sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Encontrada no Equador tartaruga gigante considerada desaparecida há um século


Um exemplar de uma das espécies endêmicas de tartaruga gigante do arquipélago equatoriano de Galápagos, considerada extinta há um século, foi encontrada em uma expedição na Ilha Fernandina, informou nesta terça-feira (19) o ministro do Meio Ambiente, Marcelo Mata. "NOTÍCIA MUNDIAL | Na ilha Fernandina - #Galápagos, a expedição liderada por @parquegalapagos e @SaveGalapagos, localizaram um exemplar da espécie da tartaruga Chelonoidis Phantasticus, que se acreditava estar extinta há mais de 100 anos", apontou o funcionário em sua conta no Twitter. Mata não deu mais detalhes sobre a descoberta da tartaruga pela equipe do Parque Nacional de Galápagos (PNG) e da Galapagos Conservancy, sediada nos EUA, que apoia a preservação das ilhas encantadas no Pacífico equatoriano. A Chelonoidis phantasticus, própria da ilha Fernandina, é uma das 15 espécies de tartarugas gigantes de Galápagos, das quais já desapareceram exemplares da Chelonoidis spp (ilha Santa Fe) e da abigdoni (Pinta). Galápagos faz parte da reserva da biosfera e serviu para que o naturalista inglês Charles Darwin desenvolvesse a teoria sobre a evolução das espécies. As tartarugas gigantes chegaram há três ou quatro milhões de anos à região vulcânica de Galápagos. Acredita-se que as correntes marinhas dispersaram seus exemplares ao redor das ilhas, e foi assim que 15 espécies diferentes foram criadas - das quais no momento dois estão formalmente extintas -, cada uma adaptada ao seu território.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Ambientalistas alertam para número recorde de encalhe de golfinhos na França


Mais de 400 golfinhos foram encontrados mortos na costa atlântica francesa desde o fim de dezembro de 2018 e o início de janeiro, informou o observatório Pelagis, especializado em mamíferos e aves marinhas, lamentando um fenômeno alarmante. O número é recorde se comparado ao mesmo período de anos anteriores, segundo a associação para a conservação da natureza "France Nature Environment". "A maioria dos animais examinados tinha traços de captura acidental e, portanto, morreu em redes de pesca", explicou à AFP Hélène Peltier, pesquisadora do observatório Pelagis. "Desde o início de janeiro, mais de 400 corpos de golfinhos foram encontrados encalhados na costa oeste da França, entre o sul da Bretanha e a fronteira espanhola", disse ela. A associação para a conservação da natureza "France Nature Environment" lamentou em um comunicado o número que "já bate os recordes de invernos anteriores para o mesmo período observado". "No mesmo período, houve mais (encalhes) este ano do que no ano passado. No ano passado, os maiores encalhes ocorreram em fevereiro-março, quando contabilizamos 800. Mas esse ano já temos 400 no início de fevereiro. Então a grande questão é saber se a situação vai se acalmar ou não", apontou Peltier. A France Nature Environnement pede "uma redução imediata" do número de embarcações de pesca, alertando para o fato de que, todos os anos, "mil carcaças de golfinhos aparecem na costa francesa. E isso é apenas a ponta do iceberg, já que a maioria dos corpos simplesmente afunda no oceano". O Observatório Pelagis estima que o número total de golfinhos capturados em redes de pesca seria de mais de 4000 por ano, incluindo aqueles que simplesmente afundam no mar sem encalhar nas praias. A longo prazo, é a sobrevivência das populações de golfinhos comuns (uma espécie que se reproduz lentamente) no Golfo da Biscaia, que está sob ameaça. Medir a extensão do fenômeno é particularmente complexo, de acordo com Hélène Peltier, porque durante as outras estações do ano, "mesmo se houvesse esses eventos, não os veríamos porque os ventos não nos trariam necessariamente os cadáveres". Além disso, é difícil identificar as causas. Em parte, porque eles "se alimentam das mesmas presas que o robalo e a pescada, que são alvos de alguns pescadores", ressalta Peltier. Os cetáceos ficam "presos nas redes e depois entram em pânico e morrem".

