quarta-feira, 13 de julho de 2016

Com seca do Rio Acre, homem pesca peixe de 70 kg em Rio Branco


Pescador por hobby, o protético Luiz Alberto Moura Santos, de 45 anos, acredita que a seca do Rio Acre lhe trouxe sorte. Nesta segunda-feira (11), quando o nível do manancial alcançou 1,83 metro, segundo a Defesa Civil Estadual, ele pescou um peixe da espécie jaú de 1,66 metro e pesando 70 kg. Segundo um especialista, embora o animal seja comum na região Amazônica, é raro encontrar espécies desse porte no Rio Acre. Santos conta que costuma pescar sempre em um trecho do rio próximo à Ponte Juscelino Kubitschek, em Rio Branco, e há pouco mais de dois meses percebeu a presença da espécie no local. “Ele costumava quebrar muito as linhas de pesca da gente. Já tinha pegado outros como ele, mas de no máximo 15 quilos”, conta. Na tentativa bem-sucedida, ele diz que utilizou uma linha mais forte e um peixe da espécie curimatã como isca, além de esperar pouco mais de uma hora até atrair o animal. “Quando ele pegou, puxou de uma vez. Então, o fisguei e tive que tomar muito cuidado, para que ele não me jogasse dentro da água”, lembra. Dois amigos o ajudaram a puxar o peixe para o barco. Segundo o doutor em biotecnologia e nutrição de peixes Ricardo do Amaral Ribeiro, que administra a estação de piscicultura da Universidade Federal do Acre (Ufac), o jaú é uma espécie que compõe o grupo dos “grandes bagres da Amazônia”, que é composto ainda de espécies como surubim e jundiá. “São peixes que ficam sempre no fundo de lagos, rios e poços, principalmente no verão. É um animal carnívoro, comem material em decomposição no fundo dos mananciais e outros peixes”, explica. O especialista diz ainda que os animais costumam sofrer com a pesca predatória. “São muito perseguidos. Aqui no Rio Acre, em particular, como há uma pressão muito grande na pesca, é raro encontrar animais de grande porte”, explica. Ribeiro salienta ainda que embora a espécie capturada nesta segunda tenha um tamanho considerável, não é o maior que animais desse tipo podem chegar. “Não é nada de anormal para o jaú, ficam até maiores que esse tamanho. O que acontece que deixa as pessoas surpresas é porque foi pescado aqui no Rio Acre é raro”, acrescenta. O professor lamenta ainda que o animal tenha sido capturado em período de defeso. “É uma pena que esteja sendo feita pesca em período de defeso. Vai ter impacto no próximo ano em nossa produção, porque muitas fêmeas que iriam desovar foram capturadas”, finaliza.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Crocodilo 'passeia' em praia do México e assusta banhistas


Um crocodilo deu um susto nos banhistas de uma praia mexicana em Cozumel ao "passear" na are ia entre cadeiras de praia antes de voltar à água. A cena foi postada no YouTube pela usuária Iliana Acosta. O vídeo mostra um homem nervoso pedindo que os banhistas da praia Palancar se afastassem da água e deixassem espaço na areia para a passagem do réptil. Pouco depois, o crocodilo aparece, andando calmamente entre as cadeiras, em linha reta, e de volta à água. Depois que ele entra na água, vários banhistas o seguiram, registrando a cena em fotos e vídeos.

