O Canadá ordenou nesta sexta-feira (11) que os barcos de grande porte, sejam eles navios de carga ou cruzeiros, devem reduzir a sua velocidade quando passarem pelo golfo de São Lourenço, situado no leste do país, visando a proteção das baleias.
"Para impedir a morte das baleias", o governo decidiu impor de forma imediata "um limite temporário de 10 nós para a velocidade dos barcos de mais de 20 metros quando atravessarem o oeste do golfo de São Lourenço".
Assim, os barcos deverão reduzir quase à metade a velocidade até então permitida.
A orca é uma das espécies mais ameaçadas de cetáceos no mundo. Existem somente cerca de 500 exemplares atualmente nos oceanos.
Uma dúzia de baleias apareceram mortas, foram rebocadas ou ficaram encalhadas desde o início da primavera no Hemisfério Norte, nesse golfo ou na costa noroeste dos Estados Unidos.
A maioria delas ficou presa em redes de pesca, ou apresentava sinais de colisão com navios.
Essa situação levou as autoridades a proibirem a pesca em várias zonas do golfo, em julho.
"É dever de todos nós velar pela proteção de nossos recursos marítimos para as futuras gerações e fazer tudo que está ao nosso alcance para impedir a morte das baleias", ressaltou o ministro dos Transportes, Marc Garneau.
As autoridades controlarão se a norma está sendo respeitada por meio de vigilância aérea e do uso de guardas-costas. Caso contrário, irão impor multas de até 25 mil dólares canadenses a quem descumpri-la.
A redução da velocidade é "uma medida preventiva até que as baleias saiam das zonas de risco", disse o ministro.
O ministro da Pesca, Dominic LeBlanc, estimou no início de agosto que existam cerca de "80 a 100" orcas no golfo de São Lourenço, "um número duas ou três vezes maior" que o registrado nos anos anteriores.
Quando uma baleia aparece morta, o procedimento usual é rebocá-la para a terra para realizar autópsia, que definirá a causa da sua morte.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
sexta-feira, 11 de agosto de 2017
Cientistas descobrem duas novas espécies de sapinhos-da-montanha, os minúsculos anfíbios do sul do Brasil
Eles são diferentes da maioria dos sapos. A começar pelo tamanho: medem de 10 a 12 milímetros, menos do que a cabeça de um lápis. Não nadam e, se caírem na água, podem até se afogar. Quase não pulam. Cantam (coaxam) de dia. E nunca passam pela fase de girino.
São os Brachycephalus, apelidados pelos cientistas de sapinhos-da-montanha, nativos da região montanhosa da Serra do Mar, no Paraná e em Santa Catarina, a cerca de 1.200 metros de altitude. Estão entre os menores anfíbios do mundo.
Agora, duas novas espécies acabam de ser catalogadas por biólogos brasileiros: a Brachycephalus coloratus, de cor laranja, e a Brachycephalus curupira, que é marrom. Ambas vivem em áreas de Mata Atlântica na região metropolitana de Curitiba (PR). Diferem de outras espécies identificadas anteriormente pelas cores e formato do corpo. A descoberta foi publicada em julho no periódico científico PeerJ.
"Não está totalmente esclarecido por que os sapinhos-da-montanha são tão pequenos. Eles passaram por um fenômeno evolutivo chamado de miniaturização. Acredita-se que, ao se adaptarem ao ambiente montanhoso, tiveram que diminuir de tamanho, para evitar ressecar e morrer", explica o pesquisador Luiz Fernando Ribeiro, integrante da equipe que fez a descoberta, da ONG Mater Natura Instituto de Estudos Ambientais. Apesar de serem úmidas, as áreas de montanhas onde os minissapos vivem não têm corpos de água, como rios, lagoas, poças.
Cada espécie ocupa uma região pouco extensa, com poucos hectares - às vezes uma única montanha. O coloratus, por exemplo, foi localizado em uma floresta da cidade de Piraquara. Já o curupira, em São José dos Pinhais.
