Os indivíduos desta família são peixes de couro, com grandes variações cromáticas e até estruturais. Tem o corpo alongado a ligeiramente comprimido, alto, no início da nadadeira dorsal, afunilando em direção à cabeça e à nadadeira caudal. Sua cabeça é cônica com os olhos situados lateralmente. Nadadeira caudal bifurcada e inúmeros barbilhões ao redor da boca. Os barbilhões maxilares ultrapassam a metade do corpo.
Esta espécie possui coloração tom pardo na região dorsal, passando para amarelada nos flancos e branca no ventre. Apresenta também de três a cinco séries de grandes manchas escuras ao longo do corpo e pintas nas nadadeiras.
Embora a literatura científica indique que Pimelodus maculatus é nativo das bacias do São Francisco e do Paraná, a espécie ocorre em praticamente todas bacias hidrográficas brasileiras. Encontrado principalmente em pedreiras ou canais de maiores profundidades.
Também conhecido como Mandiuva, Mandi Amarelo, Mandi Pintado e Mandi Chorão (emite um som parecido com um choro quando fora d’agua).
Bastante apreciado na culinária e pesca esportiva, é um peixe que sua pescaria não exige muita técnica e pode trazer boa diversão além de ter sabor apreciado por muitas pessoas.
Possui esporões farpados nas nadadeiras peitorais e dorsal bastante rígido que podem causar dolorosa ferida, caso não sejam manuseados com cautela. Embora inofensiva, a sensação ao ser picado é bastante desagradável com dor aguda e inchaço local. A toxina responsável está contida no muco que reveste o espinho.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
Espécies em extinção: a força-tarefa de cientistas para salvar o 'peixe que anda' da Tasmânia
Cientistas estão tentando evitar a extinção de uma espécie de peixe que "anda". Trata-se do peixe-mão manchado.
Em vez de nadar, essa espécie prefere caminhar no fundo do mar.
"Eles conseguem nadar, mas 'nadam como as galinhas voam'", explica Tim Lynch, cientista do CSIRO (Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation), órgão nacional para pesquisa científica na Austrália.
Antes dos anos 80, o peixe-mão manchado era normalmente visto no sudeste da Tasmânia (Austrália), mas, hoje em dia, pode ser encontrado apenas em uma pequena área da ilha.
"Fomos a nove locais diferentes, pegamos alguns adultos de sexos diferentes, trouxemos para o cativeiro e ficamos empolgados quando eles acasalaram e vimos os ovos. Temos agora 70 filhotes em cativeiro", acrescenta.
Segundo Lynch, "é uma sensação fantástica ver esses peixinhos no fundo do tanque e também parece que, se não conseguimos estabilizar, pelo menos, estamos freando o declínio da espécie em seu habitat natural".
terça-feira, 5 de fevereiro de 2019
Sapo Romeu, o mais solitário do mundo, finalmente conhece sua parceira Julieta
Um sapo ameaçado de extinção, que passou mais de 10 anos isolado em um aquário na Bolívia, vai finalmente ganhar uma companheira.
Conhecido como o anfíbio mais solitário do mundo, Romeu é um sapo-aquático-de-sehuencas (Telmatobius yuracare) — acreditava-se até agora que ele era o último representante da espécie.
Mas os cientistas dizem ter encontrado Julieta, que será sua parceira, durante uma expedição a uma remota floresta nublada do país.
Ela foi capturada junto a outros quatro sapos da espécie em um riacho. A ideia é que eles se reproduzam e sejam reintroduzidos de volta à natureza.
Teresa Camacho Badani é chefe de herpetologia do Museu de História Natural Alcide d'Orbigny, na cidade boliviana de Cochabamba, e líder da expedição. Ela está confiante na teoria de que os opostos se atraem, mesmo se tratando de sapos:
"Romeu é muito calmo e relaxado, ele não se mexe muito", disse ela à BBC News. "Ele é saudável e gosta de comer, mas é meio tímido e lento."
Já Julieta tem uma personalidade muito diferente.
"Ela é bem enérgica, nada muito e come bastante. Às vezes tenta escapar."
Os cinco sapos capturados — três machos e duas fêmeas — são os primeiros sapo-aquático-de-sehuencas vistos na natureza em uma década, apesar das buscas realizadas na selva boliviana.
