sexta-feira, 31 de março de 2017

Peixes-boi não são mais espécie em perigo de extinção


Os peixes-boi não são mais uma espécie "em perigo" de extinção, disseram autoridades americanas nesta quinta-feira (30), declarando sucesso após décadas de esforços para recuperar a população desses animais na Flórida e na região do Caribe. A população de peixes-boi das Índias Ocidentais na Flórida tem hoje cerca de 6.620 exemplares, "uma reviravolta dramática em relação à década de 1970, quando restavam apenas algumas centenas de indivíduos", disse uma declaração do Serviço para Peixes e Vida Selvagem dos Estados Unidos. Os peixes-boi são agora considerados "ameaçados", o que significa que eles estão protegidos pela Lei de Espécies Ameaçadas de Extinção, mas já não são considerados em perigo iminente de extinção em todas as suas variedades. A decisão se aplica ao peixe-boi das Índias Ocidentais, que inclui a subespécie do peixe-boi da Flórida, encontrada no sudeste dos Estados Unidos. Também se aplica ao peixe-boi antilhano, encontrado em Porto Rico, México, América Central, norte da América do Sul e Grandes e Pequenas Antilhas. "Embora ainda haja mais trabalho a ser feito para recuperar totalmente as populações de peixes-boi, particularmente no Caribe, o número de peixes-boi está aumentando e estamos trabalhando ativamente com parceiros para enfrentar as ameaças", disse Jim Kurth, diretor do Serviço para Peixes e Vida Selvagem.

quinta-feira, 30 de março de 2017

Após ciclone, tubarão é achado em rua de cidade australiana



A passagem do ciclone "Debbie", com ventos de 260 km/h, causou estragos e pânico no estado de Queensland, no nordeste da Austrália, mas também imagens inusitadas. Philip Calder, um jornalista que cobria o fenômeno natural para a emissora de TV Win News , fotografou um tubarão morto e coberto de lama em uma rua da cidade de Ayr, um dos locais afetados pelas enchentes provocadas pelo ciclone. Segundo Calder, o tubarão virou o principal tema de conversas no município, e muitas pessoas se aproximaram para tocá-lo. O "Debbie" perdeu força após tocar a terra firme, na última terça-feira (28).

sexta-feira, 24 de março de 2017

Tubarão-lixa que era mantido em aquário de casa em Ribeirão Preto é resgatado


Uma equipe de biólogos fez o transporte de um tubarão-lixa que estava morando no aquário de uma residência em Ribeirão Preto (SP). O animal, que está na lista de espécies ameaçadas de extinção, foi parar na casa após o dono ter adquirido o mesmo achando que ele não iria aumentar de tamanho. Ao notar que se tratava de um tubarão maior e que iria continuar crescendo, ele decidiu fazer uma entrega voluntária. O oceanógrafo Hugo Gallo Neto explica que essa não é a primeira vez que se depara com uma situação similar e conta que já realizou resgates em outras cidades sob condições similares no passado. O tubarão resgatado apresenta boas condições de saúde e agora será observado por veterinários até poder ser encaminhado a um ambiente próprio para ele. “Ele estava em um aquário há três anos e meio, cresceu e o proprietário, já preocupado com o animal, decidiu fazer uma entrega voluntária. Ele comunicou um órgão ambiental, o qual nos encaminhou e fomos buscar o animal em Ribeirão Preto”, explica Hugo. Inicialmente, o tubarão-lixa chegou às mãos do dono quando media aproximadamente 60 centímetros de comprimento. Segundo o oceanógrafo, o dono acreditou que ele não deveria ficar muito maior do que já estava e decidiu mantê-lo no aquário em sua casa. Com o passar dos anos, entretanto, o ‘pet’ acabou chegando a 1,70 m. “Ele foi deixando e acho que a pessoa, às vezes, quando vê que o animal entra na lista de ameaçados de extinção acaba sentindo medo de estar cometendo uma ilegalidade. Nesse caso, uma conhecida do dono ajudou a convencê-lo a fazer isso e quando finalmente conversamos ele ficou mais tranquilo ao saber que não ia sofrer nenhuma sanção”, diz. O resgate do tubarão foi realizado nesta quarta-feira (22) e o oceanógrafo explica que os donos de animais selvagens devem saber que é possível realizar uma entrega voluntária dos mesmos sem que o proprietário sofra qualquer tipo de penalidade. “Ao fazer uma entrega voluntária, os órgãos entendem que não existe uma aplicação de penalidade. A pessoa fica legalizada e o animal é encaminhado para um lugar melhor onde haverá cuidado constante, com mais espaço. É importante que exista um esclarecimento para que essas pessoas saibam como agir”, finaliza. O tubarão-lixa deverá seguir recebendo atendimento das equipes do Aquário de Ubatuba até que esteja apto para ser encaminhado para seu próprio tanque.

terça-feira, 21 de março de 2017

Ameaçada de extinção, vaquita marinha é encontrada morta em praia do México


Uma vaquita marinha, menor cetáceo do mundo, foi encontrada morta em uma praia no Golfo da Califórnia, no México. Em fevereiro, pesquisadores advertiram que há apenas 30 vaquitas restantes no mundo. Eles alertaram que a espécie pode ser extinta até 2022. Apesar das operações para interceptar redes de pesca ilegais no país, a situação dessa cetáceo é preocupante. "Com a taxa atual de perda, a vaquita seria extinta até 2022, a menos que a atual proibição a redes de pesca seja mantida e aplicada efetivamente", aponta. Uma análise realizada em novembro passado no Golfo da Califórnia, no noroeste do México, revelou que restavam apenas cerca de 30 vaquitas em seu habitat. Um censo anterior tinha encontrado, entre setembro e dezembro de 2015, o dobro de exemplares, enquanto em 2014 havia 100, e em 2012, cerca de 200. Em um esforço desesperado para salvar a vaquita, os cientistas propuseram capturar espécimes e transportá-los a um espaço cercado no Golfo da Califórnia, onde possam se reproduzir. Alguns ambientalistas se opõem a esta medida, devido ao risco de que as vaquitas morram durante o processo. Lorenzo Rojas-Bracho, membro do Cirva, disse à AFP que os cientistas tentarão capturar vaquitas em outubro. "A pesca ilegal continua, e se não as recolhemos vão morrer de todos os modos", assegurou. As autoridades e os ambientalistas estimam que as vaquitas morreram durante anos em redes destinadas a pescar ilegalmente outra espécie ameaçada, um grande peixe chamado totoaba, cuja bexiga natatória seca tem grande demanda no mercado negro da China. O Cirva recomenda colocar "urgentemente" as vaquitas em um santuário temporário nesta primavera (boreal) e mantê-las nesse lugar durante um ano, embora reconheça que pode ser difícil, ou até impossível, pôr em prática esta medida de conservação. "Ainda não está claro se as vaquitas podem ser capturadas de forma segura ou como reagiriam à manipulação, transporte e confinamento", afirma o comitê.