terça-feira, 4 de setembro de 2018

Mais de 300 tartarugas morrem em redes de pesca ilegal no México


As imagens compartilhadas pela Defesa Civil de Oaxaca, no México, são devastadoras: incontáveis tartarugas mortas flutuando no mar. E, nesta quarta-feira, o governo do Estado de Oaxaca confirmou que pelo menos 303 tartarugas-oliva, que correm risco de extinção, morreram após ficarem presas em duas redes de pesca ilegal na costa mexicana do Pacífico. "A Procuradoria de Proteção Ambiental de Oaxaca confirmou que a morte das tartarugas foi causada por uma rede de pesca proibida, usada para pegar o peixe garapau", disse em um comunicado. As tartarugas-oliva - menor espécie de tartarugas marinhas - foram encontradas perto da costa da cidade de Puerto Escondido, cerca de 760 km a sudoeste da Cidade do México. "Inicialmente, recebemos um relatório de que havia duas redes onde estavam 300 tartarugas, mas esse número pode mudar", disse à agência de notícias EFE, o diretor do gabinete de Defesa Civil na cidade de San Pedro Mixtepec, José Antonio Ramirez. "Encontramos esta rede conhecida como tresmalho e nos disseram que os pescadores não são deste lugar. Elas não são usadas nestas praias e talvez possam ter sido abandonadas por um navio que não percebeu sua perda e matou as tartarugas", acrescentou. Após o primeiro relato de que cerca de 300 tartarugas haviam se enroscado nas redes, os pescadores locais tentaram libertar os animais, mas sem sucesso. Quando membros da equipe de Defesa Civil chegaram ao local, descobriram que todas as tartarugas haviam morrido. Uma única sobrevivente, que havia sido resgatada pelos pescadores, morreu ao chegar à praia. Ali mesmo, os pescadores cavaram um buraco e enterraram os animais. Tanto as autoridades pesqueiras da área quanto o Estado disseram que não se tratou de um ato intencional, mas que as tartarugas se encontraram com a rede e não conseguiram escapar.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Aquário de Paris acolhe peixes abandonados






Os moradores de Paris que não podem mais cuidar de seus peixes podem levá-los ao aquário da cidade. Muitos visitantes não sabem, mas, entre os 7,5 mil peixes que vivem lá, cerca de 600 foram deixados por antigos proprietários. “Meu peixe não para de crescer, ele tenta atacar meus outros peixes, por isso, decidi deixá-lo aqui. Sei que vai ficar melhor aqui com outros peixes do que em um lago com predadores”, afirma a menina Cléophee à AFP. Todos os peixes passam um período em quarentena para se tratar de possíveis doenças, ou mesmo de estresse, antes de seguir para um aquário maior. Neste período eles redescobrem a vida em comunidade. Alexis Powilewicz, responsável pelo Aquário de Paris, afirma que os animais não são objetos de decoração e precisam de condições especiais para viver bem em uma casa. Biólogos que trabalham no aquário falam com os visitantes sobre os cuidados que devem ter com os peixes. Em aquários sem sistema de filtragem adaptado, os peixes sofrem com as trocas de água frequentes, com a mudança de temperatura da água e com a falta de oxigênio. Os Carassius auratus, também conhecidos como peixinhos dourados, preferem viver em grupo e precisam de espaço para crescer. Em um aquário pequeno, sua expectativa de vida é de quatro anos. Porém, se criados em boas condições, eles podem chegar a 30 centímetros e viver 20 anos.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Mais de 50 pinguins são achados mortos em praia de SP: 'Pena'



