O sapo-cururu é capaz de fazer "ligações de longa distância" para acasalar e seus sons podem chegar a ser escutados a cerca de 120 metros, segundo um estudo divulgado na terça-feira, 03/10, na Austrália.
"Isto significa que podem ser escutados por mais indivíduos e podem atrair mais casais potenciais para acasalar que outras espécies", disse o autor da pesquisa, Benjamin Müller, da Universidade James Cook, em comunicado.
A maioria das rãs e dos sapos só respondem aos chamados de alguns poucos metros de distância, segundo o estudo, realizado por um grupo de pesquisa que trabalha para erradicar a praga bichos na Austrália.
O trabalhou acrescenta, no entanto, que as fêmeas são mais seletivas e perdem o interesse a mais de 70 metros da chamada de acasalamento.
"Provavelmente porque (as fêmeas) necessitam escutar mais informação complexa relativa ao tamanho, ao nível de energia e à saúde de seus casais potenciais", detalhou o especialista.
Müller também destacou que os machos destes sapos respondem fortemente e de longe aos chamados de outros machos, provavelmente porque estes sons sugerem a presença de água e de outras fêmeas com as quais podem acasalar.
A pesquisa pretende desenvolver armadilhas sonoras mais efetivas nas quais se utilize como isca este poderoso chamado de acasalamento do sapo.
O "Rhinella marina" foi introduzido na Austrália em 1935 para combater uma praga de escaravelhos nas plantações de açúcar do estado de Queensland, um plano que fracassou já que o sapo não comeu esses insetos e, por não ter predadores, se multiplicou sem controle por quase todo o país.
A praga do sapo-cururu, que pode medir 15 centímetros de comprimento e tem a pele rugosa e com protuberâncias, também causou estragos no Havaí (Estados Unidos), Filipinas, Papua Nova Guiné e outras ilhas do Pacífico.
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