segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Jaú (Zungaro zungaro)







O jaú (Zungaro zungaro), também conhecido como jundiá-da-lagoa, é um peixe teleósteo que habita as bacias do rio Amazonas e do rio Paraná. É um dos maiores peixes brasileiros. O jaú é um peixe de grande porte, podendo alcançar até 1,5 metros de comprimento total e 120 quilogramas. O corpo é grosso e curto; a cabeça grande e achatada. A coloração varia do pardo-esverdeado-claro a pardo-esverdeado-escuro, com manchas, no dorso, mas o ventre é branco. O indivíduo jovem, chamado jaupoca, apresenta pintas violáceas espalhadas pelo dorso amarelado. É uma espécie piscívora. Vive no canal do rio, principalmente nos poços das cachoeiras, para onde vai no período de água baixa acompanhando os cardumes de Characidae (especialmente curimbatá) que migram rio acima. Na Amazônia, não é importante comercialmente (a carne é considerada "reimosa"), mas é apreciado no Sudeste do Brasil. A pressão de pesca pelos frigoríficos que exportam filé de jaú é muito grande e tem sido responsável pela queda da captura da espécie na Amazônia.

Piscina com tubarões é achada em porão de casa nos EUA




Sete tubarões vivos e três mortos foram encontrados em uma piscina no porão de uma casa na região do vale do rio Hudson, em Nova York O Departamento Estadual de Conservação Ambiental disse nesta quarta-feira (7) que agentes descobriram a piscina durante uma busca em LaGrangeville no mês passado. Na piscina, de 15 metros de diâmetro, havia 7 tubarões-corre-costa vivos, dois tubarões-leopardo mortos e um tubarão-martelo morto. Eles tinham entre 0,6 metro e 1,2 metro. Os tubarões vivos foram transferidos para o aquário de Long Island. Ninguém foi processado, e as investigações prosseguem.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Novo estudo culpa tempestades solares por encalhe em massa de baleias


Tempestades solares, responsáveis pelo fenômeno conhecido como aurora boreal, podem ter sido responsáveis pelo encalhe de 29 cachalotes (um tipo de baleia) em praias do Atlântico Norte no ano passado. É o que diz um estudo de cientistas da Universidade de Kiel, na Alemanha, para quem perturbações magnéticas podem ter interferido no senso de direção das baleias e desviado o grupo para águas rasas. Todas as cachalotes morreram. Na autópsia, cientistas ficaram intrigados com o fato de que, em sua maioria, o organismo dos animais não exibia sinais de desnutrição ou doenças. E que os cetáceos eram jovens. Por isso, muitas teorias sobre as possíveis causas do encalhe circularam pelo meio científico. Houve quem falasse em envenenamento ou mesmo em um acidente durante busca por alimento. Cachalotes vivem em águas profundas e de temperatura quente para moderada. Muitos grupos vivem perto do arquipélago português de Açores. Quando atingem idade de 10 a 15 anos, porém, jovens machos migram para o norte, em direção à região polar, atraídos pela grande quantidade de lulas em águas mais frias. A viagem normalmente passa pelas costas de países europeus. No entanto, em um espaço de apenas um mês, os animais apareceram em praias alemãs, holandesas, britânicas e francesas.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Jovem é autuada por crime ambiental após anunciar venda de jabuti na internet


Uma jovem foi autuada por crime ambiental após ser flagrada anunciando a venda de um filhote de jabuti nas redes sociais em Bauru (SP). Segundo informações da Polícia Ambiental, foi feito contato com a jovem fingindo interesse na compra do animal e quando o endereço foi passado, os policiais foram até o local. A proprietária, de 21 anos, não tinha autorização ambiental para manter o jabuti em cativeiro e ela foi multada em R$ 2,2 mil e pode responder por crime ambiental, já que o caso será encaminhado para a Polícia Civil. O filhote foi apreendido pela Polícia Ambiental, que estuda ainda o local para destinação do jabuti.

