A polícia das Filipinas descobriu 1.529 tartarugas vivas envoltas em fita adesiva dentro de quatro malas abandonadas no aeroporto de Manila no domingo (3).
As malas estavam repletas de variedades raras e protegidas, incluindo tartarugas estelares, tartarugas de patas vermelhas, tartarugas sulcadas e escorregadores de orelhas vermelhas.
Os animais foram trazidos em um voo de Hong Kong por um passageiro das Filipinas e deixados na área de desembarque do aeroporto internacional de Manila Ninoy Aquino.
Os répteis foram avaliados em até 4,5 milhões de pesos (£ 60.000). As tartarugas foram transferidas para uma unidade de monitoramento.
Há uma alta demanda por tartarugas como animais de estimação exóticos, que são valorizados por sua carne e por uso na medicina tradicional em alguns países asiáticos.
As Filipinas têm leis rígidas contra o contrabando de animais e, se encontradas, a pessoa que transporta pode pegar até dois anos de prisão e multa de 200 mil pesos.
O contrabando de animais silvestres é um problema em todo o sudeste da Ásia. A alfândega filipina apreendeu 560 tipos de vida selvagem e animais ameaçados em 2018, incluindo 250 lagartixas, 254 pedaços de coral e várias espécies de répteis, e em 2019 já apreendeu 63 iguanas, camaleões e dragões barbudos em bagagens nos embarques internacionais.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
sexta-feira, 8 de março de 2019
quinta-feira, 7 de março de 2019
VÍDEO flagra homem subindo em peixe-boi na praia de Sauaçuhy
Um vídeo gravado por uma internauta mostra um homem subindo em um peixe-boi na praia de Sauaçuhy, em Maceió. As imagens foram gravadas no início da tarde desta terça-feira (5) (assista acima). Especialistas orientam que as pessoas devem evitar contato com o animal porque, embora dócil, ele é selvagem e pode transmitir doenças.
As imagens foram gravadas pela estudante universitária Rayssa Melo. Ela conta que estava na praia com o namorado por volta do meio-dia, quando percebeu a movimentação estranha de banhistas na água.
“Se não me engano, eram três peixes-bois na água. Fui até os banhistas e disse que eles não poderiam se aproximar, tanto para a segurança do bicho quanto a deles mesmos. Eles me ignoraram e começaram a abraçar, tirar foto. Teve um que até montou nele. Quando questionei, me disseram que o animal estava socializando com eles”, relata Rayssa.
No vídeo, um homem de boné aparece montando e interagindo com o animal. Depois ele desce e se despede dele. O peixe-boi ainda tira o focinho da água algumas vezes, para respirar, enquanto é observado por outros banhistas, que tiram fotos com seus celulares.
“O bicho ainda ficou por lá um tempo, e depois foram embora. As pessoas ficavam seguindo o animal, e só pararam quando ele foi para a parte mais funda da água. Já vi peixes-boi na praia várias vezes, e em todas elas, aconteceu a mesma coisa. As pessoas não têm noção ambiental e de respeito ao animal”, reclama a universitária.
A veterinária Aline Isidoro da Silva, da Associação Peixe-Boi, em Porto de Pedras, explica que o peixe-boi é um animal costeiro, e costuma passar pelas praias na busca por parceiros, alimento ou só para descansar. Ainda segundo ela, a atitude das pessoas no vídeo está errada.
Aline diz ainda que as pessoas devem evitar tocar nesses animais, para que não ocorra a transmissão de doenças.
“Temos parceiros como o Corpo de Bombeiros, a Polícia Ambiental, para quem passamos todas as instruções, fizemos cursos com eles sobre como agir nesses casos. O interessante, se você vir um peixe-boi na água, além de não tocar nele, é também acionar algum desses órgãos. Eles podem reforçar as orientações e os cuidados com esses animais”, afirma.
O peixe-boi é um mamífero, que, quando adulto, pode pesar até 550 kg e chegar aos 3 metros de comprimento.
Filhotes de tartarugas marinhas ganham o mar pela primeira vez
O Instituto Biota realizou a soltura de 77 filhotes de tartarugas marinhas recém-nascidos na praia do Mirante da Sereia, em Maceió, na tarde desta terça-feira (5). O Biota é uma Organização Não Governamental (ONG) que monitora mais de 100 ninhos de tartarugas na região.
As fêmeas depositam seus ovos na areia da praia e os enterram. Os filhotes levam de 45 a 60 dias para nascer, e quando chega o momento, eles saem dos ovos e seguem direto para o mar.
Mas às vezes é preciso dar uma forcinha nesse ciclo natural. De acordo com Luciana Salgueiro, voluntária do Biota, a soltura dos filhotes é parte do trabalho desenvolvido pelo instituto.
