Passageiros em um cruzeiro de 14 dias encontraram uma cena inusitada na baía dos Tubarões, na Austrália: cerca de 70 tubarões-tigre se alimentando de uma baleia morta.
O grupo de turismo Eco Abrolhos disse à BBC que a baleia jubarte havia morrido de causas naturais. A cena, segundo descreveu a empresa, foi "algo para contar aos netos".
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
segunda-feira, 23 de maio de 2016
quarta-feira, 18 de maio de 2016
Mar subiu 8 metros da última vez que planeta teve clima atual, diz estudo
Os cientistas estão há anos investigando o impacto da mudança climática para as milhões de pessoas que vivem no litoral e uma pergunta cuja resposta pode estar no passado: da última vez que a Terra teve a temperatura atual, o mar subiu cerca de oito metros.
O Serviço Geológico de Estados Unidos está recopilando dados sobre fósseis marítimos de todo o mundo para ter uma ideia do que pode ocorrer se o aquecimento global derreter as massas de gelo que hoje cobrem a Antártida e a Groenlândia, em um estudo internacional no qual só participa um cientista europeu: o professor de Biologia da Universidade das Palmas de Grande Canária Joaquín Meco.
E esses registros fósseis apontam na mesma linha: existem restos de corais e moluscos em diferentes continentes situados entre oito e 24 metros acima do nível atual do mar.
No caso da Espanha, o Serviço Geológico americano se fixou no arquipélago atlântico das Canárias porque em duas ilhas (Grande Canária e Fuerteventura) há camadas com fósseis que comprovam os dois últimos momentos do maior aumento dos oceanos: há 481 mil e 130 mil anos, respectivamente.
Meco explicou à Agência Efe que se a história do planeta fosse examinada através de um gráfico de temperaturas, esses dois momentos do Quaternário seriam os únicos que mostrariam picos acima dos níveis médios que hoje marcam os registradores de temperatura no mundo todo.
Este pesquisador, que em toda sua carreira trabalhou no estudo dos paleoclimas marítimos, ressaltou que para que todos os oceanos do mundo se situassem há 130 mil anos cerca de oito metros acima do seu nível atual, teve que derreter todo o gelo da Groenlândia e uma parte da Antártida.
Essa referência, acrescenta, pode esclarecer sobre o desastre que pode provocar a mudança climática se seguirmos no ritmo atual, porque no passado geológico da Terra não há nenhum outro momento em que as temperaturas se pareçam mais com o presente do que o período interglacial ocorrido entre 130 mil e 120 mil anos.
Com uma ressalva, aponta. Então, os oceanos, os grandes reguladores do clima, estavam três graus de média mais quentes, como credenciam a presença de fósseis de fauna marinha própria de águas quentes do Golfo da Guiné nas Canárias e, inclusive, em latitudes mais ao norte, no Mediterrâneo.
O projeto do Serviço Geológico dos Estados Unidos com o qual colabora Meco calculou quanto subiria o mar se derretesse todo o gelo que cobre a Terra: só as geleiras do Himalaia, Alpes, Andes e outras grandes cordilheiras têm água suficiente para elevar os oceanos meio metro.
Se os gelos da Groenlândia se fundissem, todos os mares do planeta cresceriam outros sete metros e, se a Antártida derretesse, os oceanos subiriam 55 metros a mais (uma altura equivalente, por exemplo, ao Coliseu de Roma).
Pode ocorrer algo assim? Os cientistas não têm dúvida que pode ocorrer, o que não sabem é quanto vão derreter as distintas camadas de gelo do planeta e a qual velocidade.
Idoso luta com crocodilos após amigo se afogar
Um homem de 72 anos disse a equipes de resgate que usou uma chave inglesa e velas de ignição para afastar crocodilos que cercavam seu bote após ver um amigo se afogar no norte da Austrália.
Os dois estavam caçando caranguejos de manguezal quando um dos répteis virou o barco, de 3 metros. O incidente ocorreu na terça-feira, em Darwin.
Um dos pescadores se afogou após ficar preso tentando retornar ao barco.
O outro conseguiu retornar ao bote e afastar as investidas dos crocodilos usando a chave inglesa durante as três horas que durou o incidente.
O homem se escondeu nos mangues antes de a maré, ao mudar, permitir que ele voltasse para terra firme. Pescadores profissionais ouviram os gritos da vítima e partiram em seu socorro.
O homem recebeu atendimento de uma ambulância aérea.
Um inquérito sobre um caso semelhante - um homem foi morto por um crocodilo enquanto pescava em Kakadu - já havia chamado a atenção para o risco que corriam pescadores em barcos pequenos.
No mês passado, o prefeito de uma cidade da região havia solicitado o abate de crocodilos após um episódio em que um homem acampado teve seu pé mordido por um crocodilo que havia entrado em sua barraca.
Estima-se que existam, no norte da Austrália, entre 100 mil e 200 mil crocodilos de água salgada adultos.
Milhares de exemplares de peixe-leão foram eliminados das águas da Flórida
Um total de 14.067 exemplares de peixe-leão, uma espécie não nativa que se transformou em uma grave ameaça para o ecossistema da Flórida (EUA), foram eliminados neste ano do litoral americano, informaram nesta quarta-feira as autoridades.
Só entre os dias 14 e 15 deste mês, data destinada à conscientização sobre a importância de erradicar a população do peixe-leão, 8.089 exemplares foram eliminados do litoral de Pensacola, no noroeste do estado.
Estas conquistas são resultado do plano iniciado pela Comissão para a Conservação da Fauna e a Pesca (FWC, por sua sigla em inglês) da Flórida, que inclui um programa de prêmios em nível estadual com o qual procura incentivar a colaboração cidadã nesta urgente tarefa.
"Estes números são um grande exemplo dos esforços da agência por instruir à população e conseguir seu envolvimento na erradicação desta espécie invasora", destacou em comunicado Jessica McCawley, direção da FWC.
O FWC explicou que esta espécie de "picada venenosa, tem um impacto muito negativo na vida e no habitat das espécies nativas", por isso que é fundamental "reduzir os impactos deste peixe na zona de recifes" do litoral da Flórida.
O peixe-leão ("Pterois antennata") alcança um máximo de 20 centímetros de comprimento e tem como habitat natural os recifes, onde se refugia durante o dia e caça camarões e caranguejos durante a noite.
Charles Meyling, um submarinista que participou neste ano do torneio de captura de peixes desta espécie, bateu o recorde do exemplar de maior tamanho capturado em águas da Flórida, um peixe-leão de cerca de 44,5 centímetros.
Espécie originária do Pacífico, sua presença foi detectada pela primeira vez em meados do anos 80. Em anos recentes, o número de exemplares de peixe-leão aumentou de forma alarmante e sua população se estendeu por águas do Caribe, do Golfo do México e do litoral atlântico.
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