quarta-feira, 1 de abril de 2020

Foca resgatada com desidratação é reinserida na natureza nos EUA



Uma foca resgatada com desidratação severa foi tratada e devolvida à natureza pelo Aquário Nacional dos EUA em Salisbury, Maryland (EUA). Apelidada de Amélia Bedélia, ela foi liberta na última terça-feira (17), após 3 semanas de reabilitação no aquário, que fica em Baltimore. Amélia, uma foca harpa, foi a primeira de três focas resgatadas pelo aquário na última temporada a serem reinseridas no habitat natural. Seguem sob a atenção de cuidadores Huckleberry Finn, uma foca-cinzenta resgatada no Parque Estadual de Assateague, e Pippi Meialonga, outra foca cinzenta recolhida em Dewey Beach. O aquário apelidou os animais com nomes de personagens infantis famosos nos EUA. Assim como Amélia, Huckleberry e Pippi serão reinseridos assim que estiverem com saúde satisfatória.

terça-feira, 31 de março de 2020

O que é Pororoca?






Pororoca é um fenômeno natural caracterizado por grandes e violentas ondas que são formadas a partir do encontro das águas do mar com as águas do rio. Existem várias explicações para este fenômeno, mas a principal diz que sua causa deve-se à mudança das fases da lua, principalmente nos equinócios que aumenta a propensão da massa líquida dos oceanos proporcionando grande barulho.

Pororoca, macaréu ou mupororoca é a forma como são denominados os macaréus que ocorrem na Amazônia. Trata-se de um fenômeno natural produzido pelo encontro das correntes fluviais com as águas oceânicas. Pororoca origina-se do tupi poro'roka, que é o gerúndio do verbo poro'rog, «estrondar». O fenômeno manifesta-se, no Brasil, na foz do rio Amazonas e afluentes do litoral paraense e amapaense (rio Araguari, rio Maiacaré, rio Guamá, Rio Capim, Rio Moju) e na foz do rio Mearim, no Maranhão. Esse choque das águas derruba árvores de grande porte e modifica o leito dos rios. Recentemente, o fenômeno tem atraído praticantes de surfe, transformando-se numa atração turística regional amazônica. Em julho de 2015, foi declarado oficialmente que o fenômeno já não ocorre no rio Araguari. A ocupação irregular de áreas nativas para a criação de búfalos foi um dos principais fatores que provocaram o fim do fenômeno da pororoca na bacia desse rio do extremo leste do Amapá.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Pororoca

quinta-feira, 19 de março de 2020

O que é a Piracema?




A piracema é o movimento migratório de alguns peixes que se deslocam até a cabeceira dos rios, ou seja, rio acima. O termo piracema tem origem indígena e significa “subida do peixe” (pira: peixe e cema: subida). Este movimento migratório dos peixes é realizado porque eles buscam encontrar o local ideal para a sua reprodução, que normalmente é um local com água quente, rica em oxigênio e turva, uma vez que a água límpida facilita a predação. A piracema ocorre quando os peixes percebem mudanças no ambiente que indicam que a estação é favorável para a reprodução. Essa época é aquela em que ocorrem chuvas com mais frequência, a água torna-se mais oxigenada e os dias são mais quentes. Nesse ambiente os peixes iniciam sua migração rio acima e essa subida é extremamente desgastante para eles, uma vez que a cabeceira do rio pode estar localizada a vários quilômetros do local de partida. Os peixes podem chegar até a cabeceira ou se fixar em lagoas marginais que se formam pelo aumento de chuvas. Ao chegar ao local adequado, os peixes estão prontos para o acasalamento. Nas espécies que fazem a piracema, a fecundação é externa, ou seja, os gametas femininos e masculinos são lançados na água, onde ocorre a fecundação. Os ovos ali formados podem descer o rio, sendo levados pela correnteza ou se desenvolverem nas lagoas marginais. Em virtude da predação e outros fatores ambientais, poucos são os indivíduos que chegam à fase adulta.