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Com festa e bolo, peixe-boi 'mais bonito da Amazônia' completa 15 anos em centro de preservação


O dia 8 de fevereiro é uma data especial para o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e para a Associação Amigos do peixe-boi (Ampa). O peixe-boi Kinjá, que foi resgatado pelo grupo e viveu sua vida toda no tanque de exposição do Bosque da Ciência, celebrou seus 15 anos nesta sexta-feira. Para a comemoração, Kinjá ganhou uma festa de aniversário feita por pesquisadores e biólogos com direito a bolo especial e rodinha de parabéns. De acordo com a pesquisadora do Inpa e e diretora administrativa da Ampa, Vera da Silva, a Associação já existe desde 1974, com o intuito de proteger, reabilitar e reintroduzir os peixes-bois na natureza. Com o tempo, os pesquisadores estudaram como os filhotes se alimentam e vivem. Desde que o projeto iniciou, cinco filhotes foram reproduzidos em cativeiro. Um deles ficou conhecido como o peixe-boi mais bonito. De todos. O motivo? Kinjá tem uma mancha branca peculiar que se estende por toda sua barriga, nadadeiras peitoral. Até no focinho. O peixe-boi mais bonito foi batizado de Kinjá. O nome significa "gente de verdade", e é como os índios Waimiri-Atroari se auto denominam. "O Kinjá tem uma vida de peixe-boi. Todo dia ele come, dorme e interage com os outros peixes-bois que ficam em cativeiro", disse Vera. Kinjá completa 15 anos em fevereiro e, em comemoração ao quase baile de debutante, os pesquisadores e biólogos que trabalham no Inpa decidiram fazer uma festa de aniversário digna para o prodígio do instituto. A comemoração teve o clássico parabéns, com direito a ornamentação, bolo para os adultos e, principalmente, um bolo pra lá de especial. A receita? Jerimum com outros de seus vegetais favoritos. "Hoje foi um ato simbólico para mostrar o trabalho da equipe durante os anos, para a conservação desta espécie. Muitas pessoas já passaram por aqui e vemos que é possível a preservação o peixe-boi", comentou a pesquisadora. Em época de aniversário, justo que as atenções fiquem para o homenageado. Por isso, Kinjá ganhou um tanque de exposição reservado só para ele, até domingo. Já livre e desfrutando do luxo, ele aproveitou para se exibir ao público que comemorava suas piruetas submersas. Turistas e visitantes que passaram pelo local, se admiraram com o peixe-boi mais bonito. Exibido, ele aproveitou para ostentar suas marcas brancas e, vez ou outra se aproximava do vidro para saudar os visitantes. Alias, quem quiser visitar o mais bonitos dos peixe-bois, a entrada fica aberta das 9h às 17h e o ingresso custa R$ 5. Crianças de até 10 anos e idosos não pagam.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Mandi Chorão (Pimelodus maculatus)




Os indivíduos desta família são peixes de couro, com grandes variações cromáticas e até estruturais. Tem o corpo alongado a ligeiramente comprimido, alto, no início da nadadeira dorsal, afunilando em direção à cabeça e à nadadeira caudal. Sua cabeça é cônica com os olhos situados lateralmente. Nadadeira caudal bifurcada e inúmeros barbilhões ao redor da boca. Os barbilhões maxilares ultrapassam a metade do corpo. Esta espécie possui coloração tom pardo na região dorsal, passando para amarelada nos flancos e branca no ventre. Apresenta também de três a cinco séries de grandes manchas escuras ao longo do corpo e pintas nas nadadeiras. Embora a literatura científica indique que Pimelodus maculatus é nativo das bacias do São Francisco e do Paraná, a espécie ocorre em praticamente todas bacias hidrográficas brasileiras. Encontrado principalmente em pedreiras ou canais de maiores profundidades. Também conhecido como Mandiuva, Mandi Amarelo, Mandi Pintado e Mandi Chorão (emite um som parecido com um choro quando fora d’agua). Bastante apreciado na culinária e pesca esportiva, é um peixe que sua pescaria não exige muita técnica e pode trazer boa diversão além de ter sabor apreciado por muitas pessoas. Possui esporões farpados nas nadadeiras peitorais e dorsal bastante rígido que podem causar dolorosa ferida, caso não sejam manuseados com cautela. Embora inofensiva, a sensação ao ser picado é bastante desagradável com dor aguda e inchaço local. A toxina responsável está contida no muco que reveste o espinho.