terça-feira, 8 de setembro de 2015

Fidelidade de pinguins pode ser explicada pela distância, diz estudo


O segredo da fidelidade entre alguns pinguins: não se ver muito - é o que diz um estudo publicado nesta quarta-feira (9) na revista Biology Letters da Sociedade Real Britânica. Os mesmos casais de pinguins reatam novamente a cada verão no momento da reprodução. Mas o que acontece com estes casais "para sempre" durante a longa migração invernal? Para esclarecer este mistério, uma equipe de investigação estudou, por meio de ferramentas de geolocalização e marcadores bioquímicos, dez casais de uma espécie de pinguins monogâmicos - o pinguim do rockhopper - de uma colônia das Ilhas Malvinas. "Nós procuramos saber se os parceiros mantinham contato ou se encontravam em locais especialmente dedicados a estes encontros", explicaram os pesquisadores. O resultado foi justamente o contrário: os parceiros ficam separados continuamente por centenas, até milhares de quilômetros. Para um casal, esta distância chegou a 2.500 quilômetros no mês de junho. Entre algumas espécies migratórias, os machos e as fêmeas passam o inverno em zonas separadas e, então, a separação dos casais é implícita. Mas este não é o caso do pinguim-saltador-da-rocha. "Os parceiros ficam afastados uns dos outros durante o inverno, permitindo que machos e fêmeas se misturem nos locais de invernada. Esta constatação é muito intrigante", explicou à AFP Jean-Baptiste Thiebot do Instituto Nacional de Pesquisa Polar em Tóquio, no Japão. Ao longo de um ano, os casais passam apenas um tempo limitado juntos. Eles se reúnem durante 20 a 30 dias durante o período de reprodução, dois a três dias durante a incubação e as noites dos primeiros 70 dias dos filhotes. Assim, um casal passa apenas 23% do tempo juntos, menos de três meses por ano. O que não os impede de ficar juntos a cada retorno de viagem: dos dez casais estudados, sete retomaram após o inverno. Dois pinguins que voltaram sem sua "cara metade" se acasalaram com um novo parceiro. Os quatro pássaros que estavam faltando ou foram integrados em uma outra colônia ou morreram no mar, de acordo com o estudo. "Às vezes, mas raramente, dois antigos parceiros escolhem novos cônjuges", pondera Jean-Baptiste Thiebot. Mas a separação "por centenas de quilômetros a maior parte do tempo não impede que os pássaros marinhos se reproduzam com o mesmo parceiro do ano anterior", constataram os pesquisadores.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Pelotão Ambiental encontra 545 pinguins mortos no litoral do RS


O Pelotão Ambiental da Brigada Militar de Tramandaí encontrou 545 pinguins, três lobos-marinhos e duas tartarugas mortas nesta segunda-feira (7) entre as praias de Quintão e Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Conforme a Brigada Militar, uma grande quantidade de animais mortos começou a aparecer na beira da praia a partir de sexta-feira (4). Os pinguins não apresentam manchas de óleo ou outro tipo de sujeira. As prefeituras já foram avisadas para fazerem a retirada de animais. Segundo o Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) da UFRGS, a mortandade de pinguins no litoral gaúcho é considerada comum nesta época do ano. Os pesquisadores dizem que a maioria das mortes é causada pela seleção natural, mas que outros fatores como o fenômeno El Niño e a grande quantidade de lixo nas praias também influenciam.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Pescador fisga 'bagre monstruoso' na França



O pescador Yuri Grisendi fisgou um bagre monstruoso no rio Rhone, na França. Também conhecido por peixe-gato, o bagre media mais de 2,4 metros de comprimento e pesava 113,4 quilos. Grisendi precisou da ajuda de um amigo para conseguiu puxá-lo.

Baleia jubarte de 15 metros é encontrada morta em praia da Bahia





Uma baleia jubarte de cerca de 15 metros foi encontrada morta na praia do Rio do Peixe, no distrito de Cumuruxatiba, cidade de Prado, no extremo sul da Bahia. A informação foi confirmada pelo Instituto Baleia Jubarte, que registrou a ocorrência. De acordo com a assessoria do órgão, o corpo foi descoberto por volta das 7h30 do último sábado (29), já em estado de decomposição. Ainda não se sabe o motivo da morte do animal. Ainda segundo a assessoria do Instituto Baleia Jubarte, no período de julho a novembro, as baleias vêm até a costa brasileira para acasalar e reproduzir. Elas passam o resto do ano na Antártida, se alimentando. De acordo com o órgão, é comum o encalhe de jubartes nesta época do ano. O Instituto Baleia Jubarte informa que já foram registrados 28 encalhes de baleias na costa brasileira em 2015. Deste total, 11 foram na Bahia, três no Rio Grande do Sul, seis em Santa Catarina, um no Paraná, dois no Rio de Janeiro, três no Espírito Santo, um em Sergipe e um em Pernambuco. De todos os encalhes, apenas em Sergipe o animal ainda estava vivo.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Lagostim é nomeado snowden em homenagem a ex-técnico da CIA


Uma nova espécie de lagostim descoberta na Indonésia foi nomeada Cherax snowden em homenagem ao ex-técnico da CIA Edward Snowden, que revelou detalhes do programa de espionagem americano. A espécie é descrita em estudo publicado por pesquisadores alemães no começo desta semana no jornal científico "ZooKeys". No estudo, a nova espécie é comparada com a Cherax holthuisi, comercializada e exportada para países da Europa, Ásia e América para fins ornamentais. As duas espécies são genética e morfologicamente parecidas. A origem do Cherax snowden é a península Kepala Burung, que fica na Papua Ocidental, província da Indonésia. A nova espécie difere das outras espécies de lagostim do gênero Cherax pelo formato do corpo e por sua coloração. Os autores do estudo dizem que o nome foi escolhido para honrar o americano Edward Joseph Snowden, "por suas conquistas extraordinárias na defesa da justiça e liberdade". Acusado de espionagem nos Estados Unidos, o técnico em informática, que se refugiou na Rússia, poderá ser condenado a 30 anos de prisão em seu país por roubar e divulgar, em 2013, documentos secretos, que revelaram programas de espionagem de uma amplitude insuspeita até então.