Pelo menos 57 pinguins foram encontrados mortos em uma praia ao Sul de Ilha Comprida, no litoral de São Paulo. O registro, feito por um morador da cidade, acontece duas semanas após mais de 200 animais da mesma espécie serem achados sem vida nas praias do município e, também, em Iguape e na Ilha do Cardoso, na mesma região. Imagens obtidas pelo G1 mostram os animais aglomerados em uma área de restinga, conhecida como Barra do Capivaru. Segundo um morador da região, que não quis se identificar, o fato chamou a atenção, inicialmente, pela quantidade de urubus que sobrevoavam um barranco. "O forte cheiro também despertou curiosidade. Fui até lá e vi a cena. Deu pena", diz. Segundo ele, todos os animais reunidos já estavam em estado de decomposição. Eles foram encontrados na terça-feira (21), mas o registro foi divulgado apenas na manhã desta quinta-feira (23). De acordo com Daniela Ferro de Godoy, coordenadora do Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC), tratam-se de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), mesma espécie dos mais de 200 encontrados, em 8 de agosto, nas praias do Litoral Sul. "Todos já foram registrados, porém, quando estão em um estado avançado de decomposição, como é o caso, a necropsia se torna inviável. Por isso, a pedido das Unidades de Conservação, deixamos esses animais na praia para não prejudicar o ecossistema marinho", explica. As equipes de monitoramento do IPeC retiram não só pinguins, mas outros animais marinhos encontrados mortos nesse estado da linha da maré, removendo-os até a restinga. "Isso serve para que eles não sejam movidos pela água, e contabilizados erroneamente no monitoramento do dia seguinte", explica. Os pinguins-de-magalhães são habitantes das zonas costeiras da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas, migrando por vezes até o Brasil, no Oceano Atlântico, nas épocas mais frias. É neste período que eles encontram, na costa brasileira, águas mais quentes e comida mais fácil. "Todos os animais marinhos encontrados encalhados vivos são levados para o Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos do IPeC. Lá, eles passam por tratamento e, no caso dos animais mortos, passam por necropsia para tentar descobrir as causas da morte", explica. Banhistas e moradores que avistarem animais marinhos vivos ou mortos encalhados em praias daquela região podem entrar em contato com o IPeC, que faz a coleta das espécies, no telefone 0800-6423341. O número funciona todos os dias, incluindo feriados.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Orca deixa corpo de filhote morto após 17 dias carregando animal



Tahlequah, a mãe orca que chamou atenção por carregar seu filhote morto durante 17 dias no mar, não está mais carregando o corpo. Segundo o jornal "The Seattle Times", a orca foi vista por pesquisadores no sábado (11) nadando sem o corpo e junto de outras orcas. Tahlequah faz parte de um grupo de orcas monitorado por pesquisadores. Ela é conhecida como J35. “J35 passou pela minha janela hoje com outras baleias J, e ela parece vigorosa e saudável”, escreveu Ken Balcomb, diretor fundador do Center for Whale Research, em um e-mail ao "The Seattle Times". Balcomb disse que J35 provavelmente perdeu dois outros filhotes desde que deu à luz um filhote em 2010. A perda do filhote mais recente "pode ​​ter sido emocionalmente difícil para ela", disse Balcomb. “Ela está viva e bem e superou essa parte de sua dor. Hoje foi o primeiro dia que eu com certeza a vi. Não está mais lá." J35 não mostrou sinais de “cabeça de amendoim”, uma condição que revela a desnutrição em uma orca, quando ossos do crânio começam a aparecer. "Ela está comendo", disse Balcomb. A falta de comida também está ligada ao fracasso destas orcas em não conseguirem se reproduzier normalmente há três anos. "A razão pela qual J35 perdeu o bebê e os outros estão perdendo seus bebês é que não há salmão suficiente", disse Balcomb sobre a principal fonte de alimento das orcas. "Espero que façamos algo sobre isso." Estas orcas residentes do sul do Canadá e dos Estados Unidos correm risco de extinção. Elas dependem para alimentação do salmão-rei, que esteve em grave declínio nos últimos anos. A comunidade, que tem cerca de 75 indivíduos, é frequentemente encontrada perto da ilha de Vancouver, no Canadá, e nas águas marítimas do Estado de Washington, nos EUA.