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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Mais de 300 tartarugas morrem em redes de pesca ilegal no México


As imagens compartilhadas pela Defesa Civil de Oaxaca, no México, são devastadoras: incontáveis tartarugas mortas flutuando no mar. E, nesta quarta-feira, o governo do Estado de Oaxaca confirmou que pelo menos 303 tartarugas-oliva, que correm risco de extinção, morreram após ficarem presas em duas redes de pesca ilegal na costa mexicana do Pacífico. "A Procuradoria de Proteção Ambiental de Oaxaca confirmou que a morte das tartarugas foi causada por uma rede de pesca proibida, usada para pegar o peixe garapau", disse em um comunicado. As tartarugas-oliva - menor espécie de tartarugas marinhas - foram encontradas perto da costa da cidade de Puerto Escondido, cerca de 760 km a sudoeste da Cidade do México. "Inicialmente, recebemos um relatório de que havia duas redes onde estavam 300 tartarugas, mas esse número pode mudar", disse à agência de notícias EFE, o diretor do gabinete de Defesa Civil na cidade de San Pedro Mixtepec, José Antonio Ramirez. "Encontramos esta rede conhecida como tresmalho e nos disseram que os pescadores não são deste lugar. Elas não são usadas nestas praias e talvez possam ter sido abandonadas por um navio que não percebeu sua perda e matou as tartarugas", acrescentou. Após o primeiro relato de que cerca de 300 tartarugas haviam se enroscado nas redes, os pescadores locais tentaram libertar os animais, mas sem sucesso. Quando membros da equipe de Defesa Civil chegaram ao local, descobriram que todas as tartarugas haviam morrido. Uma única sobrevivente, que havia sido resgatada pelos pescadores, morreu ao chegar à praia. Ali mesmo, os pescadores cavaram um buraco e enterraram os animais. Tanto as autoridades pesqueiras da área quanto o Estado disseram que não se tratou de um ato intencional, mas que as tartarugas se encontraram com a rede e não conseguiram escapar.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Japão mata 177 baleias na costa do Pacífico para 'fins científicos'



Os japoneses mataram 177 baleias na costa nordeste do arquipélago no Pacífico, em uma missão que teria "fins científicos", segundo anunciou nesta terça-feira (26) a agência de pesca japonesa. Três navios especializados em caça às baleias iniciaram a missão em junho e capturaram 43 baleias Minke e 143 baleias-sei, de acordo com a agência. Segundo os japoneses, a caça às baleias seria "necessária" para calcular a quantidade de potenciais capturas a longo prazo, justificou a agência, que tem como objetivo "retomar algum dia a pesca comercial", segundo explicou o funcionário da agência Kohei Ito. O Japão é signatário da moratória da caça às baleias da Comissão Baleeira Internacional (CBI), mas afirma que recorre à medida com fins de pesquisa, no Pacífico e na Antártica. As organizações de defesa das baleias denunciam a alegação japonesa, assim como vários países, que consideram que Tóquio utiliza de maneira desonesta uma exceção da proibição da caça aos cetáceos, de 1986. Em 2014, o Tribunal Internacional de Justiça exigiu de Tóquio o fim da caça às baleias no Atlântico, por considerar que os japoneses não cumpriam os critérios científicos exigidos. O Japão cancelou a temporada de caça de inverno de 2014-2015, mas retomou a pesca no ano seguinte. O Oceano Antártico já foi cenário de confrontos entre baleeiros japoneses e defensores dos cetáceos. No mês passado, a organização ecologista Sea Shepherd anunciou a desistência de tentar impedir a ação dos baleeiros japoneses no Sul, reconhecendo seus próprios limites ante a potência marítima nipônica. A Noruega, que se opôs à moratória de 1986 e considera que esta não a afeta, e a Islândia, são os únicos dois países no mundo que praticam abertamente a caça comercial. O Japão tenta provar que a população de cetáceos é suficientemente grande para suportar a retomada da caça comercial. O consumo da baleia tem uma longa tradição no Japão, onde a caça é praticada há muitos séculos. A indústria baleeira teve seu auge depois da Segunda Guerra Mundial. Mas a demanda dos consumidores japoneses caiu consideravelmente nos últimos anos, o que provoca muitos questionamentos sobre o sentido das missões científicas.