"Dentro desse trabalho de pesquisa que a gente desenvolve, acompanhamos os ninhos e, quando possível, em função de diversas condições, fazemos um trabalho de educação ambiental. Alguns ninhos a gente traz e, ao invés de aguardar o nascimento natural, que provavelmente seria na noite de hoje, damos uma forcinha e trazemos para a população ver", explica Luciana.
E esse espetáculo da natureza atrai mesmo muita gente. As mais animadas em participar da soltura eram as crianças. Os voluntários contaram com a ajuda delas para tirar os bichinhos da caixa onde estavam e colocá-los na areia.
"Achei muito legal participar. Gostei principalmente de pegar a tartaruga. Espero que ela cresça no mar, que ela volte aqui e que tenha outros filhotes", conta a Júlia Guedes, de 10 anos.
Uma vez na areia, as tartaruguinhas começavam seu primeiro grande desafio: vencer o trajeto da areia até o mar. Algumas conseguiam seguir em linha reta até a agua, já outras, precisaram de uma ajuda extra dos voluntários para achar o caminho certo.
Tudo isso foi assistido por várias pessoas, que tiraram várias fotos. A dentista Camila Vardiero levou o filho de 4 anos para acompanhar a soltura.
"Estou achando muito lindo. E o fato de as crianças terem a oportunidade de pegar a tartaruga e colocar na areia, cria um vínculo, uma conscientização de que é importante preservar tudo isso, cuidar das tartaruguinhas", afirma Camila.
O Instituto Biota reconhece a importância da participação da população, que acaba virando parceira desse trabalho.
"A população cada vez mais conhece [nosso trabalho] e até cobra a realização dessas solturas. Ficamos felizes de ver esse reconhecimento, pois as pessoas viram parceiras. Infelizmente, ainda temos muita violação de ninho, remoção de marcação. Com a ajuda da população, o trabalho de monitoramento é facilitado", afirma a voluntária Luciana.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019
Para preservar espécies ameaçadas, turistas em Noronha precisam respeitar espaço das tartarugas
O turista em Fernando de Noronha precisa se adaptar: existem regras de conservação da flora e fauna da ilha e a prioridade não são as pessoas. É assim que Noronha consegue preservar vidas de animais em risco de extinção, como a tartaruga-verde.
A cada mil nascimentos, estima-se que apenas um animal chega à vida adulta. Além dos predadores naturais, é a ação do homem que cada vez mais impede que este ciclo seja completo.
O G1 esteve em Fernando de Noronha como parte do "Desafio Natureza" para mostrar as questões que a ilha enfrenta com o tratamento do lixo.
Atualmente, o lixo oceânico é um dos maiores problemas para a vida das tartarugas marinhas. A cena de uma tartaruga tendo um canudo removido do nariz desencadeou uma guerra ao item, mas o problema é grande.
A bióloga Bruna Canal, do projeto Tamar, explica que o lixo costuma afetar mais a vida das tartarugas dentro d'água. Em Noronha, especificamente, são poucos os registros de tartarugas encalhadas debilitadas por causa do lixo, mas em 2018 um animal da espécie cabeçuda chegou até a ilha.
"Não é uma espécie que costuma ficar por aqui, ou seja, ela deve ter vindo debilitada com outras correntes. Estava toda emalhada em um lacre desses que prendem mercadoria em barco. Ela já estava com marcas bem profundas na pele e perto da cabeça e acabou não resistindo", disse.
Ainda segundo a bióloga, o lixo na areia pode atrapalhar a desova, caso os animais esbarrem no lixo durante a escavação do ninho. A urbanização também é um problema em outras regiões: luz, barulho e falta de espaço na areia contribuem para que a tartaruga não desove normalmente.
O projeto Tamar e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) trabalham em Noronha para evitar que a espécie entre em extinção. Por isso, a praia do Leão tem o acesso controlado e fica fechada para visitação das 18h30 às 8h.
É durante este período da noite que as tartarugas costumam deixar as águas para cavarem seus ninhos na areia e desovarem.
"No horário que as fêmeas escolhem para vir desovar, a praia do Leão é fechada para o turista. Não pode ter visitação porque poderia prejudicar a desova. Um turista andando por aqui poderia assustar uma tartaruga e ela deixaria de desovar. Essas limitações em algumas praias são muito importantes para conservação da fauna, flora e da tartaruga marinha", explica a bióloga.
Mas durante o dia a praia é aberta ao público. Os ninhos são marcados e checados diariamente pelos biólogos e o guarda-parque avisa aos que chegam: "É proibido se aproximar da área dos ninhos".
Em Sergipe, por exemplo, alguns lugares na praia em Pirambu as tartarugas sobem para desovar em área que tem bares. Para preservar o ninho, o Tamar faz uma cerquinha de proteção e a própria comunidade ajuda a cuidar desses ovos.
Fonte, reportagem completa e acesso ao vídeo em: https://g1.globo.com/natureza/desafio-natureza/noticia/2019/02/24/para-preservar-especies-ameacadas-turistas-em-noronha-precisam-respeitar-espaco-das-tartarugas.ghtml
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