"São regiões muito próximas da cidade. Apesar disso, ainda se consegue encontrar espécies novas. Isso mostra que a Mata Atlântica, apesar de ter diminuído muito, ainda abriga uma diversidade muito grande, desconhecida", diz Ribeiro.
Para descobrir as duas novas espécies de minianfíbios, os cientistas subiram montanhas da Serra do Mar paranaense e ficaram atentos aos sons. Os sapinhos-da-montanha coacham de dia, ao contrário da maioria dos sapos, que têm hábitos noturnos. Só os machos cantam, para marcar território.
A partir daí, é seguir o coachar. Mas, à medida que os pesquisadores se aproximam, os sapinhos-da-montanha se escondem entre as folhagens no chão e ficam em silêncio.
"É trabalhoso localizá-los. Eles pulam pouco, mais caminham muito no meio da floresta, são andarilhos. Como são muito pequenos, é muito difícil vê-los. Para achar alguns, é na sorte mesmo", conta Ribeiro.
Para facilitar as buscas, a equipe de cientistas usou gravador e microfone direcional para captar até os mínimos sons dos sapos. E depois, ficou tateando as folhagens.
As novas espécies são resistentes ao frio. Os pesquisadores chegaram a registrar 4º C negativos na montanha onde vive a Brachycephalus coloratus. É outra diferença em relação à maioria dos sapos, que gosta de ambientes quentes.
Muito pequenos, eles se alimentam de bichos menores ainda: invertebrados que vivem no chão, ácaros, formigas, aranhas.
O nome sapinhos-das-montanhas é uma alusão aos gorilas-das-montanhas africanos. Começaram a ser encontrados a partir do ano 2000. Desde então, o número de espécies conhecidas está aumentando. Só em 2015, foram catalogadas pelo menos 8 delas. E mais descobertas ainda podem ocorrer.
quinta-feira, 10 de agosto de 2017
Baleia jubarte viva encalha em praia de Linhares, no Norte do ES
Uma baleia jubarte viva encalhou na Praia de Urussuquara, em Linhares, no Norte do Espírito Santo, nesta sexta-feira (4). O animal é considerado quase adulto el tem aproximadamente nove metros.
Um equipe já foi ao local para realizar os primeiros procedimentos. Um trecho da praia foi interditado.
Nesta época do ano, é comum que esses animais passem pelo litoral do Espírito Santo, para o período de reprodução.
Nos últimos dias, outros animais apareceram encalhados em praias do Estado.
Um filhote de baleia jubarte, recém-nascido, foi encontrado no sábado (29), dentro da área do Parque Paulo Cesar Vinha, em Guarapari, em um local de difícil acesso. O animal media quase quatro metros de comprimento e estava com algumas lesões no corpo.
Uma baleia de 11 metros apareceu morta na tarde de sábado (29), em Marataízes, no litoral Sul do Espírito Santo. O animal foi enterrado na terça-feira (1), após uma operação que durou mais de cinco horas.
Filhote de baleia jubarte é encontrado morto no Litoral Norte de Alagoas
Um filhote de baleia jubarte foi achado morto nesta quarta-feira (9) nas areias da praia de Japaratinga, no Litoral Norte de Alagoas.
Segundo a veterinária do Instituto Biota de Conservação, Luciana Medeiros, o corpo do mamífero já está em estado avançado de decomposição.
A veterinária afirma que esta não é a primeira ocorrência de encalhe de baleias este ano em Alagoas.
Em julho, uma outra encalhou viva em Jequiá da Praia, Litoral Sul de Alagoas, mas conseguiu voltar para o mar. Em junho, outra baleia encalhou no município de Porto de Pedras, mas não resistiu.
"Os mamíferos marinhos podem encalhar por doenças e dependência materna, já que muitos filhotes se perdem e não sobrevivem. Eles sofrem as consequências da poluição marinha, por interações com artefatos de pescas em alto-mar e também devido às atividades sísmicas da exploração de petróleo", disse.
O Biota explica ainda que a prefeitura da cidade é que está providenciando a retirada da baleia e conta que ela foi encontrada por populares, que avisaram da ocorrência ao Instituto por volta de 8h.
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