão raro - mas a descoberta de um novo modo de reprodução é", disse Tapley.
"Há mais de 40 formas de reprodução em anfíbios, mas este é, obviamente, totalmente único."
Ele acrescentou que a região onde o sapo foi descoberto tem um dos maiores índices de desmatamento do mundo.
"Este tipo de descoberta é realmente importante, especialmente em Sulawesi, onde a maior parte da floresta está desaparecendo. É ótimo que estejamos aprendendo sobre essas espécies antes que seja tarde demais."
quinta-feira, 25 de dezembro de 2014
Brasil retira baleia-jubarte da lista de espécies ameaçadas de extinção
O Brasil tirou a baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) da lista de espécies ameaçadas de extinção graças ao aumento da população desses animais no litoral do país, onde cruzam e geram novos filhotes.
A espécie foi reclassificada para "quase ameaçada", status que demanda a continuidade de trabalhos de conservação. A informação será divulgada nesta quinta-feira (22) pelo Ministério do Meio Ambiente.
Segundo o MMA e o Instituto Baleia Jubarte, há quase três décadas existiam entre 500 e 800 animais vivendo apenas na região de Abrolhos, no sul da Bahia – principal concentração dessas baleias. Em 2011, quando foi realizada a última contagem aérea, foram avistados 14 mil animais. Até o próximo censo, previsto para este ano, o número pode saltar para 20 mil.
No país, elas são encontradas na costa do Espírito Santo e Bahia entre julho e novembro, onde permanecem para procriação. De dezembro até junho, seguem para a Antártica, onde se alimentam de krill (invertebrados parecidos com o camarão).
Com exemplares que podem medir até 16 metros de comprimento e pesar mais de 40 toneladas, as jubartes foram, por muito tempo, alvo da pesca predatória no Brasil.
Sérgio Cipolotti, biólogo e coordenador ambiental do Instituto Baleia Jubarte, explica que o declínio de espécimes começou em meados do século 17, quando eles eram caçados para extração de óleo, usado para abastecer candeeiros, responsáveis pela iluminação nas cidades, e consumo da carne.
Com a queda populacional das jubartes e de outras baleias em todo o planeta, criou-se a Comissão Internacional Baleeira (CIB), que teve entre seus principais resultados a imposição de uma moratória de caça a partir de 1986.
Ugo Versillo, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), explica que no ano seguinte, em 1987, o Brasil proibiu a caça.
A partir deste momento, foram iniciados trabalhos de conscientização para aumentar o número de exemplares, como a identificação das rotas migratórias, quais eram os perigos que esses animais enfrentavam e outros detalhes importantes para a conservação.
No entanto, segundo Versillo, ainda não há o que comemorar. A reclassificação para o status “quase ameaçada” significa, na visão do técnico do ICMBio, que ainda há perigo.
“Uma das grandes preocupações é a questão da colisão com navios. Como aumentou o número de baleias, pode crescer esse tipo de acidente. Temos que definir estratégias para evitá-los, incluindo o uso de tecnologias”, explica.
Alexandre Zerbini, brasileiro que trabalha no Laboratório Nacional de Mamíferos Marinhos da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), órgão dos Estados Unidos responsável pelos mares e atmosfera, explica que há várias tecnologias que ajudariam a prevenir a mortalidade desses animais.
Um dos exemplos é a telemetria satelital, que permite investigar habitats críticos e protegê-los de atividades humanas. "Mas há métodos acústicos em desenvolvimento, que poderão transmitir dados em tempo real e evitar áreas onde as baleias se encontram, além de métodos novos de observação, para minimizar colisão com barcos”, explica Alexandre, que também trabalha junto a ONG Instituto Aqualie, que monitora baleias no Brasil via satélite.
Nos EUA, por exemplo, pesquisadores desenvolveram um aplicativo gratuito para iPad e iPhone que alerta marinheiros quando eles se aproximam de uma área onde baleias estão reunidas. O app envia os últimos dados sobre as direções tomadas por espécimes da baleia, coletados pela NOAA.
O sistema espera limitar o número de colisões mortais entre baleias e embarcações, especialmente navios de grande porte, como cruzeiros e cargueiros. Quando as baleias são detectadas na área, navios podem mudar levemente o curso ou diminuir a velocidade.
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