Fóssil de escorpião marinho gigante desconhecido é descoberto nos EUA


Um fóssil de um escorpião marinho gigante até então desconhecido e que viveu há quase 500 milhões de anos foi descoberto nos Estados Unidos. Segundo o professor James Lamsdell, da Universidade de Yale, na Califórnia, que liderou a equipe responsável pela descoberta, o animal é uma "espécie inteiramente nova". A criatura, que viveu há 467 milhões de anos, media dois metros de comprimento e pertencia à família dos euripterídeos, um grupo de artrópodes aquáticos considerados ancestrais das aranhas modernas. "Não tínhamos ideia de que os euripterídeos podiam crescer tanto a ponto de ocupar um espaço no topo da cadeia alimentar especialmente nesse estágio de sua evolução", disse Lamsdell. "Era um animal de aparência bizarra e intimidatória. A primeira coisa que podemos notar nele são as extremidades gigantes cheias de espinhos que se projetavam para fora da cabeça", acrescentou. A criatura foi batizada de Pentecopterus, devido às semelhanças com o Penteconter, uma das primeiras embarcações da Grécia Antiga. Segundo Lamsdell, o escorpião tinha uma cabeça achatada no formato de um escudo, um corpo estreito e garras longas para capturar presas. Uma descrição detalhada do animal foi publicada na revista científica BMC Evolutionary Biology. "Isso mostra que os euripterídeos evoluíram 10 milhões de anos antes do que pensávamos, e a relação do novo animal com outros euripterídeos revela que havia diferentes tipos deles durante o início do período evolutivo, embora tenhamos poucos registros em fósseis", afirmou Lamsdell. "O Pentecopterus era um predador, e os euripterídeos devem ter sido predadores importantes durante o período Paleozoico", acrescentou o especialista. O fóssil foi descoberto por geólogos em uma cratera aberta por um meteorito milhões de anos atrás no nordeste do Estado americano de Iowa. Os restos foram então desenterrados e coletados durante o represamento de um rio em 2010. O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Yale e de Iowa.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Espécie de peixe 'com mãos' pode desaparecer na Austrália



A população de peixes da família Brachionichthyidae caiu drasticamente, segundo estudo da agência australiana de pesquisa CSIRO, que conseguiu localizar apenas 79 indivíduos em seu único habitat, o estuário do Rio Hobart, na Tasmânia. O peixe é conhecidos como "handfish". Para evitar a extinção do pequeno peixe, cientistas estão avaliando a possibilidade de reprodução em cativeiro. "Estamos organizando um workshop para ver os custos [da reprodução em cativeiro] e ver o que podemos fazer", afirmou Tim Lynch, cientista da CSIRO, em entrevista ao jornal "The Sydney Morning Herald". O peixe com "mãos" prefere "andar" pelo fundo do mar, em vez de nadar. Usando suas nadadeiras pélvicas e peitorais, o peixe é capaz de rastejar pelo oceano. Assista ao vídeo no link abaixo. Listado como criticamente ameaçado de extinção pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), o "handfish" pode estar sendo vítima de seu próprio habitat, assim como do seu instinto maternal. De acordo com o Dr. Lynch, diferentemente dos outros peixes que soltam seus ovos pelo mar, o peixe com "mãos" deposita seus ovos no fundo do oceano e fica camuflado protegendo-os. Mas a destruição do habitat acaba com a camuflagem do peixe, deixando ele e seus ovos expostos a predadores. Mudanças do meio ambiente também seriam responsáveis pela redução da população dos peixes com "mão".

Mergulhador registra batalha de cobra e peixe venenoso na Austrália



Um praticante de pesca submarina australiano capturou uma bizarra batalha entre um dos peixes mais venenosos do mundo e uma cobra mortal. O caso aconteceu na última quinta-feira no litoral de Darwin, no norte da Austrália. Rick Trippe avistou uma cobra do mar enrolada no que seria um peixe-pedra. As fotos da batalha rapidamente viralizaram na internet. Em entrevista à BBC, Trippe disse que estava mergulhando perto dos destroços de um navio da 2ª Guerra Mundial no porto de Darwin quando registrou a cena incomum. Trippe disse que aproveitou sua experiência de remover cobras de galinheiros para retirar as estranhas criaturas da água, agarrando a cobra marinha pela boca. "Posso ser bobo, mas não sou louco. Sabia que aquilo era perigoso. Mas também sabia que se eu agarrasse aqueles animais, não seria mordido", disse Trippe. "Podia ouvir o peixe reclamando; então devolvi os dois para a água, mas a cobra voltou a se engalfinhar com o peixe", disse ele. Não se sabe o que aconteceu com os animais depois disso. O veneno expelido pelos 13 espinhos das escamas do peixe-pedra pode matar um ser humano em duas horas se o socorro não foi imediato. Trippe disse já ter se deparado com cenas estranhas na costa de Darwin. Há duas semanas, ele fez parte de uma equipe que ajudou a resgatar um cavalo encontrado à deriva.