Quando Romeu foi descoberto, há 10 anos, os biólogos sabiam que a espécie estava ameaçada, mas não esperavam que ele permanecesse sozinho por tanto tempo.
A busca por uma companheira para Romeu atraiu a atenção internacional há um ano, quando ele chegou a ganhar um perfil em um site de relacionamentos.
Os animais recém-descobertos estão agora em quarentena no centro de conservação do museu, onde segue a corrida para impedir a extinção da espécie.
A espécie ameaçada
O sapo-aquático-de-sehuencas (Telmatobius yuracare) já foi abundante em pequenos córregos, rios e lagoas das florestas nubladas no alto das montanhas da Bolívia.
A população de sapos aquáticos está diminuindo rapidamente na Bolívia, no Equador e no Peru.
Eles enfrentam uma combinação de ameaças, incluindo mudanças climáticas, destruição de habitat e a introdução de trutas invasivas.
Chris Jordan, da organização Global Wildlife Conservation, que está apoiando os esforços de conservação dos anfíbios, disse que há risco de levar os animais para cativeiro.
No entanto, há muito poucos sapos desta espécie na natureza para manter uma população viável no longo prazo.
"Temos uma chance real de salvar os sapos sehuencas — restaurando uma parte única da diversidade de vida que é a base das florestas da Bolívia, e gerando informações importantes sobre como recuperar espécies semelhantes com grave risco de extinção."
Osapos recém-descobertos vão receber tratamento para se proteger contra quitridiomicose, doença infecciosa que está exterminando anfíbios em todo o mundo.
Depois disso, Romeu vai se encontrar finalmente com Julieta, em uma tentativa de produzir descendentes que vão poder finalmente ser devolvidos ao seu habitat natural.
Na Bolívia, 22% das espécies de anfíbios enfrentam algum grau de ameaça de extinção — seja pela perda de habitat, a poluição ou a mudança climática.
Teresa Camacho Badani diz que a história de Romeu é importante para chamar a atenção para a situação dos anfíbios.
A expedição não encontrou nenhum outro sapo aquático em riachos vizinhos, levantando questões preocupantes sobre a saúde do ecossistema.
"É realmente uma boa oportunidade de usar o Romeu para ajudar a entender essas ameaças, ajudar a entender como trazer essas espécies de volta, mas também para aproveitar o espaço global que Romeu e sua espécie têm agora", diz ela.
Outros anfíbios, como o sapo-parteiro-de-maiorca, da Espanha, e o sapo-de-Kihansi, da Tanzânia, procriaram e foram reintroduzidos na natureza a partir de apenas alguns representantes da espécie no passado.
"Eles oferecem esperança, no contexto desta sexta extinção em massa, de que há soluções para manter nossa biodiversidade maravilhosa, para proteger espécies ameaçadas e até extintas na natureza e trazê-las de volta para recuperar algumas das belezas desses ecossistemas", afirma Jordan.
Todas as espécies são importantes e não devem ser subestimadas, já que seu DNA representa milhões e milhões de anos de evolução, acrescenta.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019
Tucunaré - Cichia spp
Tucunaré, do Tupi "tucun" (árvore) e "aré" (amigo), ou seja, "amigo da árvore", Cichla spp., é uma espécie de peixe presente nos rios da América do Sul, em especial do Brasil, também conhecida como tucunaré-açu, tucunaré-paca, tucunaré-pinima, tucunaré-pitanga, tucunaré-vermelho ou tucunaré-pretinho.
Os tucunarés são peixes escamosos e de médio porte com comprimentos entre 30 centímetros e 1 metro. Todos apresentam como característica um ocelo redondo no pedúnculo caudal e são peixes ósseos.
Os tucunarés são sedentários e vivem em lagos, lagoas, rios e estuários, preferindo zonas de águas lentas ou paradas. Na época de reprodução formam casais que partilham a responsabilidade de proteger o ninho, ovos e juvenis. São peixes diurnos que se alimentam de qualquer coisa pequena que se movimenta e outros peixes e até pequenos crustáceos. Ao contrário da maioria dos peixes da Amazônia, os tucunarés perseguem a presa até conseguir o sucesso.
O tucunaré é um peixe popular em pesca desportiva. A espécie C. orinocensis foi introduzida em Singapura com este mesmo propósito, mas com consequências trágicas para a fauna endêmica da região.
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