Uma tartaruga albina se destacou entre os mais de 100 filhotes nascidos nos últimos dias às margens no Rio das Mortes, em Ribeirão Cascalheira, a 893 km de Cuiabá, por meio do projeto Quelônios do Araguaia. Ser diferente, nesse caso, não é bom, segundo o executor do projeto na região, Gaspar Saturnino Rocha, já que o filhote não consegue passar despercebido e se torna alvo fácil para os predadores.
Além de enfrentar dificuldades para se esconder dos predadores, a tartaruga albina ainda é menos resistente que as outras.
"Não vimos nenhuma delas na fase adulta na natureza", pontuou Gaspar, que é técnico ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e trabalha no projeto de preservação desses animais.
Outras tartarugas albinas já nasceram na região, mas isso é considerado raro. Gaspar Saturnino citou que certa vez uma equipe levou outra tartaruga albina para um cativeiro em Goiás. O animal recebeu tratamento diferenciado, longe dos predadores, e chegou à fase adulta.
"Na natureza é difícil ela sobreviver, principalmente durante o inverno. Em junho e julho, elas não resistem ao frio e acabam morrendo, pois são mais frágeis do que as outras", pontuou o coordenador do projeto, que é realizado na Amazônia há mais de 30 anos e protege os ovos das tartarugas – desde o período de desova até o nascimento dos filhotes.
Quando a desova acontece muito perto da água, os técnicos retiram os ovos para evitar que sejam levados para dentro do rio e os depositam em covas, dificultando a localização por parte de predadores. Depois de 65 dias, período em que os filhotes começam a nascer, as covas são abertas e as tartarugas retiradas e soltas na natureza. São mais de 100 ovos em cada cova. Normalmente, são entre 97 e 148 ovos por ninho.
Em outros casos, a equipe do projeto cerca a área onde os ovos estão depositados e aguarda a eclosão natural.
Essa tartaruga albina e os outros filhotes vivem na Unidade de Conservação Estadual Refúgio de Vida Silvestre, em Ribeirão Cascalheira, criada pelo governo do estado. Além do técnico do Ibama, atuam no projeto um técnico da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e um técnico cedido pela prefeitura daquele município.
No mar profundo, nas profundezas dos oceanos, rios e lagos, peixes, crustáceos, corais, moluscos, mamíferos, peixes abissais, em um mundo ainda bastante desconhecido.
Mostrando postagens com marcador Tartaruga Albina. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Tartaruga Albina. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
segunda-feira, 28 de março de 2016
Vídeo capta nascimento raro de tartaruga albina na Austrália
Voluntários de uma organização ambiental tiveram uma surpresa ao encontrar um filhote albino de tartaruga-verde em uma praia na costa leste da Austrália. Assista ao vídeo.
Casos assim entre espécies de tartarugas-marinhas são muito raros. Ocorrem uma vez a cada centenas de milhares de nascimentos, segundo especialistas. Batizado como Alby, o filhote de tartaruga foi o último a deixar o local, dos 122 que nasceram em seu ninho. Ser albino será um desafio para Alby, já que isso impede sua camuflagem e o deixa mais vulnerável a ataques de predadores. “Espero que ele sobreviva”, disse Jayne Walton, moradora de Peregian Beach que filmou o animal. “Ele era muito rápido e parecia muito determinado em chegar à água.”
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Projeto Tamar de Ubatuba recebe filhotes albinos de tartaruga marinha
Oito filhotes de tartarugas marinhas albinas, consideradas raras, chegaram ao Projeto Tamar de Ubatuba, no litoral Norte de São Paulo. Os animais, que vieram de Campos dos Goytacazes, (RJ) em dezembro, estão na área de visitação do projeto desde terça-feira (20).
Os filhotes são da espécie tartaruga-cabeçuda e foram encontradas em um ninho com 118 filhotes. Apenas essas oito que vieram para em Ubatuba (SP), referência no tratamento deste tipo de réptil, nasceram albinas.
O albinismo é a falta de pigmentação na pele (ausência de cor) por fatores genéticos e é um fenômeno muito raro em tartarugas marinhas. Por isso, esses filhotes foram levados para o Tamar, que estuda a biologia destes animais. O projeto atua no litoral norte.
Segundo a coordenadora do projeto, Berenice Gomes da Silva, estes animais são muito frágeis e têm poucas chances de sobreviver na natureza. Ela explicou que, em cativeiro e sob cuidados especiais, essas chances aumentam. “Durante todo o dia os animais recebem alimentação que é feita individualmente. Para isso, fazemos um sistema de rodízio entre os funcionários e também na exposição para o público”, explicou.
A coordenadora explicou ainda que além do controle de peso, as tartarugas albinas recebem uma iluminação especial. “Com a despigmentação da pele, elas ficam mais sensíveis a luz do sol, por isso recebem uma iluminação especial usada para répteis. Sem estes cuidados dificilmente elas sobreviveriam na natureza”, disse.
As tartarugas nasceram no dia 20 de dezembro de 2014 na Praia do Gargaú, em Campos dos Goytacazes e foram trazidas para o centro do Tamar em Ubatuba na véspera de Natal. Elas passaram por um período de isolamento.
Essa não é a primeira vez que o Tamar em Ubatuba recebe animais como estes. Em 1994, dois filhotes albinos, também nascidos no Rio de Janeiro, foram levados para o local. O Projeto Tamar em Ubatuba fica na rua Antonio Athanásio, 273, na praia de Itaguá. O horário de funcionamento durante férias escolares é das 10h às 20h, todos os dias da semana.
Assinar:
Postagens (Atom)