Com apenas um ponto de desova regular no Brasil, as tartarugas gigantes começam a chegar a Regência, Linhares, no Norte do Espírito Santo, em setembro, mas a preocupação de pesquisadores e ambientalistas já existe.
A pesquisadora da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Sarah Vargas, disse, nesta segunda-feira (9), que um monitoramento da área de desova, em parceria com o Projeto Tamar e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vai ser iniciado nas próximas semanas.
Depois da chegada da lama vazada da barragem de Mariana, em Minas Gerais, o comportamento de desova e os ninhos das tartarugas gigantes precisam ser observados, para verificar se houve qualquer efeito direto dos rejeitos de minério.
“Nossa ideia é monitorar, a longo prazo, o que vai acontecer, se vai mudar muito o comportamento, se vai mudar as taxas de eclosão, se vai ter filhotinhos nascendo mortos. Então, vai ser um monitoramento constante agora, para comparar com o que era antes do desastre”, disse a pesquisadora.
Antes da chegada da lama, já havia a pesca como fator de risco para a vida dos animais. “Todos os anos, a gente tem relatos de tartarugas encontradas mortas, com indício de que foi rede de pesca. É uma grande causa, tanto em alto mar, quanto próximo às praias, de morte de tartarugas marinhas”, destacou Sarah.
Apesar de a mancha ter diminuído, a pesquisadora falou que o impacto na biodiversidade não foi reduzido. “Isso pode estar causando uma morte na biodiversidade marinha, o que pode ser um efeito a longo prazo. A gente não sabe, agora, o que vai acontecer, mas imagina que a lama esteja evitando que o sol penetre e a vida marinha fique em equilíbrio”, falou.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
segunda-feira, 9 de maio de 2016
quinta-feira, 5 de maio de 2016
Pesquisadores filmam água-viva com 'beleza deslumbrante' no Pacífico
Pesquisadores descobriram uma água-viva de aparência bizarra, que apresenta longos tentáculos, durante uma exploração perto da fossa das Marianas, que é local mais profundo dos oceanos, com uma profundidade de mais de 11 mil metros.
Os cientistas identificaram a água-viva como um hidrozoário pertencente ao género Crossota. A equipe disse ter se surpreendido pela beleza deslumbrante da água-viva, que foi filmada enquanto os pesquisadores exploravam o local com um veículo operado remotamente.
Publicado no YouTube no dia 24 de abril, o vídeo recebeu mais de 1,1 milhão de visualizações.
A fossa das Marianas fica no oceano Pacífico.
Mortandade de estrelas-do-mar na costa do Pacífico nos EUA termina
Depois da morte de milhões ao longo da costa do Pacífico dos Estados Unidos desde 2013, a população de estrelas do mar voltou a aumentar há um ano, comprovaram os pesquisadores.
Esta mortandade em massa, provocada por uma doença, havia atingido 20 espécies de Asteroidea da costa mexicana de Baja Califórnia ao Alasca, de acordo com um estudo divulgado na quarta-feira pela revista PLOS ONE.
Os sinais mais frequentemente observados nos animais marinhos doentes eram lesões superficiais brancas que se espalhavam rapidamente, seguidas por um amolecimento do animal, a perda de seus braços e uma desintegração do seu corpo que o levava à morte alguns dias após o início dos sintomas.
Entre o início de 2014 e final de 2015, os pesquisadores realizaram quase 150 análises e observações de espécies de estrelas do mar ao longo da costa do Oregon, particularmente afetadas pela epidemia.
A doença, que chegou em abril de 2014, espalhou-se por toda a costa noroeste dos Estados Unidos em junho, infectando 90% das estrelas do mar, explicou Bruce Menge, pesquisador da Universidade Estadual do Oregon, o principal autor do estudo.
A epidemia afetou principalmente adultos. Os pesquisadores constataram no início de 2015 que as populações de estrelas do mar começavam a subir novamente.
quarta-feira, 4 de maio de 2016
Austrália planeja usar herpes contra infestação de carpas predadoras
O político australiano que declarou guerra contra os cachorros do ator Johnny Depp tem um novo alvo: as carpas. O vice-primeiro-ministro do país, Barnaby Joyce, disse que a única forma de se livrar do peixe "lamacento" é usar o vírus da herpes contra ele.
O programa de erradicação de 15 milhões de dólares australianos (R$ 40 milhões), apelidado de "carpocalipse" pelo governo, tem como objetivo eliminar a carpa da bacia de Murray-Darling, no sudeste do país.
O peixe foi introduzido na Austrália em 1859, mas sua população aumentou exponencialmente nos anos 1960, depois que uma variedade criada em cativeiro foi acidentalmente liberada na natureza.
Estima-se que a carpa responda por 80% a 90% da biomassa de peixes nesta bacia, onde está localizada a mais importante região agrícola australiana.
As carpas se reproduzem facilmente e competem com peixes nativos. Por terem mandíbulas sem dentes, elas precisam se alimentar no fundo dos rios, o que gera erosão e torna a água mais turva, piorando sua qualidade.
Joyce disse que a espécie invasora está custando 500 milhões de dólares australianos (cerca de US$ 375 milhões) por ano.
O governo federal quer liberar no rio Murray um tipo de vírus da herpes que afeta estes animais, o Cyprinid herpesvirus, surgido primeiro em Israel, para matar cerca de 95% dos animais.
O ministro de Ciência, Christopher Pyne, disse que o vírus não impacta humanos, mas que a operação de limpeza do ecossistema terá um alto custo, já que milhares de peixes morrerão após ele ser liberado.
"De repente, haverá centenas de milhares ou até mesmo milhões de toneladas de carpas mortas no rio Murray", disse Pyne.
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