Na Piracema é preciso controlar a pesca, e nessa época estabelece-se o período de defeso para rios e águas continentais. Não se pode realizar nenhuma pesca que não a de subsistência, que garante alimentação para várias pessoas que vivem próximas às áreas de rios. Durante a Piracema, é estabelecido um tamanho mínimo de peixe que pode ser capturado e a quantidade máxima por pescador. É extremamente importante controlar a pesca, uma vez que, na subida dos rios, os peixes ficam exaustos, o que facilita a ação de pescadores, que podem conseguir uma grande quantidade de peixes facilmente. Como a Piracema é um período de reprodução, a captura de adultos diminui a quantidade de indivíduos da população. A construção de barragens tem grande impacto sobre a Piracema, uma vez que elas formam uma grande barreira para os peixes. A solução encontrada em alguns locais foi a construção de degraus que facilitam a subida dos peixes, evitando que eles fiquem tentando incansavelmente ultrapassar a barragem. Entretanto, o problema é que os peixes que sobem dificilmente retornam e, além disso, o ambiente não é próprio para a reprodução e desenvolvimento de novos indivíduos, o que prejudica a manutenção da espécie. (Por Maria Vanessa dos Santos)

segunda-feira, 9 de março de 2020

Devolvida há menos de dois anos para rios da Amazônia, peixe-boi reabilitada está grávida; gestação dura 12 meses

Fotos: Diogo Souza e acervo Ampa/Inpa


Pesquisadores constataram, pela primeira vez, gravidez em uma peixe-boi da Amazônia reintroduzida à natureza, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC). A gravidez foi confirmada com análise das amostras de sangue. A fêmea "Baré" chegou ainda filhote ao Instituto, em Manaus, onde passou 16 anos e foi solta, em 2018, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (DRS) Piagaçu-Purus, no município de Anori, a 173 Km da capital amazonense. Segundo o Inpa, a detecção da gravidez aconteceu após captura de Baré, ocorrida em novembro, durante a vazante do rio Purus. A ação de monitoramento aconteceu 200 dias após a soltura de 12 animais reabilitados e levados de volta à natureza. A equipe fez a biometria e verificou que desde a soltura, a fêmea Baré cresceu 11 centímetros e ganhou aproximadamente 130 quilos. “Esta gravidez mostra que o animal está bem, adaptado e integrado nessa população de peixes-bois. Isso para nós é uma grande satisfação, e é mais uma etapa na garantia da conservação dos peixes-bois da Amazônia”, disse líder do Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA), a pesquisadora Vera da Silva, por meio da assessoria. O filhote deve nascer até junho, período de enchente do rio Purus. Segundo pesquisadores do Inpa, a reprodução da espécie está associada ao ciclo hidrológico da Amazônia. O pico de nascimento ocorre depois que as águas sobem, quando há maior abundância de alimentos. “Conseguimos verificar a eficácia das etapas de resgate, reabilitação e soltura. Claramente o animal está adaptado à natureza, e futuramente contribuirá para o aumento da população da espécie”, coordenador do Programa de Reintrodução de Peixes-bois da Amazônia, o biólogo Diogo Souza. Há mais de 40 anos, o Inpa atua com pesquisas e ações de conservação para o peixe-boi. Em 2008, o Inpa implantou o Programa de Reintrodução de Peixe-bois da Amazônia. De acordo com o Inpa, o peixe-boi da Amazônia vive em média 60 anos e só atinge a maturidade sexual e está pronto para se reproduzir com aproximadamente seis anos de idade. A gestação da fêmea de peixe-boi da Amazônia dura aproximadamente 12 meses. Nasce um filhote por vez, com raros casos de gêmeos. O cuidado da mãe perdura por aproximadamente dois anos, com o filhote sendo amamentado neste período. A caça ilegal e captura acidental em redes de pesca são as principais ameaças ao peixe-boi da Amazônia, além de sofrer com a destruição e degradação ambiental. A caça do animal é proibida desde 1967, porém sua carne ainda é apreciada na região, o que exige um intenso trabalho de sensibilização ambiental e de fiscalização.