sábado, 14 de março de 2015

Temperatura mais quente no Pacífico altera cor dos corais, dizem cientistas


Os recifes de corais do Pacífico Norte sofrem atualmente um processo de embranquecimento por causa de um fenômeno meteorológico similar ao El Niño, que aumenta a temperatura dos oceanos. A situação mais dramática acontece nas Ilhas Marshall, onde o embranquecimento observado desde setembro é o pior já registrado, de acordo com Karl Fellenius, oceanógrafo da Universidade do Havaí, com base em Majuro, capital dessas islas. Segundo C. Mark Eakin, da Vigilância de Recifes da Agência Nacional Oceânica e Atmosférica americana (NOAA), o Pacífico Norte em seu conjunto se vê afetado por este fenômeno. Os novos recordes de estresse térmico na parte setentrional do Pacífico é um fenômeno natural que ocorre nos lugares em que a água circula pouco, em períodos de marés de pouca amplitude e fortes calores, e à pouca profundidade. Mas a magnitude do fenômeno estudado só pode ser explicado "pelas emissões de gases de efeito estufa, que fazem aumentar a temperatura nos oceanos", afirma Fellenius. A temperatura das águas mais superficiais é entre meio e um grau superior ao normal há vários meses, uma diferença suficiente para afetar os frágeis, acrescenta o científico. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) previu na recente cúpula de Lima que as temperaturas constatadas entre janeiro e outubro ao redor do globo, poderão fazer de 2014 o ano mais quente desde 1880, quando os registros históricos tiveram início.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Pescador de Cingapura fisga peixe misterioso em ilha no Pacífico


O pescador cingapuriano Kelvin Ng fisgou um peixe misterioso de 3,5 quilos ao visitar a remota ilha do Natal, no Oceano Pacífico, no dia 8 de agosto. Após ser pesado e fotografado, o peixe foi devolvido ao mar, segundo a Associação Internacional de Pesca Esportiva (IGFA).

domingo, 2 de novembro de 2008

Elefantes Marinhos 01





O elefante-marinho (Mirounga spp.) é um mamífero carnívoro pinípede, focídeo, perfeitamente adaptado à vida aquática. Há duas espécies reconhecidas: Elefante-marinho-do-norte, espécie ártica, habita o Pacífico, nas costas da Califórnia, México e Guadalupe. Elefante-marinho-do-sul Os elefantes-marinhos são grandes mamíferos: a fêmea atinge 3,50 metros e o macho até 6,5 metros, pesando até 6 toneladas. A cabeça é grande, com olhos grandes e salientes e arcadas superciliares com pelos rígidos. Nos machos, o nariz alonga-se numa espécie de tromba, que originou o nome popular da espécie. Os membros anteriores, apesar de robustos, não proporcionam bom rendimento em terra; os posteriores, muito fortes, com cinco dedos e fendidos ao meio, formam uma espécie de remo cada um. Os elefantes-marinhos passam cerca de 80% das suas vidas a nadar nos oceanos, podem estar até 80 minutos sem respirar e mergulhar até aos 1700 metros de profundidade. A época de reprodução dura apenas cerca de um mês no Verão do hemisfério onde vivem. Neste período as fêmeas concentram-se em colônias numerosas localizadas e praias e separadas por haréns controlados por um macho dominante. A fêmea dá à luz uma cria, que amamenta apenas durante este período sem nunca se afastar para se alimentar. Ao fim deste tempo, já fecundada de novo, a fêmea regressa ao mar abandonando o harém e as crias. Cada macho dominante tem que lutar contra invasões de vizinhos e tentativas de usurpação, ao mesmo tempo que tenta cobrir o maior número possível de fêmeas no seu território. O stress da época de reprodução é tão grande para os machos que muitos deles morrem de exaustão no fim da estação. A esperança de vida média das fêmeas, que atingem a maturidade sexual aos 3-4 anos, é de cerca de 20 anos. Os machos só adquirem o estatuto de macho dominante por volta dos 8 e raramente vivem além dos 10-11 anos. Os elefantes-marinhos foram caçados em abundância pela sua pele, gordura e óleos e estiveram à beira da extinção no século XIX. Atualmente estão fora de perigo, a sua caça é proibida e seus únicos predadores são a orca e o tubarão branco.