O aquecimento do planeta parece beneficiar os cefalópodes como os polvos, as sibas e as lulas, cujas populações se multiplicaram nas últimas décadas, segundo um estudo divulgado na segunda-feira (23).
"Sabe-se bem que as populações de cefalópodes podem variar de maneira importante dentro de cada espécie, bem como entre as espécies", destacou Zoe Doubleda, pesquisadora do Instituto de Meio Ambiente da Universidade de Adelaide, na Austrália, principal autora dos trabalhos publicados na revista Current Biology.
"Mas o fato de observar um aumento regular em longos períodos de três grupos diferentes de cefalópodes em toda parte nos oceanos do mundo é destacável", declarou a pesquisadora, ressaltando que o número "aumentou consideravelmente nos últimos 60 anos".
Havia grandes especulações sobre o fato de estes animais marinhos terem tido uma forte proliferação em resposta à mudança de ambiente, depois de tendências observadas na pesca.
Estes animais são conhecidos por terem um crescimento rápido, uma expectativa de vida curta e uma fisiologia ultrassensível que pode permitir que se adaptem mais rapidamente que outras espécies marinhas.
Para este estudo, Zoe Doubleday e os outros investigadores compilaram e analisaram as taxas de capturas de pesca destes animais marinhos entre 1953 e 2013. Eles constataram que as populações de 35 espécies de cefalópodes aumentaram de forma contínua.
"Os cefalópodes são predadores vorazes e adaptáveis e o aumento de seu número pode ter um impacto sobre as espécies que são suas presas, como os peixes e invertebrados que têm um valor comercial", escreveram os autores.
Mas "um aumento das populações de cefalópodes também pode beneficiar seus predadores, que dependem deles para se alimentar, assim como a pesca", acrescentaram.
Segundo os investigadores, é difícil prever a evolução do número de cefalópodes no futuro, sobretudo se as pressões exercidas pela pesca continuarem aumentando.
Os pesquisadores agora vão tentar determinar os fatores responsáveis por esta proliferação. "Isso pode nos dar mais luz sobre o impacto das atividades humanas na mudança dos ecossistemas oceânicos", disse Doubleday.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
terça-feira, 24 de maio de 2016
segunda-feira, 23 de maio de 2016
Fotógrafo subaquático resgata filhote de tartaruga preso a plástico em AL
O fotógrafo subaquático Enermércio Lima que trabalha nas piscinas naturais de Maragogi registrando fotos de turistas foi surpreendido, na manhã desta sexta-feira (20), por um filhote de tartaruga que nadava presa a pedaços de nylon. Ele registrou os momentos de aflição do animal para alertar sobre o descarte inadequado de plástico no mar e resgatou o filhote, que recebeu atendimento de uma bióloga.
“Eu estava seguindo para a embarcação para descarregar as fotos da máquina quando vi a agitação do filhote enroscado no nylon. Ele estava bastante agitado e nadando com dificuldades. Retirei o animal da água com um amigo que levou até a uma bióloga que examinou a tartaruga antes de solta-la novamente no mar”, conta Lima.
Segundo o fotógrafo, que também é mergulhador, é comum encontrar na região da Área de Preservação Ambiental (APA) Costa dos Corais plásticos abandonados no mar e animais marinhos mortos por conta de lixo.
Autoridades dos EUA encontram crocodilos 'comedores de gente' na Flórida
Autoridades dos Estados Unidos informaram que encontraram crocodilos-do-nilo "comedores de gente" nos pântanos da Flórida. Foram necessários testes de DNA para confirmar que os três animais eram crocodilos de uma espécie invasora.
Diferente dos jacarés comuns na Flórida, esta espécie pode atacar humanos e acredita-se que seja responsável por até 200 mortes por ano em seu habitat na África subsaariana. Especialistas afirmam que é possível que mais destes crocodilos estejam soltos pelos pântanos do Estado americano.
Ainda não se sabe com certeza como eles chegaram aos Estados Unidos. "Eles não nadaram da África (até aqui)", disse Kenneth Krysko, especialista em répteis e anfíbios da Universidade da Flórida.
Krysko disse à agência de notícias Associated Press que é possível que eles tenham sido trazidos de forma ilegal ao país e a pessoa que trouxe não conseguiu manter os crocodilos em um lugar seguro ou pode até ter libertado os animais de forma intencional. Os crocodilos foram encontrados na Flórida nos anos de 2009, 2011 e 2014. Os testes de DNA para confirmar que eram crocodilos-do-nilo foram feitos apenas recentemente.
Esta espécie pode chegar até aos seis metros de comprimento, maior do que os jacarés locais que, geralmente, chegam aos quatro metros de comprimento. Estes crocodilos geralmente se alimentam de peixes, aves e mamíferos incluindo humanos. Eles também são conhecidos por atacar rebanhos.
Especialistas em vida selvagem da Flórida temem que espécies de outros países como este crocodilo possam ameaçar o ecossistema do Estado se começarem a se reproduzir nos pântanos do Parque Nacional de Everglades.
Um exemplo foi o da píton birmanesa que foi vista pela primeira vez em Everglades na década de 1980 agora já é uma população estabelecida na Flórida. O crocodilo-do-nilo chega a ter seis metros de comprimento, maior que o jacaré nativo da Flórida
"Tenho duas palavras para você: píton birmanesa. Se você me falasse 15 anos atrás que teríamos uma população destas estabelecida em Everglades, eu não teria acreditado", disse o biólogo Joe Wasilewski.
Espécies de outros países podem causar muitos danos em um ecossistema que não está pronto para recebê-las.
Quando as primeiras pítons birmanesas apareceram na Flórida, elas começaram a se reproduzir muito rápido e mantiveram sua população alta se alimentando da vida selvagem local, que é formada por espécies ameaçadas.
Entre suas presas estavam até os jacarés locais. Agora acredita-se que existam cerca de 30 mil estas cobras na região. E o governo da Flórida até chegou a permitir a caça da píton birmanesa.
Drone registra ataque feroz de tubarões contra baleia na Austrália
Passageiros em um cruzeiro de 14 dias encontraram uma cena inusitada na baía dos Tubarões, na Austrália: cerca de 70 tubarões-tigre se alimentando de uma baleia morta.
O grupo de turismo Eco Abrolhos disse à BBC que a baleia jubarte havia morrido de causas naturais. A cena, segundo descreveu a empresa, foi "algo para contar aos netos".
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