sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Biólogos localizam nova baleia morta em praia de SP; litoral já teve 11 casos



A cidade de Ilha Comprida, na região do Vale do Ribeira, no litoral de São Paulo, registrou o quarto encalhe de uma baleia jubarte na tarde desta quarta-feira (3). Este já é o 11º animal da espécie que aparece na região desde o mês de maio deste ano. As outras baleias foram encontradas mortas em praias de Guarujá (3), Peruíbe (2), Mongaguá (1) e Santos (1) ao longo dos meses de junho e julho. Já o aparecimento mais recente em Ilha Comprida aconteceu por volta das 14h, no Balneário Viaregio, a 18 km do Centro da cidade. "Acredito que essa baleia já estava morta há cerca de quatro dias e a maré só tenha trazido ela para perto da praia hoje. Pela breve análise que fizemos é uma baleia da espécie jubarte com cerca de 13 metros de comprimento", explica o biólogo Cristian Negrão. Apesar dos especialistas ainda não saberem ao certo o sexo do animal, Negrão explica que um estudo mais profundo sobre as causas da morte e características da baleia serão feitos nos próximos dias. "Já comunicamos uma equipe do Istituto de Pesquisas Cananéia (IPeC), que faz esse monitoramento das praias e animais na região e também a Ong Amigos do Mar. A retirada da baleia e o enterro devem ser feitos nesta quinta-feira. Antes disso vamos colher amostras para saber o que ocorreu, já que essa baleia não tinha nenhum ferimento aparente", acrescenta o biólogo. Extinção A baleia-jubarte é uma espécie ameaçada de extinção e não é típica da região sudeste do Brasil. Segundo especialistas, elas costumam ficar na região norte do país, no entanto, o litoral paulista está na área de passagem para esses mamímeros durante o período de reprodução. A grande incidência desses mamíferos mortos na costa do litoral paulista, no entanto, ainda estão sendo estudadas.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Baleia morta é retirada do mar após 'operação de resgate' em Santos, SP



Uma operação de resgate foi montada na tarde deste domingo (24), em Santos, no litoral de São Paulo, para retirar uma baleia morta que apareceu boiando no mar da cidade. O animal, que é um filhote, foi trazido até a faixa de areia com ajuda de embarcações Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) e depois colocada dentro de um caminhão com auxílio de um trator. A cena chamou a atenção de centenas de pessoas que curtiam o fim de tarde na Ponta da Praia. Segundo apurado pelo G1, nove baleias já foram encontradas mortas em praias do Litoral Sul Paulista desde o mês de maio. Além de Santos, três baleias encalharam em Guarujá, três em Ilha Comprida, na região do Vale do Ribeira [sendo a última na manhã deste domingo], uma em Mongaguá e uma em Peruíbe. Segundo biólogos e veterinários do Instituto Gremar, responsável pela reabilitação e resgate de animais marinhos na região, a baleia encontrada em Santos é da espécie franca, comum no litoral catarinense. Pesquisadores farão exame necrológico para descobrir as causas da morte.

Baleia jubarte e tartaruga aparecem mortas em praia de Ilha Comprida, SP



Uma baleia e uma tartaruga apareceram mortas na manhã deste domingo (24), na praia Boqueirão Centro, em Ilha Comprida, na região do Vale do Ribeira, ainda no litoral de São Paulo. Apesar dos animais terem sido encontrados em avançado estado de decomposição, o biólogo Cristian Negrão acredita que a baleia de cerca de 9 metros de comprimento seja uma fêmea da espécie jubarte e, a tartaruga, da espécie verde. A baleia-jubarte é uma espécie ameaçada de extinção e não é típica da região Sudeste do Brasil. Segundo especialistas, elas costumam ficar na região Norte do país, no entanto, o litoral paulista está na área de passagem para esses mamímeros, por conta da grande biodiversidade marinha e muitos cardumes. Este é o terceiro encalhe de baleia em Ilha Comprida este ano. No mês de maio, duas baleias-jubarte também apareceram mortas em praias da cidade. Uma delas tinha 15 metros de comprimento.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Aquecimento e degelo da Antártida têm breve pausa, diz estudo


O aquecimento e o degelo da Antártida tiveram uma breve pausa, segundo publicação de cientistas nesta quarta-feira (20). A península, um dos lugares da Terra que sofreu pelo aquecimento do clima no último século, voltou a se resfriar devido a alterações naturais no local. O aquecimento veloz registrado até o final dos anos 1990, que se estende rumo à América do Sul, desencadeou o rompimento de antigas plataformas de gelo, que são vastos fragmentos de gelo que flutuam no final das geleiras, e um declínio em algumas colônias de pinguins. Uma mudança para ventos mais frios e a chegada de mais gelo marítimo causaram um resfriamento na região, apesar do acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera. A análise foi publicada por cientistas na revista "Nature". "O aumento de gases de efeito estufa (...) está sendo sobrepujado nesta parte da Antártida" por variações naturais no clima local, disse o principal autor do estudo, John Turner, da Pesquisa Britânica na Antártida (BAS, na sigla em inglês). "Certamente não estamos dizendo que o aquecimento global acabou. Pelo contrário", disse ele em uma teleconferência a respeito do estudo. "Estamos destacando a complexidade da mudança climática." Desde aproximadamente 1998, as temperaturas do ar da Antártida diminuíram cerca de 0,5ºC por década, aproximadamente o mesmo ritmo que vinha subindo desde cerca de 1950. A estabilização do buraco da camada de ozônio sobre a Antártida, que protege o planeta dos raios ultravioleta, pode explicar em parte a alteração nos ventos que levaram ao resfriamento, segundo o estudo. Mas o aumento de gases de efeito estufa, sobretudo em razão da queima de combustíveis fósseis em todo o mundo, significa que o resfriamento deve ser só um evento isolado em um canto da Antártida. As temperaturas provavelmente devem voltar a subir e podem ter um acréscimo de 3ºC a 4ºC até o ano de 2.100, alertou Turner. Na cúpula climática de Paris em dezembro, quase 200 governos assinaram o acordo mais ambicioso até o momento para conter o aquecimento global, adotando a meta de eliminar o uso de combustíveis fósseis gradualmente até 2.100. Cerca de 10 plataformas de gelo diminuíram muito de tamanho ou se desintegraram na Antártida nas últimas décadas. Em 2014, no mesmo local, cientistas flagraram uma nova rachadura de dezenas de quilômetros de extensão em uma plataforma.