Milhares de estrelas-do-mar mortas foram parar em uma praia na cidade de Ramsgate, no sudeste da Inglaterra no domingo (4), e as imagens foram registradas em um vídeo exibido em redes sociais.
A filmagem mostrava alguns dos invertebrados marinhos quebrados após dias de temperaturas abaixo de zero que congelaram grande parte do Reino Unido entre os dias 27 de fevereiro e 3 de março.
O morador de Ramsgate Chris Constantine, que filmou a cena, disse que “ver tantos milhares mortos em nossa praia foi perturbador”. Ele acrescentou que também havia lagostas, caranguejos, gaivotas e peixes mortos na praia.
Constantine disse que, embora animais marinhos mortos já tenham aparecido na costa depois de outras tempestades e mudanças de temperatura, ele nunca tinha visto nada nessa escala.
Na segunda-feira (5), a Sociedade de Conservação Marinha do Reino Unido informou que “a causa parece ser uma combinação de frio extremo (onde a água rasa congelou, ou chegou perto de congelar) e a profundidade em que as ondas de tempestade penetraram”.
"O sul do Mar do Norte é particularmente superficial, então pode ter havido poucos locais ‘seguros’ (para a vida marinha) se refugiar", disse a organização em seu site.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
terça-feira, 6 de março de 2018
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
Peixe se reproduz sem sexo e desafia teoria de extinção da espécie
A teoria da evolução sugere que as espécies que se reproduzem de forma assexuada tendem a desaparecer rapidamente, uma vez que seu genoma acumula mutações mortais ao longo do tempo.
Mas um estudo sobre um peixe lançou dúvidas sobre a velocidade desse declínio.
Apesar de milhares de anos de reprodução assexuada, o genoma da molinésia-amazona (amazon molly, em inglês), que vive no México e no sul dos Estados Unidos, é notavelmente estável e a espécie sobreviveu.
Os detalhes do trabalho foram publicados na revista Nature Ecology and Evolution.
Há dois caminhos fundamentais pelos quais espécies se reproduzem - a forma sexuada e a assexuada.
A reprodução sexuada depende de células especiais reprodutivas masculinas e femininas, como os óvulos e os espermatozoides, juntando-se durante o processo de fertilização.
Cada célula sexual contém metade do número de cromossomos das células parentais normais. Depois da fertilização, quando o óvulo e o espermatozóide se fundem, o número normal do cromossomo celular é reintegrado.
A reprodução assexuada é diferente.
Em vez de criar uma nova geração misturando medidas iguais de DNA das mães e dos pais, a reprodução assexuada dispensa o macho e, em vez disso, cria novos descendentes contendo uma cópia exata do genoma da mãe - uma clonagem materna natural.
Essa é uma maneira incrivelmente eficiente de criar uma nova vida. Ao não desperdiçar material genético na criação de machos, todos os descendentes nascidos a partir da reprodução assexuada podem continuar se reproduzindo.
Mas há um ponto negativo. Como os descendentes são fac-símiles genéticos da mãe, eles apresentam uma variabilidade limitada.
E a variabilidade genética pode proporcionar uma grande vantagem. É justamente o que permite que as populações respondam e superem as mudanças no meio ambiente e outras pressões seletivas, ao permitir a sobrevivência dos mais adaptados.
A reprodução sexuada proporciona um grande espaço para gerar essa variabilidade genética, quando os pedaços de cromossomos individuais se recombinam assim que os óvulos e os espermatozoides se fundem e formam combinações únicas de cromossomos.
Outra vantagem da reprodução sexuada é que as mutações nocivas, que se acumulam naturalmente ao longo do tempo, são diluídas e seus efeitos anulados durante essa mistura genética.
Já os organismos que dependem da reprodução assexuada são propensos a perder essas vantagens.
O professor Manfred Schartl, da Universidade de Würzburg, é um dos principais autores do estudo e diz: "As previsões teóricas eram que uma espécie assexuada passaria por decomposição genômica e acumularia muitas mutações ruins e, sendo clonada, não seria possível depender da diversidade genética para reagir a novos parasitas ou outras mudanças no meio ambiente."
Foca resgatada com frisbee entalado no pescoço é devolvida ao mar na Inglaterra
Uma foca que apareceu numa praia britânica com um frisbee preso em seu pescoço foi devolvida ao mar após meses de reabilitação.
A foca cinzenta, que ganhou o apelido de Mrs. Frisbee, foi achada em setembro na praia de Horsey, em Norfolk, Inglaterra, com um disco plástico no seu pescoço, causando ferimentos em sua pele.
Uma entidade de apoio às focas resgatou o animal e a levou ao Centro de Vida Selvagem East Winch, da sociedade protetora dos animais.
A foca estava em estado grave e sua sobrevivência era incerta, mas ela conseguiu melhorar e sobreviver, passando de 66 kg para 179 kg.
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
A criativa solução da Noruega para acabar com o lixo plástico nos oceanos
A Noruega tem o que especialistas consideram o melhor sistema de reciclagem de garrafas plásticas do mundo. Ali, quase 600 milhões de garrafas foram recicladas em 2016 - uma taxa de reciclagem de 97%.
No Brasil, para efeitos de comparação, a proporção é de 50%.
No país europeu, funciona assim: lojas instalam máquinas que recompensam clientes que devolvem garrafas plásticas.
"Quando você compra uma garrafa de refrigerante... você paga uma coroa norueguesa a mais e, quando a colocamos na máquina, recuperamos o dinheiro", diz uma cliente.
O esquema reduz a necessidade de se produzir mais plástico.
"Uma garrafa pode ser reciclada mais de uma vez. Na verdade, 12 vezes. Separamos as transparentes das coloridas. As transparentes são usadas para criar novas garrafas", diz Kjell Clav Maldum, diretor da Infinitum, de reciclagem de embalagens plásticas.
"As coloridas são usadas para produzir outros materiais plásticos", completa ele.
Mas quem paga por isso?
As fabricantes de bebidas. É voluntário, mas quem adere ao sistema paga menos imposto.
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