Algas 'guacamole' obrigam Flórida a declarar estado de emergência


O paraíso com sol e praia que os moradores e turistas da costa leste da Flórida (EUA) normalmente aproveitam no verão foi invadido por uma massa verde viscosa e com um cheiro horrível. A proliferação de algas tóxicas, que por seu aspecto foram batizadas de "guacamole", está prejudicando a economia local. O governador Rick Scott declarou estado de emergência para quatro condados que dependem fortemente do turismo. Estas algas, além disso, têm o potencial de destruir os ecossistemas da região, como explica o pesquisador Henry Briceño, da Universidade Internacional da Flórida. "É um espetáculo dantesco. As águas nos canais e rios têm um tapete verde, um limo cinzento e um cheiro de amônia", descreve Briceño à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC. As algas "guacamole" afetam desde o estuário do rio St. Lucie - onde há hotéis, residências privadas e clubes de iates - à lagoa Indian River, que abarca as localidades de Stuart, Port St. Lucie e Fort Pierce, e a parte das famosas praias de Palm Beach. Outros quatro condados foram obrigados a fechar praias e viram uma enorme queda na chegada de turistas nos últimos dias. "Isso destruiu nossa economia local e nosso modo de vida. Nossos cidadãos estão demandando ação rápida", disse a representante local Sarah Heard, do condado de Martin. E como chegou-se a esta situação? A "guacamole" é um tipo promitivo de alga, uma cianobactéria, microoganismo fotossintético de aspecto verde-azulado e viscoso, que se multiplicou nestes quatros condados, principalmente na água doce, mas, em menor medida, na água salgada. Em qualquer corpo de água do mundo existem algas, mas a reprodução deste microorganismo neste caso foi fora do comum. Isso se deve ao fato de que uma represa no lago Okeechobee, a oeste de West Palm Beach, estava liberando, até 1º de julho, cerca de 85 metros cúbicos de água por segundo, informou o Corpo de Engenheiros do Exército americano. "Essas águas têm altos conteúdos de nutrientes, especialmente fósforo e nitrogênio, e isso faz disparar a floração das algas", explica Henry Briceño.

Peixe-boi resgatado no rio Amazonas pode ser levado para instituto no Pará



O peixe-boi resgatado no rio Amazonas, em Macapá, no dia 26 de junho pelo Batalhão Ambiental, deve ser transferido para um instituto no Pará. A possibilidade é estudada por profissionais que acompanham o animal ameaçado de extinção. Ele estava encalhado em bancos de areia quando foi encontrado por banhistas. O instituto, localizado em Santarém, demonstrou interesse em cuidar do animal e entrou em contato com os policiais. O peixe-boi, que tem pouco mais de 1 mês de vida, está desde o dia 28 de junho no Parque Zoobotânico de Macapá, na rodovia JK. “A gente não tem o intuito de ficar com esse animal em cativeiro. Estamos cuidando dele e, assim que possível, ele deve retornar à natureza através dessa ONG de Santarém que vai fazer todo um trabalho pela experiência que tem em retornar o animal à natureza”, comentou o diretor-presidente da Fundação Parque Zoobotânico, Márcio Pimentel. A transferência depende de um pedido formal da instituição paraense para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) no Amapácom informações de como será feito o trabalho. O órgão é o responsável pelo monitoramento de mamíferos aquáticos. Caso a transferência não aconteça, o animal permanecerá no parque de Macapá. Um dos profissionais que estão se dedicando ao animal é o veterinário Luiz Sabioni. Ele é do instituto de pesquisa Mamirauá, que estuda mamíferos aquáticos amazônicos, e se ofereceu voluntariamente para observar o animal. “É uma espécie que requer cuidados detalhados. Há poucas instituições no Norte que tem uma logística bem definida para fazer a reabilitação com o intuito de reintroduzir o animal na natureza por ser uma espécie ameaçada de extinção. Minha vontade e a de todos que se preocupam com a conservação da espécie é devolver esse animal ao ambiente natural”, disse Sabioni. O especialista comentou que o animal resgatado é uma fêmea e pode ser da espécie de peixe-boi amazônico ou híbrido, que seria a mistura genética do amazônico com o marinho. Sabioni explicou que o mamífero está trocando de pele, fenômeno natural que indica poucos meses de vida do animal. O peixe-boi é amamentado com leite especial e hortaliças. Ele está sob os cuidados de veterinários do zoobotânico e do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa). Por enquanto, o mamífero está em uma caixa d’água no parque. O diretor informou que o animal deve ser transferido para uma piscina maior em poucos dias.