terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Tubarão fêmea surpreende cientistas ao dar à luz após 3 anos sem contato com macho




Um tubarão fêmea foi capaz de reproduzir num aquário em Townsville, na Austrália, três anos após ter sido separada de macho da espécie. Mesmo sem fertilização, Leonie, exemplar de uma espécie conhecida como tubarão-zebra, botou três ovos com embriões e deu à luz a Cleo, CC e Gemini. É o primeiro caso registrado de troca natural de tipo de reprodução - de acasalamento por reprodução assexuada - envolvendo tubarões e o terceiro relatado entre todas as espécies de vertebrados, segundo o jornal britânico "The Guardian". A descoberta foi publicada na revista científica Nature nesta segunda-feira (16). Capturada no mar em 1999, Leonie foi introduzida a um macho no aquário de Townsville, na costa Leste da Austrália, em 2006. Dois anos depois, começou a botar ovos e teve várias ninhadas por acasalamento antes de ser separada de seu companheiro em 2012 - o aquário decidiu reduzir seu programa de criação à época. Cleo e CC são os primeiros caos relatados de filhotes de tubarão criados a partir apenas de uma fêmea que já havia acasalado anteriormente Cleo e CC são os primeiros caos relatados de filhotes de tubarão criados a partir apenas de uma fêmea que já havia acasalado anteriormente (Foto: Tourism and Events Queensland) O artigo da revista "Nature" explica que "partenogênese é uma forma natural de reprodução assexuada em que os embriões se desenvolvem na ausência de fertilização" e é mais comum em plantas e organismos invertebrados. Os pesquisadores explicam que usaram testes de DNA para relatar "a primeira demonstração" de reprodução sem sexo em um tubarão que já havia acasalado anteriormente. De acordo com o artigo da "Nature", Lolly - uma das filhotes fêmeas de Leoni concebidas com fertilização ainda no tempo em que ela dividia o aquário com um macho - também botou ovo com embrião sem ter convivido com um macho depois que atingiu a maturidade sexual. "A demonstração da partenogênese nesses dois indivíduos com diferentes histórias sexuais fornece mais apoio para (a tese de) que os peixes elasmobrânquios são capazes de adaptar de forma flexível sua estratégia reprodutiva às circunstâncias ambientais", diz o resumo do artigo. Em 2014, funcionários do aquário de Townsville observaram que os ovos de Leonie e de sua filha Lolly tinham embriões. Tentaram incubá-los, mas não obtiveram sucesso. No ano seguinte, Leonie e Lolly produziram ovos que continham embriões. Juntas, elas tiveram cinco filhotes vivos, dos quais dois (Cleo, que nasceu de Leonie, e Kitkat, que veio de um ovo de Lolly) permanecem em exposição no aquário de Townsville, segundo o "Guardian". O fato de algumas espécies de tubarão botarem ovos com embriões sem a presença de um macho não é algo atípico. Mas trata-se do primeiro registro de um tubarão que naturalmente trocou a forma de reprodução de fecundação por partenogênese. Os testes genéticos dos filhotes de Leonie que nasceram depois que ela foi separada do macho indicaram que eles são resultado da reprodução assexuada e não de esperma armazenado - tubarões fêmeas armazenam esperma vindo dos machos por até quatro anos. "A maioria dos casos documentados de partenogênese facultativa em vertebrados foram registados de fêmeas em cativeiro que não tiveram exposição a machos durante toda a sua vida reprodutiva", salienta o artigo publicado na Nature. Por isso, o caso de Leoni, que foi capaz de dar à luz após três anos sem acasalar com um macho, surpreendeu os cientistas.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Mergulhador é atacado por tubarão e grava vídeo na Austrália



Um mergulhador foi atacado por um tubarão na costa da cidade de Queensland, na Austrália. Kerry Daniel, de 35 anos, conseguiu se defender com uma lança de pesca e gravou os momentos em que o animal se aproximou para o ataque. Nas imagens, o tubarão-cabeça-chata se aproxima em direção a Daniel pronto para a mordida. O animal é atingido pela lança dentro de sua arcada. Ele tenta se desvencilhar por um tempo. Depois, desiste e sai. “Ele arrancou a arma da minha mão e rasgou a linha [da lança] fora também”, disse Daniel ao “Daily Mail”. “Eu não percebi que a arma estava presa em sua boca. Fiquei esperando ele cuspir”. O mergulhador disse que não tem mais informações sobre o estado do tubarão. Espécie é conhecia por ser mais violenta e é comum em áreas costeiras e mais rasas nos trópicos.

Orcas entram na menopausa para evitarem competição com filhas, diz estudo



Cientistas britânicos conseguiram responder uma questão intrigante do mundo animal: por que a orca é uma das únicas espécies em que a fêmea entra na menopausa, assim como ocorre entre as humanas? Segundo um estudo, que levou em conta um conjunto de dados sobre orcas vivendo no Noroeste do Pacífico coletados durante 43 anos, as orcas param de se reproduzir e entram na menopausa para evitarem a competição com suas filhas. As orcas, também conhecidas como "baleias assassinas", começam a se reproduzir aos 15 anos e param quando chegam aos 30 ou 40. Depois disso, continuam a ter uma vida ativa e de liderança até os 90 anos. Estudos anteriores já tinham identificado o importante papel das orcas após a menopausa: elas são responsáveis por guiar os membros mais novos da comunidade para os locais mais favoráveis do oceano para se encontrar alimento. Porém, apenas o fato de elas se tornarem líderes depois de certa idade não justificaria, em termos evolutivos, a interrupção da fase reprodutiva. Segundo os pesquisadores, fêmeas de outras espécies também agem como líderes em idades mais avançadas e nem por isso param de se reproduzir. A análise dos dados coletados no Pacífico finalmente revelou uma resposta possível a esse mistério. Os cientistas constataram que quando orcas mais velhas se reproduzem ao mesmo tempo que suas filhas, a taxa de mortalidade dos filhotes das primeiras é 1,7 vezes maior do que a dos filhotes das mais jovens. Por isso as fêmeas mais velhas tendem a parar de se reproduzir quando fêmeas de uma geração mais nova começam a se reproduzir. Desta forma se evita a competição que pode ser nociva para a preservação da espécie.

Guia turístico morre atacado por crocodilos em reserva na África do Sul


Um guia turístico morreu ao ser atacado por crocodilos em uma reserva natural da África do Sul enquanto trabalhava em uma das balsas do complexo, informaram nesta segunda-feira (16) os veículos de imprensa sul-africanos. O incidente aconteceu neste fim de semana na reserva de Le Bonheur, situada na província de Cabo Ocidental, no sudoeste do país. Segundo a polícia, que abriu uma investigação sobre o incidente, o corpo do guia foi encontrado por seus colegas. Alguns deles tiveram que receber tratamento psicológico. Depois da morte, os donos da reserva suspenderam as visitas às balsas de crocodilos, que não serão retomadas até dentro de alguns dias. O complexo abriga mais de mil crocodilos e oferece a seus visitantes a possibilidade de ver os répteis debaixo d'água através de um vidro ou mergulhar dentro de uma jaula ao redor destes animais. O centro organiza também conferências, festas de casamento e de aniversário em suas instalações.