Estudos identificam ocorrência de 43 novas espécies de anfíbios e répteis no Amapá


Em 10 anos de pesquisas em campo, 43 novas espécies de anfíbios e répteis foram encontradas por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa). Ao todo, foram catalogadas 285 espécies em 39 pontos estudados no estado. As descobertas identificaram que o Amapá possui quase 50% da fauna desses animais que vivem na região amazônica. O Amapá é o quarto estado com maior diversidade de anfíbios e o terceiro em répteis da Amazônia, informou o Iepa. “Apesar desses pontos estarem espalhados pelo estado inteiro, há algumas áreas que ficaram sem amostragens. Mesmo assim um número muito grande da diversidade de anfíbios e répteis foi registrado no estado. Foram 285 espécies nesse período, tirando o Amapá dessa falta de conhecimento sobre essa herpetofauna”, disse o coordenador da pesquisa, Jucivaldo Lima. Das espécies catalogadas desde 2007, 170 foram encontradas no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, na região Centro-Oeste do Amapá. No local foram achadas novas espécies, como a perereca Hypsiboas diabolicus, e o lagarto Bachia remota, descritas cientificamente em 2016. “Duas delas já foram publicadas no ano passado, uma espécie nova de perereca que ocorre na Floresta Estadual do Amapá e no Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, e um lagarto que também é endêmico do Tumucumaque, que ocorre na região da tríplice fronteira de Brasil, Suriname e Guiana Francesa”, contou Lima. O Iepa pretende criar uma lista específica com os animais encontrados no estado, para elencar principalmente as espécies de anfíbios e répteis em extinção. “Algumas espécies de quelônios, por exemplo, têm uso histórico na Amazônia. As populações ribeirinhas utilizam, tem a comercialização ilegal, consumo de carnes e ovos e mesmo assim elas não aparecem nas listas ameaçadas de extinção por falta de informação”, concluiu o pesquisador.

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Por que dezenas de leões marinhos estão aparecendo doentes ou mortos em praias da Califórnia


Dezenas de leões marinhos têm adoecido – até a morte, em alguns casos – nas praias da Califórnia central nos últimos dois meses. E o inimigo está no próprio oceano. "Tivemos muito trabalho", disse à BBC Mundo Shawn Johnson, diretor de ciência veterinária no Centro de Mamíferos Marinhos, em Sausalito, perto de San Francisco. Sob a sua coordenação, os veterinários do centro dificilmente têm tempo para pausas. E o que os mantêm ocupados são os casos crescentes de envenenamento pela neurotoxina ácido domóico (toxina que age sobre o sistema nervoso, causando paralisias ou contraturas musculares). O ácido domóico é produzido por certas algas marinhas, como as chamadas doumoi ou hanayanagi (Chondria armata), que são comumente ingeridas por peixes. A toxina se acumula nos peixes e, ainda que seja inofensiva para eles, acaba impactando os mamíferos. "Os mamíferos marinhos comem muitos peixes e (por consequência) ingerem grandes doses dessa toxina, que entram na corrente sanguínea e no cérebro", explica Johnson. Também há registros de casos de intoxicação por ácido domóico em seres humanos. No Canadá, na década de 1980, um grupo de pessoas morreu após comer mexilhões contaminados. Encontrar um leão marinho ou outro mamífero grande soltando baforadas ou tendo convulsões na areia da praia não deve ser uma cena fácil de compreender. Mas, na Califórnia, a única esperança desses animais agonizantes é a de serem vistos por alguém que alerte os especialistas do centro veterinário em Sausalito. Caso seja necessário, o animal é levado para lá, e uma equipe de veterinários e cientistas faz um diagnóstico do problema. "No caso de envenenamento por ácido domóico, que causa convulsões, tentamos conter com medicação e com cuidados emergenciais", disse Johnson à BBC Mundo. Shawn Johnson indica que a floração dessas algas tóxicas ocorre em diferentes épocas do ano. Especialistas concordam que o aumento das algas tóxicas foi causado pela mudança climática e pelo aumento das temperaturas oceânicas. Desde junho, cientistas do Centro de Mamíferos Marinhos trataram 89 animais, dos quais 82 eram leões marinhos. A maioria apareceu na região das praias de San Luis Obispo, onde há uma grande concentração de algas. E praticamente todos os leões marinhos resgatados sofreram as temidas convulsões. "O mais urgente é que o corpo expulse a toxina. Também ministramos ao animal uma medicação para proteger o cérebro. Essas convulsões podem causar lesões cerebrais permanentes", explica Johnson. "Depois de tratar as convulsões por uma semana, começamos a estudar outros tratamentos e identificamos se há dano cerebral ou não." Se o animal se recuperar, eles o devolvem ao oceano e colocam uma etiqueta de identificação para, caso apareça em outra região, saibam que esteve em um centro de reabilitação. Dos 82 leões marinhos atendidos no centro, os veterinários conseguiram salvar 51.